02/03/2011

A verdade do Facebook

Infelizmente as coisas boas que uns fazem, outros aproveitam para fazer o mal.

Esta semana na televisão houve reportagem todos os dias com Joaquín López Dóriga (jornalista mexicano) sobre o Facebook, o Hi5, Myspace, Sonico, Netlog, etc , e o perigo do seu uso. Vem uma reportagem diária no jornal «Milénio», sobre como os sequestradores têm como fonte de informação direta e confiável nos blogs do Facebook e do Hi5.

Entrevistaram uns sequestradores que dizem que entram na rede e vêm os rostos, a casa, os carros, as fotos de viagem e sabem o nível social e económico que têm os utilizadores. Na televisão, um deles declarou que antes investigavam muito para conhecer os candidatos a sequestros, mas que agora com o Facebook e a informação que pomos voluntariamente na rede, já não se enganam e nem têm que investigar onde vivem, que escola frequentam, para onde viajam, quem são os país, irmãos e amigos.

Passou-se com Alejandro Marti, (jovem mexicano morto pelos seus sequestradores) que colocava tudo. A familia acaba de fechar o seu blog depois de dar conta da quantidade de informação potencialmente perigosa que o jovem colocou com alegría e sem suspeitar que estava a ajudar a quem o matou. Protejam os vossos filhos e protejam-se. Não coloquem informação íntima e pessoal na rede.

A VERDADE SOBRE O 'FACEBOOK'

O Facebook está a vender a informação dos seus usuários ao maior espião.
Cito textualmente: 'O que muitos utilizadores não sabem é que, de acordo com as condições do contrato que virtualmente assumem, ao fazer click no quadro "aceito", os utilizadores autorizam e consentem ao Facebook a propriedade exclusiva e perpétua de toda a informação e imagens que publicam.'

Assim, ressalta o perito, os membros 'automaticamente autorizam ao Facebook o uso vitalício e transferível, junto com os direitos de distribuição , de tudo o que colocam na sua página Web.' Os termos de uso reserva ao Facebook o direito a conceder e sub-licenciar todo o "Conteúdo do usuário" a outros propósitos. Sem o seu consentimento, muitos usuários convertem as suas fotografías em publicidade, tranformando um comércio privado num pertence público.

De repente tudo o que os seus membros publicaram, incluindo as suas fotografías pessoais, a sua tendencia política , o estado das suas relações afetivas, interesses individuais e até a morada de casa , foi enviado sem autorização expressa a milhares de usuários.

Há que acreditar em Mr. Melber quando assegura que muitos empregadores americanos ao avaliar os C.V., consultam o Facebook para conhecer intimidades dos candidatos. A prova de que uma página no Facebook não é privada, evidenciou-se num conhecido caso da Universidade John Brown que expulsou um estudante quando descobriu uma foto que colocou no Facebook vestido de travesti. Outra evidência aconteceu quando um agente do Serviço Secreto visitou na Universidade de Oklahoma o estudante do segundo ano Saúl Martínez, por um comentário que publicou contra o presidente. E para cúmulo, o assunto não termina quando os utilizadores cancelem a sua conta : as suas fotos e informação permanecem, segundo o Facebook, para o caso de quererem reativar a sua conta ; o utilizador não é retirado, inclusivé, quando morre. De acordo com as 'condições de uso,' os membros não podem obrigar que o Facebook retire os dados e imagens dos seus dados, já que quando o falecido aceitou o contrato virtual, concedeu ao Facebook o direito de mantê-lo activo sob um status especial de partilha por um período de tempo determinado para permitir que outros usuários possam publicar e observar comentários sobre o defunto.

Saibam os utilizadores do Facebook que são participantes indefesos de um cenário que os académicos qualificam como o caso de espionagem maior na história da humanidade.

Convertem-se de forma inconsciente nos percursores no fenómeno de 'Big Brother'. Alusão direta à intromissão abusiva do estado nos assuntos privados do cidadão comum para controlar o seu comportamento social, tema de uma novela profundamente premonitória escrita en 1932 pelo britânico Aldous Huxley: "Um Mundo Feliz" ("1984").