19/02/2010

737 mil desempregados

Segundo o INE (*), no último trimestre de 2009, o desemprego em Portugal atingiu 563,3 mil indivíduos a que corresponderia uma taxa de desemprego de 10,1 por cento.

Mas, se a esse número adicionarmos o subemprego visível (67,2 mil), mais os inativos disponíveis (73,5 mil) e os inativos desencorajados (33 mil), estaremos a falar de 737 mil indivíduos realmente desempregados e de uma taxa de desemprego de 12,9 por cento no último trimestre de 2009.

É a realidade nua e crua. Uma realidade que, segundo o INE e quando comparamos os valores médios de 2009 e 2010, viu desaparecer num ano 143,7 mil empregos. Quase todos eles empregos a tempo inteiro, já que a população a tempo parcial se manteve praticamente inalterável.

Hoje, 11,6 por cento da população empregada trabalha a tempo parcial. 848,9 mil indivíduos têm contrato a termo ou outro e representam já 22 por cento dos trabalhadores por conta de outrem.

A tudo isto some-se os baixos salários praticados em Portugal e tente imaginar-se o resultado de uma política económica que escolheu, como via para ultrapassar a crise, a redução dos salários, a precariedade e o aumento do desemprego

in «http://abrasivo.blogs.sapo.pt», 17.02.2010
 
(*) sabe-se lá se os números não são a la grega