Um paraíso offshore tem várias explicações técnicas e económicas.
O seu conceito é muito polémico e, frequentemente, motivo de polémica política entre a chamada esquerda e direita.
Mas, afinal, o que é um paraíso offshore?
No momento em que termina um período de férias, tudo muito simples se acompanhado de imagens elucidativas:
31/08/2010
30/08/2010
«A Quadratura do Circo» - O Queiroz que eu conheço
CUSTA SEMPRE bater num amigo. Sempre tive com ele o privar cordial e companheiro de alguém com a mesma formação e geracionalmente próximo.
Era eu já razoavelmente conhecido no mundo da canção e o Carlos, um pouco mais novo, debutava nos iniciados do meu Belenenses, o que nos aproximava sobremaneira. Ficou uma amizade tranquila, confirmada por encontros posteriores, onde ele me confidenciava do seu desejo de férias e sossego secreto num Algarve privado que me revelou. Mas onde talvez hoje não possa arriscar muito o passeio público, pois estaria sujeito a ouvir imprecações de menos nobreza a cada esquina, e insultos animosos de um qualquer pescador mais impulsivo.
Mas adiante; isso… foram confidências que não denuncio. E em nome da sua privacidade tem direito mantê-las.
Também eu sei o que custa entrar num sítio e ter de aturar um sujeito que nunca vimos, já bebeu demais, e nos trata por tu, só porque esteve na sétima fila de um qualquer concerto que dei há 20 anos em Santa Comba do Semicúpio. E nos bate nas costas como se fosse nosso amigo de infância ou mesmo irmão de longa data. E nos chateia o resto do jantar, sem ter objectivamente nada para dizer, só porque é insolente e grosseiro na sua etílica condição e calhou estarmos ali.
Mas o que me liga ao Carlos é tão distante já como o seu olhar superior e altaneiro, sempre posto num horizonte longe, indefinido, talvez ausente. Um olhar de iluminado, cientista e conhecedor que tem de contemporizar com a plebe assanhada e pobre, curtas pessoas de ideias pequenas, sem conhecimento nem saber para discutir as decisões doutas e autorizadas do grande Professor.
Passam-lhe por isso ao lado as críticas maldosas, feitas com acinte e aleivosia, por meia dúzia de energúmenos, ciente que está da sua suprema razão e de seu imenso saber. Olha em torno de si - com dificuldade, acrescente-se…- e, quando o faz, é apenas para pensar tão alto que todos nós conseguimos ouvir:
- Que importa o que dizeis? Para mim os cães ladram e a caravana passa.
Já nos idos de oitenta, quando privávamos diariamente com a humildade de um laborar conjunto e a intimidade do desabafo, dia a dia, anos seguidos, no Liceu de S. João do Estoril, o Carlos era assim. Tranquilo, educado, correcto, cordial; mas um tanto inseguro, defensivo, elaborado, meticuloso, gestor de palavras e projectos, investigador, evasivo, contornante.
Vínhamos ambos de um INEF, onde ambos tínhamos sido alunos de topo com três anos de diferença, mas a minha vocação de autor e poeta sobrepôs-se à minha ambição monetária. Aí, assumi causas, escrevi combate, abracei a vida difícil de músico e compositor, arrisquei opinião, defendi a cultura convivida e esqueci-me dessa secreta ambição que me poderia ter dado fortunas impensáveis e colossais. Acresce que fui ainda “colega” - uns mais novos, outros mais velhos…- de Jesualdo, Vingada, Mourinho, Caçador, etc. por aí fora.
Coube-me ainda, por acasos da vida, vir a ser professor dos internacionais irmãos Xavier, precisamente no sítio onde fui professor e colega de Queiroz.
Tudo isto para justificar que ainda tenho os galões e sei dos livros. Bem podia ter sido treinador, tivesse a vida virado por aí… Não fui. Mas sei do que digo, quando ainda hoje falo de Fisiologia do esforço, treino físico, táctica e técnica de jogo, motivação, etc.
Por isso me sinto autorizado a dizer que falhaste.
Depois daquela geração de ouro, com que foi fácil ser campeão do Mundo de juniores, havia que sedimentar outra densidade humana e outra leitura alta para… frutificar.
O tecido humano de uma equipa de futebol a alto nível é ainda vaidoso, inconsequente irreverente, difícil. Os jogadores de topo são normalmente jovens ricos e mimados, com todos os defeitos da imaturidade; mas há outros que entretanto começaram a aparecer com um discurso adulto, assente em muito saber e experiência e já não admitem ensaios nem improvisos. Já foram treinados por pessoas e métodos muito variados e sabem num minuto avaliar a segurança e o valor do seu comandante.
Eu também tremeria se visse o dentista enganar-se, trocar os instrumentos e dar ordens contraditórias. Tudo isto para dizer que um treinador não escapa ao olhar crítico, não só da massa associativa, como dos próprios jogadores. E todos pensam, avaliam, julgam.
Ora uma representação nacional é uma montra do país. E a massa associativa são todos os portugueses. Que, aliás, são eles a pagar - e bem, ao que parece…- o servicinho…
As tuas equipas Carlos, tornam-se um pouco aquilo que tu és.
Se queres transmitir que não sofrer toques no gilet já é triunfo; se achas que defender, para não sofrer humilhação, é uma forma de vitória; se admites que é preferível empatar a zero a arriscar a estocada que nos expõe; se queres ganhar sem risco, através de alguma cartomancia ocasional; se preferes convocar 18 jogadores com características médio/defensivas em cada 23, muito bem.
Isso és tu. Tal qual te conheci.
Continuas temperamentalmente na mesma. Cauteloso, ponderado, estudioso.
Mas no futebol de competição e de selecção nacional - e dispondo, como dispunhas, dos melhores e de todos os meios à disposição para fazer um enorme Mundial – há que arriscar a glória, para não sair por falta de coragem.
Ser agressivo, objetivo, ambicioso. E desportivamente astuto, líder, entusiasta, galvanizante. E, ao nível de grupo, companheiro, amigo e confidente, criando empatias totais, emocionais, sinceras com os jogadores. Coisas que nunca mostraste.
As tuas convocações, as tuas estratégias, as tuas substituições, os teus jogos ocultos - que transparecem, Carlos, desculpa, mas transparecem demais e são evidente falta de alegria no seio da equipa…- foram quase sempre negativos.
Mas há mais.
As lesões convenientes do Ruben, para não levantar mais polémica; do Nani, por mistério interno que ninguém sabe mas, sem nunca haver boletim médico, tudo indica que foi por forte falta disciplinar não assumida; do Deco, nitidamente por espírito de vingança, o que é feiíssimo.
As ordens do banco, as palestras de intervalo, as escolhas tácticas, as trocas de jogadores - que nem eles próprios aceitam, nem compreendem; o rigor oculto por um sorriso farisaico, para que tudo pareça controlado, quando o que está a ver desenvolver-se todos os dias é revolta e discordância…
A obsessiva tendência defensiva, as indecisões infantis em lugar e momentos chave. Precisar de municiar atacantes com passes a rasgar, largos e imaginativos e manter o Deco no banco, por birra, é infantil. Ver os ataques passarem por trás do R. Costa, pois não é bem um defesa direito, e ter dois defesas direitos no banco, é, no mínimo, ou teimosia ou autismo. Insistir no Pepe sempre Pepe para destruir, quando se sabe que ainda não pode estar a 100%...
Mas há ainda mais.
Precisar de atacar e retirar avançados. Deixar as linhas de defesa e médias próximas e desterrar lá para a frente os sacrificados pontas, sem apoio, nem bola, nem municionamento à vista, a vinte metros de distancia, dependendo das explosões de Fábio C. ou de outros eventuais e raros passes a rasgar, sempre fora do desenlace pretendido. Não estruturar ataque. Não se ver uma construção apoiada e consistente de teia de jogo, vivendo do génio e inspiração de cada um. Não incentivar ataque.
Não apresentar um único esquema de livre estudado, em tantas ocasiões que se prestavam para experimentar. Idem também não haver combinações visíveis na marcação de cantos.
Outra coisa.
Ronaldo lá por ter sido o melhor, - se calhar… coisa boa e má, por prematura, que lhe aconteceu… - não deixa de ser um jovem mimado que bate na relva em fúria quando as coisas lhe correm mal. Capitão de equipa? Nunca. Capitão era o Coluna, ou o Germano. Caramba! - Bastava um olhar reprovador e o colega enfiava-se pelo chão!
E já agora… Motivação psicológica de balneário era …aquilo?
“Portugal ganhar - Portugal ganhar??!”
Aquilo é pobre e bimbo, Carlos. Não está ao nível da tua formação académica, rapaz! Um discurso patriótico, iluminado, transbordante de História e força, entusiasta - tipo egrégios avós e às armas, talvez! … Agora “Portugal ganhar - Portugal ganhar??!”
É fraquíssimo, é pimba, motivacionalmente nulo, quase regressivo, infantil, sem criatividade, nem slogan, nem eficácia. O Deco fez muito bem em virar costas.
Eu faria o mesmo. Achava ridículo.
Outra coisa, embora mais subjectiva, mas lá vai. Convocar o Castro e o Costa e não levar o Carlos Martins, nem o Ruben, nem o Moutinho?! Convocar o Daniel não sei que e não convocar o Quim?! Há para aí alguma embirração escondida? Este não é um interesse nacional acima de quaisquer ódios caseiros, como tanto proclamaste?
Portugal não podia ganhar sem atacar. Ficar à espera que Ronaldo “aconteça”, sem apoios, nem ataque estruturado, é mau para ambas as partes e nunca vai acontecer.
Tal como o superlativo bloco defensivo que desenhaste, há que construir um bloco enredante e ofensivo que terás de imaginar. Ou alguém por ti. Com espontaneidade e alegria criativa. Que é uma coisa que não incutes, com esse ambiente, nem com esses escassíssimos e espartilhados atacantes, em lugares e funções de que não gostam, e onde não são rentáveis.
Para dirigir uma selecção de um Pais é preciso o estudo, a calma, a cultura e ponderação que inegavelmente possuis. Mas é preciso a ambição, o golpe de génio, a raiva, o combate, a capacidade motivacional, o cuspo, o grito, o abraço sincero e a agressividade atacante que inegavelmente sofreias.
E a relação humana com os jogadores, não sei, Carlos, porque ninguém sabe.
Mas cheira que não pode ser boa. Eu, se fosse internacional, declarava a minha indisponibilidade já amanhã, pelo menos enquanto andasses por lá.
Uma pequena e persistente fissura na clavícula impede-me de ser mais explícito.
Mas a essa cura-se, mais semana menos semana.
E tu se calhar também continuas - ou não - mais milhão, menos milhão.
Sempre ao dispor,
O meu abraço amigo,
Pedro Chora Barroso
Licenciado em Educação Física
Post grad em Psicoterapia Comportamental
PS – se a FPF me quiser contratar, como Consultor animador, Especialista motivacional e Analista comportamental para dinâmica de grupos… estou ao dispor na volta do correio e muito obrigado. Quaisquer 50000€/mês e fecho contrato
Era eu já razoavelmente conhecido no mundo da canção e o Carlos, um pouco mais novo, debutava nos iniciados do meu Belenenses, o que nos aproximava sobremaneira. Ficou uma amizade tranquila, confirmada por encontros posteriores, onde ele me confidenciava do seu desejo de férias e sossego secreto num Algarve privado que me revelou. Mas onde talvez hoje não possa arriscar muito o passeio público, pois estaria sujeito a ouvir imprecações de menos nobreza a cada esquina, e insultos animosos de um qualquer pescador mais impulsivo.
Mas adiante; isso… foram confidências que não denuncio. E em nome da sua privacidade tem direito mantê-las.
Também eu sei o que custa entrar num sítio e ter de aturar um sujeito que nunca vimos, já bebeu demais, e nos trata por tu, só porque esteve na sétima fila de um qualquer concerto que dei há 20 anos em Santa Comba do Semicúpio. E nos bate nas costas como se fosse nosso amigo de infância ou mesmo irmão de longa data. E nos chateia o resto do jantar, sem ter objectivamente nada para dizer, só porque é insolente e grosseiro na sua etílica condição e calhou estarmos ali.
Mas o que me liga ao Carlos é tão distante já como o seu olhar superior e altaneiro, sempre posto num horizonte longe, indefinido, talvez ausente. Um olhar de iluminado, cientista e conhecedor que tem de contemporizar com a plebe assanhada e pobre, curtas pessoas de ideias pequenas, sem conhecimento nem saber para discutir as decisões doutas e autorizadas do grande Professor.
Passam-lhe por isso ao lado as críticas maldosas, feitas com acinte e aleivosia, por meia dúzia de energúmenos, ciente que está da sua suprema razão e de seu imenso saber. Olha em torno de si - com dificuldade, acrescente-se…- e, quando o faz, é apenas para pensar tão alto que todos nós conseguimos ouvir:
- Que importa o que dizeis? Para mim os cães ladram e a caravana passa.
Já nos idos de oitenta, quando privávamos diariamente com a humildade de um laborar conjunto e a intimidade do desabafo, dia a dia, anos seguidos, no Liceu de S. João do Estoril, o Carlos era assim. Tranquilo, educado, correcto, cordial; mas um tanto inseguro, defensivo, elaborado, meticuloso, gestor de palavras e projectos, investigador, evasivo, contornante.
Vínhamos ambos de um INEF, onde ambos tínhamos sido alunos de topo com três anos de diferença, mas a minha vocação de autor e poeta sobrepôs-se à minha ambição monetária. Aí, assumi causas, escrevi combate, abracei a vida difícil de músico e compositor, arrisquei opinião, defendi a cultura convivida e esqueci-me dessa secreta ambição que me poderia ter dado fortunas impensáveis e colossais. Acresce que fui ainda “colega” - uns mais novos, outros mais velhos…- de Jesualdo, Vingada, Mourinho, Caçador, etc. por aí fora.
Coube-me ainda, por acasos da vida, vir a ser professor dos internacionais irmãos Xavier, precisamente no sítio onde fui professor e colega de Queiroz.
Tudo isto para justificar que ainda tenho os galões e sei dos livros. Bem podia ter sido treinador, tivesse a vida virado por aí… Não fui. Mas sei do que digo, quando ainda hoje falo de Fisiologia do esforço, treino físico, táctica e técnica de jogo, motivação, etc.
Por isso me sinto autorizado a dizer que falhaste.
Depois daquela geração de ouro, com que foi fácil ser campeão do Mundo de juniores, havia que sedimentar outra densidade humana e outra leitura alta para… frutificar.
O tecido humano de uma equipa de futebol a alto nível é ainda vaidoso, inconsequente irreverente, difícil. Os jogadores de topo são normalmente jovens ricos e mimados, com todos os defeitos da imaturidade; mas há outros que entretanto começaram a aparecer com um discurso adulto, assente em muito saber e experiência e já não admitem ensaios nem improvisos. Já foram treinados por pessoas e métodos muito variados e sabem num minuto avaliar a segurança e o valor do seu comandante.
Eu também tremeria se visse o dentista enganar-se, trocar os instrumentos e dar ordens contraditórias. Tudo isto para dizer que um treinador não escapa ao olhar crítico, não só da massa associativa, como dos próprios jogadores. E todos pensam, avaliam, julgam.
Ora uma representação nacional é uma montra do país. E a massa associativa são todos os portugueses. Que, aliás, são eles a pagar - e bem, ao que parece…- o servicinho…
As tuas equipas Carlos, tornam-se um pouco aquilo que tu és.
Se queres transmitir que não sofrer toques no gilet já é triunfo; se achas que defender, para não sofrer humilhação, é uma forma de vitória; se admites que é preferível empatar a zero a arriscar a estocada que nos expõe; se queres ganhar sem risco, através de alguma cartomancia ocasional; se preferes convocar 18 jogadores com características médio/defensivas em cada 23, muito bem.
Isso és tu. Tal qual te conheci.
Continuas temperamentalmente na mesma. Cauteloso, ponderado, estudioso.
Mas no futebol de competição e de selecção nacional - e dispondo, como dispunhas, dos melhores e de todos os meios à disposição para fazer um enorme Mundial – há que arriscar a glória, para não sair por falta de coragem.
Ser agressivo, objetivo, ambicioso. E desportivamente astuto, líder, entusiasta, galvanizante. E, ao nível de grupo, companheiro, amigo e confidente, criando empatias totais, emocionais, sinceras com os jogadores. Coisas que nunca mostraste.
As tuas convocações, as tuas estratégias, as tuas substituições, os teus jogos ocultos - que transparecem, Carlos, desculpa, mas transparecem demais e são evidente falta de alegria no seio da equipa…- foram quase sempre negativos.
Mas há mais.
As lesões convenientes do Ruben, para não levantar mais polémica; do Nani, por mistério interno que ninguém sabe mas, sem nunca haver boletim médico, tudo indica que foi por forte falta disciplinar não assumida; do Deco, nitidamente por espírito de vingança, o que é feiíssimo.
As ordens do banco, as palestras de intervalo, as escolhas tácticas, as trocas de jogadores - que nem eles próprios aceitam, nem compreendem; o rigor oculto por um sorriso farisaico, para que tudo pareça controlado, quando o que está a ver desenvolver-se todos os dias é revolta e discordância…
A obsessiva tendência defensiva, as indecisões infantis em lugar e momentos chave. Precisar de municiar atacantes com passes a rasgar, largos e imaginativos e manter o Deco no banco, por birra, é infantil. Ver os ataques passarem por trás do R. Costa, pois não é bem um defesa direito, e ter dois defesas direitos no banco, é, no mínimo, ou teimosia ou autismo. Insistir no Pepe sempre Pepe para destruir, quando se sabe que ainda não pode estar a 100%...
Mas há ainda mais.
Precisar de atacar e retirar avançados. Deixar as linhas de defesa e médias próximas e desterrar lá para a frente os sacrificados pontas, sem apoio, nem bola, nem municionamento à vista, a vinte metros de distancia, dependendo das explosões de Fábio C. ou de outros eventuais e raros passes a rasgar, sempre fora do desenlace pretendido. Não estruturar ataque. Não se ver uma construção apoiada e consistente de teia de jogo, vivendo do génio e inspiração de cada um. Não incentivar ataque.
Não apresentar um único esquema de livre estudado, em tantas ocasiões que se prestavam para experimentar. Idem também não haver combinações visíveis na marcação de cantos.
Outra coisa.
Ronaldo lá por ter sido o melhor, - se calhar… coisa boa e má, por prematura, que lhe aconteceu… - não deixa de ser um jovem mimado que bate na relva em fúria quando as coisas lhe correm mal. Capitão de equipa? Nunca. Capitão era o Coluna, ou o Germano. Caramba! - Bastava um olhar reprovador e o colega enfiava-se pelo chão!
E já agora… Motivação psicológica de balneário era …aquilo?
“Portugal ganhar - Portugal ganhar??!”
Aquilo é pobre e bimbo, Carlos. Não está ao nível da tua formação académica, rapaz! Um discurso patriótico, iluminado, transbordante de História e força, entusiasta - tipo egrégios avós e às armas, talvez! … Agora “Portugal ganhar - Portugal ganhar??!”
É fraquíssimo, é pimba, motivacionalmente nulo, quase regressivo, infantil, sem criatividade, nem slogan, nem eficácia. O Deco fez muito bem em virar costas.
Eu faria o mesmo. Achava ridículo.
Outra coisa, embora mais subjectiva, mas lá vai. Convocar o Castro e o Costa e não levar o Carlos Martins, nem o Ruben, nem o Moutinho?! Convocar o Daniel não sei que e não convocar o Quim?! Há para aí alguma embirração escondida? Este não é um interesse nacional acima de quaisquer ódios caseiros, como tanto proclamaste?
Portugal não podia ganhar sem atacar. Ficar à espera que Ronaldo “aconteça”, sem apoios, nem ataque estruturado, é mau para ambas as partes e nunca vai acontecer.
Tal como o superlativo bloco defensivo que desenhaste, há que construir um bloco enredante e ofensivo que terás de imaginar. Ou alguém por ti. Com espontaneidade e alegria criativa. Que é uma coisa que não incutes, com esse ambiente, nem com esses escassíssimos e espartilhados atacantes, em lugares e funções de que não gostam, e onde não são rentáveis.
Para dirigir uma selecção de um Pais é preciso o estudo, a calma, a cultura e ponderação que inegavelmente possuis. Mas é preciso a ambição, o golpe de génio, a raiva, o combate, a capacidade motivacional, o cuspo, o grito, o abraço sincero e a agressividade atacante que inegavelmente sofreias.
E a relação humana com os jogadores, não sei, Carlos, porque ninguém sabe.
Mas cheira que não pode ser boa. Eu, se fosse internacional, declarava a minha indisponibilidade já amanhã, pelo menos enquanto andasses por lá.
Uma pequena e persistente fissura na clavícula impede-me de ser mais explícito.
Mas a essa cura-se, mais semana menos semana.
E tu se calhar também continuas - ou não - mais milhão, menos milhão.
Sempre ao dispor,
O meu abraço amigo,
Pedro Chora Barroso
Licenciado em Educação Física
Post grad em Psicoterapia Comportamental
PS – se a FPF me quiser contratar, como Consultor animador, Especialista motivacional e Analista comportamental para dinâmica de grupos… estou ao dispor na volta do correio e muito obrigado. Quaisquer 50000€/mês e fecho contrato
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29/08/2010
25/08/2010
Adrião Rodrigues
Carlos Adrião Rodrigues
Rua de Infantaria 16, n° 103 2° Dto.
LISBOA
Exmo. Sr.
Presidente da República Popular de Moçambique
Excelência,
Venho apresentar a V.Exa a minha demissão do cargo de Vice-governador do Banco de Moçambique.
Em resumo as razões que me levam a tomar esta decisão, são as seguintes:
1 - A política de afastamento das minorias étnicas residentes em Moçambique. Esta política - cuja determinação voluntária por parte do governo não me oferece dúvidas e é facilmente demonstrável - além de pôr em causa a existência de uma sociedade pluriracial em Moçambique, em que eu pessoalmente apostara, empurrou o país para o caos económico e social.
Por virtude de uma injustiça decorrente da situação colonial, mas que ao governo revolucionário seria fácil corrigir, parte importante dos conhecimentos necessários ao país estavam concentrados nessa gama populacional (brancos, indianos, chineses e mulatos).
Ora, grande parte dessas minorias étnicas ficaria no país, caso lhes fossem dadas determinadas garantias básicas (direito a não ser preso excepto nos casos permitidos por lei, respeito pela sua propriedade pessoal, garantias de julgamento rápido e de defesa em caso de prisão legal, respeito da sua identidade cultural própria.
Em troca destas garantias fundamentais (que não seriam uma excepção porque se deveriam aplicar a toda a população) elas dariam ao país o seu trabalho, que enquadrado numa economia socialista, era essencial para o arranque económico.
Em vez de se aproveitar essa parte da população, preferiu-se acossá-la. Multiplicaram-se as prisões arbitrárias, as violências verbais, o desrespeito pelos bens pessoais. Procurou-se substituir essa população pelos cooperantes e por uma apressada formação de quadros, mais apregoada que executada.
Escorraçou-se do país para fora homens que eram absolutamente insubstituíveis, para já, e que num outro contexto teriam ficado. Lembro só para exemplo os quadros agrícolas e veterinários escassos mas extremamente importantes, apostados em ficar mas que um a um se foram embora, bem contra vontade; os quadros de geologia e minas, falsamente acusados de desvio de ouro, nas primeiras páginas dos jornais locais, e que depois de se ter constatado a sua inocência jamais mereceram uma reparação.
Os Zecas Russos, os Macamos e outros marginais ainda em circulação foram promovidos a autênticos heróis nacionais, só porque espoliavam as pessoas de seus teres e haveres o que, parece, era considerado altamente patriótico e revolucionário. Verdade que eles espoliavam as maiorias e as minorias, o que resulta em fraco consolo para umas e outras.
E, neste caminho, acabou-se na pequena truculência anti-branco ou anti-mulato, como foram os casos da expulsão dos agricultores brancos do Vale do Limpopo - gente pobre que trabalhava a terra - e a expulsão dos chamados “comerciantes de nacionalidade” isto é, de pessoas que ao abrigo de uma lei ridícula e que devia ser revogada, mas que existia e tinha sido publicada pelo governo da República Popular de Moçambique, tinham mudado de nacionalidade, para se garantirem um pouco mais contra as arbitrariedades que apontei. Ora, esta expulsão veio afectar a economia do país, na medida em que afastou os últimos operários com alguma especialização e de capacidade de direcção que não fossem negros. E quanto a estes últimos ainda está por fazer o balanço dos que fugiram. Mas segundo me consta, a zona do Rand, na África do Sul, está cheia de carpinteiros, mecânicos, electricistas, operários da construção civil, fugidos de Moçambique.
Durante muito tempo convenci-me que esta política era, não uma política mas sim erros, próprios do processo. Ou tentei convencer-me. Mas a constância dos erros e sobretudo o reforço da posição das pessoas que eram o esteio desta política, surgido do 3° Congresso, convenceu-me que se tratava de uma política sistematicamente prosseguida. Ora eu tinha apostado noutra: a manutenção das minorias étnicas, o respeito pelos seus direitos, mas contrariando severamente todos os privilégios que, indiscutivelmente os beneficiava.
E Moçambique, porque um país onde tais minorias étnicas eram em número reduzido, podia ser o laboratório experimental de uma política que me parecia poder ser exemplo extremamente importante para a África Austral.
Por outro lado a força e o prestígio da FRELIMO permitiam-lhe fazer a experiência. Não se fez e o resultado está à vista: o fracasso económico, e a redução quase a zero das possibilidades de recuperação; um profundo desengajamento do povo, tanto no trabalho da construção do país como na actividade política; uma cada vez maior dependência da África do Sul que hoje, mais que no tempo colonial é a grande fonte das nossas disponibilidades externas e o grande fornecedor dos bens de consumo essenciais que a nossa produção reduzida torna vitais.
2 - Convencido como fiquei de que a sobrevivência das minorias étnicas e o projeto de uma sociedade pluri-racial estavam condenados em Moçambique em virtude da política prática seguida - que contrariava a linha política anunciada - cheguei à conclusão que eu, como branco e ainda por cima não nascido em Moçambique, não tinha lugar nessa sociedade, pelo menos enquanto não mudar a sua praxis e não se decidir a assumir como sua toda a população (que era escassa) habitante do território. Portanto saio. Creia que não lhe minto se lhe disser que o faço com a morte na alma.
E saio já porque também devo pensar um pouco mais em mim e que os meus anos se vão passando para iniciar vida nova utilmente noutro país.
3 - A pressão sobre as minorias não resultou em qualquer benefício para a maioria. Antes pelo contrário - a quebra na produção e a incapacidade de recuperação que se nota em quase todos os setores da economia, fazem prever um acentuado decréscimo no nível de vida da população.
Postas as razões convém-me ainda esclarecer que considero V.Exa ainda hoje, apesar das reservas expostas à política seguida, como o mais autêntico representante do povo moçambicano, o verdadeiro líder nacionalista de que Moçambique precisa.
Por outro lado, e como vacina contra boatos, quero afirmar que nas minhas atuações sempre procurei defender com toda a honestidade os interesses que me foram confiados por Moçambique. Mas a corrupção a alto nível dentro do aparelho de estado existe, e dela tive confirmação em Lisboa.
Pelas razões que exponho para a minha saída, acho ser meu direito, e também meu dever, pedir a V.Exa que autorize a saída dos meus bens pessoais que me fazem mais falta e que só com dificuldade poderia substituir: mobílias, eletrodomésticos, livros, discos e um carro Simca 08-75, com 5 anos de uso. Caso V.Exa autorize, pessoa amiga, que indico ao Cassimo, tratará das demarches necessárias. Mas se V.Exa achar que não deve autorizar, também passarei sem elas. Aceite V.Exa os cumprimentos meus e de minha mulher e os nossos desejos das maiores prosperidades para o Povo Moçambicano.
Carlos Adrião Rodrigues
Rua de Infantaria 16, n° 103 2° Dto.
LISBOA
Exmo. Sr.
Presidente da República Popular de Moçambique
Excelência,
Venho apresentar a V.Exa a minha demissão do cargo de Vice-governador do Banco de Moçambique.
Em resumo as razões que me levam a tomar esta decisão, são as seguintes:
1 - A política de afastamento das minorias étnicas residentes em Moçambique. Esta política - cuja determinação voluntária por parte do governo não me oferece dúvidas e é facilmente demonstrável - além de pôr em causa a existência de uma sociedade pluriracial em Moçambique, em que eu pessoalmente apostara, empurrou o país para o caos económico e social.
Por virtude de uma injustiça decorrente da situação colonial, mas que ao governo revolucionário seria fácil corrigir, parte importante dos conhecimentos necessários ao país estavam concentrados nessa gama populacional (brancos, indianos, chineses e mulatos).
Ora, grande parte dessas minorias étnicas ficaria no país, caso lhes fossem dadas determinadas garantias básicas (direito a não ser preso excepto nos casos permitidos por lei, respeito pela sua propriedade pessoal, garantias de julgamento rápido e de defesa em caso de prisão legal, respeito da sua identidade cultural própria.
Em troca destas garantias fundamentais (que não seriam uma excepção porque se deveriam aplicar a toda a população) elas dariam ao país o seu trabalho, que enquadrado numa economia socialista, era essencial para o arranque económico.
Em vez de se aproveitar essa parte da população, preferiu-se acossá-la. Multiplicaram-se as prisões arbitrárias, as violências verbais, o desrespeito pelos bens pessoais. Procurou-se substituir essa população pelos cooperantes e por uma apressada formação de quadros, mais apregoada que executada.
Escorraçou-se do país para fora homens que eram absolutamente insubstituíveis, para já, e que num outro contexto teriam ficado. Lembro só para exemplo os quadros agrícolas e veterinários escassos mas extremamente importantes, apostados em ficar mas que um a um se foram embora, bem contra vontade; os quadros de geologia e minas, falsamente acusados de desvio de ouro, nas primeiras páginas dos jornais locais, e que depois de se ter constatado a sua inocência jamais mereceram uma reparação.
Os Zecas Russos, os Macamos e outros marginais ainda em circulação foram promovidos a autênticos heróis nacionais, só porque espoliavam as pessoas de seus teres e haveres o que, parece, era considerado altamente patriótico e revolucionário. Verdade que eles espoliavam as maiorias e as minorias, o que resulta em fraco consolo para umas e outras.
E, neste caminho, acabou-se na pequena truculência anti-branco ou anti-mulato, como foram os casos da expulsão dos agricultores brancos do Vale do Limpopo - gente pobre que trabalhava a terra - e a expulsão dos chamados “comerciantes de nacionalidade” isto é, de pessoas que ao abrigo de uma lei ridícula e que devia ser revogada, mas que existia e tinha sido publicada pelo governo da República Popular de Moçambique, tinham mudado de nacionalidade, para se garantirem um pouco mais contra as arbitrariedades que apontei. Ora, esta expulsão veio afectar a economia do país, na medida em que afastou os últimos operários com alguma especialização e de capacidade de direcção que não fossem negros. E quanto a estes últimos ainda está por fazer o balanço dos que fugiram. Mas segundo me consta, a zona do Rand, na África do Sul, está cheia de carpinteiros, mecânicos, electricistas, operários da construção civil, fugidos de Moçambique.
Durante muito tempo convenci-me que esta política era, não uma política mas sim erros, próprios do processo. Ou tentei convencer-me. Mas a constância dos erros e sobretudo o reforço da posição das pessoas que eram o esteio desta política, surgido do 3° Congresso, convenceu-me que se tratava de uma política sistematicamente prosseguida. Ora eu tinha apostado noutra: a manutenção das minorias étnicas, o respeito pelos seus direitos, mas contrariando severamente todos os privilégios que, indiscutivelmente os beneficiava.
E Moçambique, porque um país onde tais minorias étnicas eram em número reduzido, podia ser o laboratório experimental de uma política que me parecia poder ser exemplo extremamente importante para a África Austral.
Por outro lado a força e o prestígio da FRELIMO permitiam-lhe fazer a experiência. Não se fez e o resultado está à vista: o fracasso económico, e a redução quase a zero das possibilidades de recuperação; um profundo desengajamento do povo, tanto no trabalho da construção do país como na actividade política; uma cada vez maior dependência da África do Sul que hoje, mais que no tempo colonial é a grande fonte das nossas disponibilidades externas e o grande fornecedor dos bens de consumo essenciais que a nossa produção reduzida torna vitais.
2 - Convencido como fiquei de que a sobrevivência das minorias étnicas e o projeto de uma sociedade pluri-racial estavam condenados em Moçambique em virtude da política prática seguida - que contrariava a linha política anunciada - cheguei à conclusão que eu, como branco e ainda por cima não nascido em Moçambique, não tinha lugar nessa sociedade, pelo menos enquanto não mudar a sua praxis e não se decidir a assumir como sua toda a população (que era escassa) habitante do território. Portanto saio. Creia que não lhe minto se lhe disser que o faço com a morte na alma.
E saio já porque também devo pensar um pouco mais em mim e que os meus anos se vão passando para iniciar vida nova utilmente noutro país.
3 - A pressão sobre as minorias não resultou em qualquer benefício para a maioria. Antes pelo contrário - a quebra na produção e a incapacidade de recuperação que se nota em quase todos os setores da economia, fazem prever um acentuado decréscimo no nível de vida da população.
Postas as razões convém-me ainda esclarecer que considero V.Exa ainda hoje, apesar das reservas expostas à política seguida, como o mais autêntico representante do povo moçambicano, o verdadeiro líder nacionalista de que Moçambique precisa.
Por outro lado, e como vacina contra boatos, quero afirmar que nas minhas atuações sempre procurei defender com toda a honestidade os interesses que me foram confiados por Moçambique. Mas a corrupção a alto nível dentro do aparelho de estado existe, e dela tive confirmação em Lisboa.
Pelas razões que exponho para a minha saída, acho ser meu direito, e também meu dever, pedir a V.Exa que autorize a saída dos meus bens pessoais que me fazem mais falta e que só com dificuldade poderia substituir: mobílias, eletrodomésticos, livros, discos e um carro Simca 08-75, com 5 anos de uso. Caso V.Exa autorize, pessoa amiga, que indico ao Cassimo, tratará das demarches necessárias. Mas se V.Exa achar que não deve autorizar, também passarei sem elas. Aceite V.Exa os cumprimentos meus e de minha mulher e os nossos desejos das maiores prosperidades para o Povo Moçambicano.
Carlos Adrião Rodrigues
21/08/2010
Rei encornado pela (12ª) mulher
Na Suazilândia, um ministro foi flagrado na cama com a 12ª mulher do rei.
Nesta monarquia sobrevivente da África austral, o Serviço Secreto Real flagrou o Ministro da Justiça desfrutando uma das mulheres do monarca, num hotelzinho próximo a Mbabane, a capital do país.
Constitui crime sério por um "chapéu de touro" em sua majestade real. Resultado: o conquistador pode ser executado e a infiel expulsa do país.
No pequeno Reino da Suazilândia, com pouco mais de 1,2 milhão de habitantes, à boca miúda, não se fala de outra coisa: sua majestade o rei Mswati III, foi corneado pelo seu amigo, o ministro da justiça Ndumiso Mamba, que estava recebendo e ganhando agrados da 12ª esposa real.
O casal foi flagrado pelo serviço de segurança real, depois de uma longa investigação, num simpático hotel cinco Estrelas, o Royal Villas, numa cidade próxima de Mbabane, uma das capitais do país.
A infiel 12ª esposa real Nothando Dube, de 22 anos, é mãe de dois filhos.
O rei determinou a prisão dos dois. O ministro sedutor, que é casado, foi acusado de "violar a casa de outro homem", e pode ser condenado à morte, enquanto Nothando Dube, a seduzida, no momento, em prisão domiciliar, enfrenta a possibilidade de ser banida da Suazilândia.
De educação britânica, Mswati III, também chamado de "o leão", (agora poderá passar a ser chamado também de Grande Alce) reina na Suazilândia de forma absoluta desde 1986 e é responsável por escolher o gabinete e o primeiro-ministro. O país, que não tem saída para o mar e faz fronteira com África do Sul e Moçambique, tem mais de 70% de sua população vivendo abaixo da linha da pobreza.
As esposas de Mswati III não são rainhas já que, pelo direito suazi, a sua mãe Ntombi Tfwala, 60 anos, ocupa esse posto, que tem o título de Indovukazi (A grande Elefanta) e dispõe de poderes destacados no conselho real de ministros. Por exemplo, é ouvida pelo rei quando da escolha do primeiro-ministro.
O absolutismo do Rei tem pequenos limites contidos na constituição, em vigor há apenas quatro anos, que contém maravilhas como a proibição da existência de partidos políticos e impede processos contra a monarquia.
Mas já produziu algum efeito quando liderado por influência da Grande Elefanta, o Parlamento não permitiu que o rei comprasse um jato de 45 milhões de dólares. O valor era mais que o dobro do orçamento nacional de saúde.
A saúde pública suazi enfrenta uma catástrofe: um terço da população adulta é portadora do vírus de HIV, a mais alta taxa de contaminação do mundo.
Tal como noutros países do mesmo calibre, o rei da Suazilandia, sente-se acima da lei e modifica-a constatemente em seu benefício: em Setembro de 2005, escolheu uma moça de 17 anos para ser a sua 13º mulher, o que foi possível porque, poucas semanas antes, anulara a proibição de prática de sexo por mulheres de menos de 18 anos, vigente por quatro anos no país para combater a SIDA.
Não se pode, porém, acusar o monarca de não conseguir melhorar a qualidade de vida dos suazilandeses, uma vez que tem que de administrar primordialmente a família real de 13 esposas, igual número de sogras, 23 filhos e um batalhão de cunhados. Sem contar com a prole herdada de seu pai e antecessor, o rei Sobhuza II, que teve 70 esposas, 210 filhos e 1000 netos. O novo rei tem que cuidar dessa estranha parentela, com dezenas de "mães", sobrinhos e primos. Numa contagem recente concluí-se que o rei tem 97 irmãos e irmãs ainda vivos.
Possivelmente, Mswati III, de 42 anos, deve passar parte do seu expediente real, tentando pôr em dia, a vida sexual, das 13 esposas, algumas delas de tenra idade. Um incidente, da traição da esposa 12ª, acaba por expor parte do seu declínio.
Acontecesse isto numa democracia, o advogado do ministro da Justiça Ndumiso Mamba que se intrometeu na casa real, poderia alegar que o seu cliente, como funcionário público, estava apenas servindo uma das primeiras damas, já que o rei claudicara nas suas obrigações na alcova real.
Na Suazilândia as festas reais são conhecidas pela extravagância. A cada 19 de abril, data do aniversário do rei, ocorre um grande evento num estádio da capital, que pode durar uma semana, e onde são escolhidas as novas esposas, entre as 80 mil virgens do reino, que se exibem exuberantes diante do monarca, transvertido de chefe tribal.
As mulheres vão seminuas ao estádio e são examinadas visualmente pelo monarca, que as observa como quem compra gado no mercado. Elas estão normalmente eufóricas e sonhadoras com a hipótese de sair da miséria, obtendo um casamento real.
Mas não é sempre assim pois, as duas primeiras mulheres do rei da Suazilândia, são-lhe impostas pelos conselheiros do Reino. Elas assumem funções especiais nos rituais mas nunca podem reivindicar realeza. A primeira mulher deve ser um membro do clã Matsebula e a segunda, do clã Motsa.
Segundo a tradição, ele só se pode casar com as esposas, depois delas terem ficado grávidas, provando que podem gerar herdeiros.
Seria apenas exótico, esse festival pagão de ofertas de mulheres, se entre as oferecidas não estivessem meninas recém ingressas na puberdade. A esposa 12ª envolvida nesse episódio, foi escolhida com apenas 16 anos, para integrar o harém real.
in «Daily Mail», 03.08.2010
Nesta monarquia sobrevivente da África austral, o Serviço Secreto Real flagrou o Ministro da Justiça desfrutando uma das mulheres do monarca, num hotelzinho próximo a Mbabane, a capital do país.
Constitui crime sério por um "chapéu de touro" em sua majestade real. Resultado: o conquistador pode ser executado e a infiel expulsa do país.
No pequeno Reino da Suazilândia, com pouco mais de 1,2 milhão de habitantes, à boca miúda, não se fala de outra coisa: sua majestade o rei Mswati III, foi corneado pelo seu amigo, o ministro da justiça Ndumiso Mamba, que estava recebendo e ganhando agrados da 12ª esposa real.
O casal foi flagrado pelo serviço de segurança real, depois de uma longa investigação, num simpático hotel cinco Estrelas, o Royal Villas, numa cidade próxima de Mbabane, uma das capitais do país.
A infiel 12ª esposa real Nothando Dube, de 22 anos, é mãe de dois filhos.
O rei determinou a prisão dos dois. O ministro sedutor, que é casado, foi acusado de "violar a casa de outro homem", e pode ser condenado à morte, enquanto Nothando Dube, a seduzida, no momento, em prisão domiciliar, enfrenta a possibilidade de ser banida da Suazilândia.
De educação britânica, Mswati III, também chamado de "o leão", (agora poderá passar a ser chamado também de Grande Alce) reina na Suazilândia de forma absoluta desde 1986 e é responsável por escolher o gabinete e o primeiro-ministro. O país, que não tem saída para o mar e faz fronteira com África do Sul e Moçambique, tem mais de 70% de sua população vivendo abaixo da linha da pobreza.
As esposas de Mswati III não são rainhas já que, pelo direito suazi, a sua mãe Ntombi Tfwala, 60 anos, ocupa esse posto, que tem o título de Indovukazi (A grande Elefanta) e dispõe de poderes destacados no conselho real de ministros. Por exemplo, é ouvida pelo rei quando da escolha do primeiro-ministro.
O absolutismo do Rei tem pequenos limites contidos na constituição, em vigor há apenas quatro anos, que contém maravilhas como a proibição da existência de partidos políticos e impede processos contra a monarquia.
Mas já produziu algum efeito quando liderado por influência da Grande Elefanta, o Parlamento não permitiu que o rei comprasse um jato de 45 milhões de dólares. O valor era mais que o dobro do orçamento nacional de saúde.
A saúde pública suazi enfrenta uma catástrofe: um terço da população adulta é portadora do vírus de HIV, a mais alta taxa de contaminação do mundo.
Tal como noutros países do mesmo calibre, o rei da Suazilandia, sente-se acima da lei e modifica-a constatemente em seu benefício: em Setembro de 2005, escolheu uma moça de 17 anos para ser a sua 13º mulher, o que foi possível porque, poucas semanas antes, anulara a proibição de prática de sexo por mulheres de menos de 18 anos, vigente por quatro anos no país para combater a SIDA.
Não se pode, porém, acusar o monarca de não conseguir melhorar a qualidade de vida dos suazilandeses, uma vez que tem que de administrar primordialmente a família real de 13 esposas, igual número de sogras, 23 filhos e um batalhão de cunhados. Sem contar com a prole herdada de seu pai e antecessor, o rei Sobhuza II, que teve 70 esposas, 210 filhos e 1000 netos. O novo rei tem que cuidar dessa estranha parentela, com dezenas de "mães", sobrinhos e primos. Numa contagem recente concluí-se que o rei tem 97 irmãos e irmãs ainda vivos.
Possivelmente, Mswati III, de 42 anos, deve passar parte do seu expediente real, tentando pôr em dia, a vida sexual, das 13 esposas, algumas delas de tenra idade. Um incidente, da traição da esposa 12ª, acaba por expor parte do seu declínio.
Acontecesse isto numa democracia, o advogado do ministro da Justiça Ndumiso Mamba que se intrometeu na casa real, poderia alegar que o seu cliente, como funcionário público, estava apenas servindo uma das primeiras damas, já que o rei claudicara nas suas obrigações na alcova real.
Na Suazilândia as festas reais são conhecidas pela extravagância. A cada 19 de abril, data do aniversário do rei, ocorre um grande evento num estádio da capital, que pode durar uma semana, e onde são escolhidas as novas esposas, entre as 80 mil virgens do reino, que se exibem exuberantes diante do monarca, transvertido de chefe tribal.
As mulheres vão seminuas ao estádio e são examinadas visualmente pelo monarca, que as observa como quem compra gado no mercado. Elas estão normalmente eufóricas e sonhadoras com a hipótese de sair da miséria, obtendo um casamento real.
Mas não é sempre assim pois, as duas primeiras mulheres do rei da Suazilândia, são-lhe impostas pelos conselheiros do Reino. Elas assumem funções especiais nos rituais mas nunca podem reivindicar realeza. A primeira mulher deve ser um membro do clã Matsebula e a segunda, do clã Motsa.
Segundo a tradição, ele só se pode casar com as esposas, depois delas terem ficado grávidas, provando que podem gerar herdeiros.
Seria apenas exótico, esse festival pagão de ofertas de mulheres, se entre as oferecidas não estivessem meninas recém ingressas na puberdade. A esposa 12ª envolvida nesse episódio, foi escolhida com apenas 16 anos, para integrar o harém real.
in «Daily Mail», 03.08.2010
A bela Mswati Nothando Dube, o rei "coroado" e o ministro... |
Virgens suazis a caminho da festa |
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Tribalismo
20/08/2010
Alemanha vive o maior boom económico
Maior boom económico desde a reunificação
A Alemanha acaba de divulgar o seu mais robusto trimestre de crescimento económico desde a reunificação do país em 1990. Durante o segundo trimestre deste ano, um grande aumento das exportações, a elevação do consumo e estímulos governamentais ajudaram o país a apresentar um índice de crescimento de 2,2%.
Beneficiada por um salto das exportações e pelos contínuos programas de estímulo governamentais, a economia da Alemanha está se recuperando em um ritmo mais acelerado do que a maioria dos economistas esperava. Durante o segundo trimestre, o produto interno bruto cresceu 2,2% em relação ao trimestre anterior, segundo anunciou na última sexta-feira o Departamento Federal de Estatística em Wiesbaden, o que representa o maior crescimento
económico trimestral registrado desde a reunificação do país em 1990.
"A economia alemã, que perdeu o ímpeto no final de 2009 e no início de 2010, retornou de fato à rota correta", anunciou o departamento em uma declaração oficial. O crescimento registado no segundo trimestre superou as expectativas dos analistas, que haviam previsto um crescimento de apenas 1,3%. Além disso, o crescimento do primeiro trimestre, de 0,5%, também foi melhor do que a previsão de 0,2%. A produção económica do segundo trimestre
aumentou 4,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
Existem vários motivos para este boom econômico. Ele foi alimentado pelas exportações, mas também pelo consumo privado dos alemães, que durante anos vinha sendo anémico. O Departamento de Estatística também observou que os programas de estímulo económico do governo alemão tiveram um efeito positivo. Enquanto isso, as empresas do país também começaram a incrementar os seus investimentos.
Em 2009, a Alemanha caiu em uma recessão profunda durante a crise económica global. A economia sofreu uma contração de 4,7%, segundo anunciou na sexta-feira o Departamento de Estatística. Os novos números trazem uma pequena correção para baixo em relação ao índice anteriormente divulgado, que foi de 4,9%. As revisões desses índices, de uma magnitude sem
precedentes, são atribuídas a recentes e fortes flutuações do desenvolvimento económico de curto prazo, provocadas pela crise, segundo informou o departamento.
"Uma grande retomada do crescimento"
A maioria dos pesquisadores económicos acredita que a Alemanha terá que crescer pelo menos 2% em 2010. O ministro da Economia do país, Rainer Brüderle, que é membro do Partido Democrático Liberal, simpático ao empresariado, também manifestou o seu optimismo: "Atualmente nós estamos experimentando uma grande retomada de crescimento", declarou Brüderle. "Um crescimento de mais de 2% para 2010 está começando a ingressar no reino das possibilidades reais". Até então, o governo vinha prevendo um crescimento económico anual de 1,4%.
Brüderle já está pedindo ao governo que comece a reduzir as medidas de estímulo económico. Segundo ele, os números recentes consistem em um "nítido encorajamento para que continuemos a retirar os programas de estímulo governamentais". Em vez disso, ele afirmou que o governo deveria "continuar resolutamente" com as suas medidas económicas. De acordo com Brüderle, ao fazer isso, o governo contaria com uma maior margem de manobra para aliviar o peso tributário sobre os assalariados médios.
Mesmo assim, a Alemanha foi alvo de estridentes críticas de Washington devido às suas iniciativas de cortar programas de estímulo económico e adotar uma rota de austeridade fiscal. O presidente Barack Obama está preocupado com a possibilidade de que, se os governos europeus abandonarem as medidas de estímulo, o crescimento económico possa cessar, ameaçando empurrar a economia global para uma nova recessão. Mas, após a crise do
euro, os países europeus implementaram ambiciosos programas para economizar recursos, com o objetivo de reduzir as dívidas nacionais e fortalecer a moeda comum.
Entretanto, ainda não se sabe se este boom terá continuidade até 2011.
Especialistas calculam que o crescimento no próximo ano ficará em torno de 1,5%. Essa estimativa é um pouco menor do que as previsões para 2010 porque ela leva em consideração o facto de que muitos programas de estímulo governamentais estão chegando ao fim, o que poderia resultar em uma desaceleração da recuperação económica da Alemanha.
in «Der Spiegel», 14.08.2010
A Alemanha acaba de divulgar o seu mais robusto trimestre de crescimento económico desde a reunificação do país em 1990. Durante o segundo trimestre deste ano, um grande aumento das exportações, a elevação do consumo e estímulos governamentais ajudaram o país a apresentar um índice de crescimento de 2,2%.
Beneficiada por um salto das exportações e pelos contínuos programas de estímulo governamentais, a economia da Alemanha está se recuperando em um ritmo mais acelerado do que a maioria dos economistas esperava. Durante o segundo trimestre, o produto interno bruto cresceu 2,2% em relação ao trimestre anterior, segundo anunciou na última sexta-feira o Departamento Federal de Estatística em Wiesbaden, o que representa o maior crescimento
económico trimestral registrado desde a reunificação do país em 1990.
"A economia alemã, que perdeu o ímpeto no final de 2009 e no início de 2010, retornou de fato à rota correta", anunciou o departamento em uma declaração oficial. O crescimento registado no segundo trimestre superou as expectativas dos analistas, que haviam previsto um crescimento de apenas 1,3%. Além disso, o crescimento do primeiro trimestre, de 0,5%, também foi melhor do que a previsão de 0,2%. A produção económica do segundo trimestre
aumentou 4,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
Existem vários motivos para este boom econômico. Ele foi alimentado pelas exportações, mas também pelo consumo privado dos alemães, que durante anos vinha sendo anémico. O Departamento de Estatística também observou que os programas de estímulo económico do governo alemão tiveram um efeito positivo. Enquanto isso, as empresas do país também começaram a incrementar os seus investimentos.
Em 2009, a Alemanha caiu em uma recessão profunda durante a crise económica global. A economia sofreu uma contração de 4,7%, segundo anunciou na sexta-feira o Departamento de Estatística. Os novos números trazem uma pequena correção para baixo em relação ao índice anteriormente divulgado, que foi de 4,9%. As revisões desses índices, de uma magnitude sem
precedentes, são atribuídas a recentes e fortes flutuações do desenvolvimento económico de curto prazo, provocadas pela crise, segundo informou o departamento.
"Uma grande retomada do crescimento"
A maioria dos pesquisadores económicos acredita que a Alemanha terá que crescer pelo menos 2% em 2010. O ministro da Economia do país, Rainer Brüderle, que é membro do Partido Democrático Liberal, simpático ao empresariado, também manifestou o seu optimismo: "Atualmente nós estamos experimentando uma grande retomada de crescimento", declarou Brüderle. "Um crescimento de mais de 2% para 2010 está começando a ingressar no reino das possibilidades reais". Até então, o governo vinha prevendo um crescimento económico anual de 1,4%.
Brüderle já está pedindo ao governo que comece a reduzir as medidas de estímulo económico. Segundo ele, os números recentes consistem em um "nítido encorajamento para que continuemos a retirar os programas de estímulo governamentais". Em vez disso, ele afirmou que o governo deveria "continuar resolutamente" com as suas medidas económicas. De acordo com Brüderle, ao fazer isso, o governo contaria com uma maior margem de manobra para aliviar o peso tributário sobre os assalariados médios.
Mesmo assim, a Alemanha foi alvo de estridentes críticas de Washington devido às suas iniciativas de cortar programas de estímulo económico e adotar uma rota de austeridade fiscal. O presidente Barack Obama está preocupado com a possibilidade de que, se os governos europeus abandonarem as medidas de estímulo, o crescimento económico possa cessar, ameaçando empurrar a economia global para uma nova recessão. Mas, após a crise do
euro, os países europeus implementaram ambiciosos programas para economizar recursos, com o objetivo de reduzir as dívidas nacionais e fortalecer a moeda comum.
Entretanto, ainda não se sabe se este boom terá continuidade até 2011.
Especialistas calculam que o crescimento no próximo ano ficará em torno de 1,5%. Essa estimativa é um pouco menor do que as previsões para 2010 porque ela leva em consideração o facto de que muitos programas de estímulo governamentais estão chegando ao fim, o que poderia resultar em uma desaceleração da recuperação económica da Alemanha.
in «Der Spiegel», 14.08.2010
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Economia
19/08/2010
18/08/2010
Wanjiro Kamami
Translation of the Kiswahili part:
If you see the above gentle man with school girls, other women tell him to go home or call/sms his wife on 0751993571
If you see the above gentle man with school girls, other women tell him to go home or call/sms his wife on 0751993571
Tradução para português:
Informa-se ao público em geral que o cavalheiro da foto é marido da senhora Wanjiro Kamami (Shiro) desde 1982. Se por acaso o encontrr com meninas ou outras senhoras, mande-o para casa ou ligue/envie sms para a esposa pelo número 0751993571
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Poligamia
17/08/2010
16/08/2010
Pontualidade
Um velho padre foi a um jantar de despedida pelos seus 25 anos de trabalho ininterrupto à frente da Paróquia de Gondomar.
Um importante político da região e membro da comunidade, convidado para entregar o presente e proferir um pequeno discurso, atrasou-se.
O sacerdote decidiu-se a dar início à cerimónia com umas palavras e disse:
«A primeira impressão que tive da paróquia decorreu da primeira confissão que ouvi: A primeira pessoa que se confessou disse-me que tinha roubado um aparelho de TV, tinha roubado dinheiro aos seus pais, tinha roubado a firma onde trabalhava e tivera aventuras amorosas com a esposa do patrão.
Dedicara-se ainda ao tráfico de drogas e até tinha transmitido uma doença à própria irmã.
Fiquei assustadíssimo... Pensei que o bispo me tinha enviado para um lugar terrível. Mas fui confessando mais gente, que em nada se parecia com aquele homem...
Constatei a realidade de uma Paróquia cheia de gente responsável,com valores, comprometida com a sua fé. Vivi aqui os 25 anos mais maravilhosos do meu Sacerdócio.»
Neste momento, chegou o político. O padre passou-lhe então a palavra.
O político, depois de pedir desculpas pelo atraso, disse:
«Nunca vou esquecer o dia em que o sr. padre chegou à nossa Paróquia. Como poderia? Tive a honra de ser o primeiro a confessar-me!»
Moral da história: Nunca se deve chegar atrasado.
Um importante político da região e membro da comunidade, convidado para entregar o presente e proferir um pequeno discurso, atrasou-se.
O sacerdote decidiu-se a dar início à cerimónia com umas palavras e disse:
«A primeira impressão que tive da paróquia decorreu da primeira confissão que ouvi: A primeira pessoa que se confessou disse-me que tinha roubado um aparelho de TV, tinha roubado dinheiro aos seus pais, tinha roubado a firma onde trabalhava e tivera aventuras amorosas com a esposa do patrão.
Dedicara-se ainda ao tráfico de drogas e até tinha transmitido uma doença à própria irmã.
Fiquei assustadíssimo... Pensei que o bispo me tinha enviado para um lugar terrível. Mas fui confessando mais gente, que em nada se parecia com aquele homem...
Constatei a realidade de uma Paróquia cheia de gente responsável,com valores, comprometida com a sua fé. Vivi aqui os 25 anos mais maravilhosos do meu Sacerdócio.»
Neste momento, chegou o político. O padre passou-lhe então a palavra.
O político, depois de pedir desculpas pelo atraso, disse:
«Nunca vou esquecer o dia em que o sr. padre chegou à nossa Paróquia. Como poderia? Tive a honra de ser o primeiro a confessar-me!»
Moral da história: Nunca se deve chegar atrasado.
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Negociatas
15/08/2010
Umbigo socialista
Caro dr. Mário Soares, este telegrama ultrameganeoliberal tem um propósito simples: provar que V. Exa. não percebe nada da União Europeia (UE). Nada. Aliás, o meu caro amigo está, desde já, chumbado a Integração Europeia.
V. Exa. estabelece sempre uma ligação direta entre a UE e o Estado social. Na sua cabeça, a UE é sinónimo de Estado social. Pior: é sinónimo do Estado social que existe aqui no sul da Europa. Como é óbvio, o seu raciocínio está errado. A UE, meu caro, não mete aquele burocrático bedelho nos assuntos do Estado social. A construção do Estado social é uma tarefa que cabe, em exclusivo, aos Estados. É por isso que não existe um modelo social europeu, mas sim diversos modelos. O modelo nórdico, por exemplo, tem uma natureza liberal, enquanto o modelo sulista tem um carácter socialista e corporativo. O Estado social é, portanto, uma peça local, e não federal. A verdadeira atividade da UE incide sobre uma coisa que está a milhas ideológicas do Estado social, a saber: o mercado único. O coração da UE é liberal, e não social, meu caro Mário. E sabe porquê? Porque o comércio livre é a primeira linha de defesa contra o fantasma do nacionalismo. Se V. Exa. não entende isto, então V. Exa. não compreende a natureza da UE, e a sua 'Europa' é apenas uma extensão do seu umbigo ideológico.
V. Exa. devia prestar mais atenção aos socialistas franceses, que sempre rotularam a UE de 'inimiga' do Estado social francês. Não por acaso, os socialistas gauleses têm um discurso soberanista e até xenófobo ("canalizador polaco"). Claro que esta xenofobia de esquerda é disfarçada pelos constantes gritos contra o 'neoliberalismo'. Quando xingam o 'neoliberalismo', os esquerdistas franceses (e portugueses) deixam de ser nacionalistas, e passam a ser querubins do santo esquadrão que combate a globalização, ou coisa assim. Maravilhas da semântica. Mas, meu caro Mário, não se iluda: o Estado social é, neste momento, um motor do nacionalismo. Na segunda metade do século XX, a UE foi feita contra o nacionalismo de direita. Agora, a UE será feita contra este nacionalismo de esquerda.
O meu caro amigo criou a III República com base em duas narrativas fundadoras: Portugal devia estar no coração da UE, e devia construir um modelo social francês. Ora, em 2010, podemos dizer que as duas narrativas estão em rota de colisão. Ou saímos da UE para mantermos o Estado social com sotaque francês, ou ficamos na UE e reformamos o estado social (adotando um sotaque nórdico ou polaco). V. Exa. vai ter de escolher: ou está com a Europa, ou está com o nacionalismo dos direitos adquiridos.
Henrique Raposo
in »Expresso», 23.07.2010
V. Exa. estabelece sempre uma ligação direta entre a UE e o Estado social. Na sua cabeça, a UE é sinónimo de Estado social. Pior: é sinónimo do Estado social que existe aqui no sul da Europa. Como é óbvio, o seu raciocínio está errado. A UE, meu caro, não mete aquele burocrático bedelho nos assuntos do Estado social. A construção do Estado social é uma tarefa que cabe, em exclusivo, aos Estados. É por isso que não existe um modelo social europeu, mas sim diversos modelos. O modelo nórdico, por exemplo, tem uma natureza liberal, enquanto o modelo sulista tem um carácter socialista e corporativo. O Estado social é, portanto, uma peça local, e não federal. A verdadeira atividade da UE incide sobre uma coisa que está a milhas ideológicas do Estado social, a saber: o mercado único. O coração da UE é liberal, e não social, meu caro Mário. E sabe porquê? Porque o comércio livre é a primeira linha de defesa contra o fantasma do nacionalismo. Se V. Exa. não entende isto, então V. Exa. não compreende a natureza da UE, e a sua 'Europa' é apenas uma extensão do seu umbigo ideológico.
V. Exa. devia prestar mais atenção aos socialistas franceses, que sempre rotularam a UE de 'inimiga' do Estado social francês. Não por acaso, os socialistas gauleses têm um discurso soberanista e até xenófobo ("canalizador polaco"). Claro que esta xenofobia de esquerda é disfarçada pelos constantes gritos contra o 'neoliberalismo'. Quando xingam o 'neoliberalismo', os esquerdistas franceses (e portugueses) deixam de ser nacionalistas, e passam a ser querubins do santo esquadrão que combate a globalização, ou coisa assim. Maravilhas da semântica. Mas, meu caro Mário, não se iluda: o Estado social é, neste momento, um motor do nacionalismo. Na segunda metade do século XX, a UE foi feita contra o nacionalismo de direita. Agora, a UE será feita contra este nacionalismo de esquerda.
O meu caro amigo criou a III República com base em duas narrativas fundadoras: Portugal devia estar no coração da UE, e devia construir um modelo social francês. Ora, em 2010, podemos dizer que as duas narrativas estão em rota de colisão. Ou saímos da UE para mantermos o Estado social com sotaque francês, ou ficamos na UE e reformamos o estado social (adotando um sotaque nórdico ou polaco). V. Exa. vai ter de escolher: ou está com a Europa, ou está com o nacionalismo dos direitos adquiridos.
Henrique Raposo
in »Expresso», 23.07.2010
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Socialismo
14/08/2010
13/08/2010
FPF e os fp...
O advogado de Carlos Queiroz
Se fosse eu que mandasse, Carlos Queiroz não seria o nosso selecionador, mas também não posso aceitar a forma pouco séria como o querem despedir.
E tendo em conta o alegado fundamento do processo disciplinar, não posso deixar de trazer à colação a defesa do saudoso Ramada Curto de um seu cliente acusado de ter chamado "filho da p." ao ofendido.
Nas suas alegações, Ramada Curto começou por chamar a atenção do juiz para o facto de, muitas vezes, se utilizar essa expressão em termos elogiosos ("Aquele filho da p. é o melhor de todos") ou carinhosos ("Dá cá um abraço, meu grande filho da p.!"), tendo concluído as suas alegações da seguinte forma: "E até aposto que, neste momento, V.Ex.ª está a pensar o seguinte: 'Olhem lá do que aquele filho da p. não se havia de lembrar só para safar o seu cliente!...'"
Chegada a hora da sentença, o juiz vira-se para o réu e diz: "O senhor vai absolvido mas agradeça ao filho da p. do seu advogado."
Enfim, apesar de já ter falecido há muitos anos, penso, no entanto, que o melhor advogado de Carlos Queiroz ainda continua a ser o saudoso Ramada Curto.
Santana-Maia Leonardo, Abrantes
in «Público», 12.08.2010
Se fosse eu que mandasse, Carlos Queiroz não seria o nosso selecionador, mas também não posso aceitar a forma pouco séria como o querem despedir.
E tendo em conta o alegado fundamento do processo disciplinar, não posso deixar de trazer à colação a defesa do saudoso Ramada Curto de um seu cliente acusado de ter chamado "filho da p." ao ofendido.
Nas suas alegações, Ramada Curto começou por chamar a atenção do juiz para o facto de, muitas vezes, se utilizar essa expressão em termos elogiosos ("Aquele filho da p. é o melhor de todos") ou carinhosos ("Dá cá um abraço, meu grande filho da p.!"), tendo concluído as suas alegações da seguinte forma: "E até aposto que, neste momento, V.Ex.ª está a pensar o seguinte: 'Olhem lá do que aquele filho da p. não se havia de lembrar só para safar o seu cliente!...'"
Chegada a hora da sentença, o juiz vira-se para o réu e diz: "O senhor vai absolvido mas agradeça ao filho da p. do seu advogado."
Enfim, apesar de já ter falecido há muitos anos, penso, no entanto, que o melhor advogado de Carlos Queiroz ainda continua a ser o saudoso Ramada Curto.
Santana-Maia Leonardo, Abrantes
in «Público», 12.08.2010
© Henrique Monteiro |
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Futebolês
12/08/2010
11/08/2010
Decisores surrealistas
Obras de arte surrealista
O TGV de Madrid ao Caia será para passageiros e mercadorias em bitola europeia. Do Caia à plataforma logística do Poceirão será só para passageiros, relegando as mercadorias para uma linha paralela em bitola ibérica. A ligação ao novo aeroporto obrigará a ramal duplo, em vez dum schutle de aeroporto (como entre Orly e a linha de Paris) que faria os 10km em 5 minutos. A entrada em Lisboa, que poderia fazer-se pelas atuais plataformas (como na Gare du Nord em Paris), obrigaria à estapafúrdia ponte do Mar da Palha. É difícil planificar pior.
O TGV pode abrir o comércio e os serviços de Lisboa ao centro de Espanha e pôr à disposição dos portugueses uma verdadeira cidade europeia de 5 milhões de habitantes. Os contentores na Trafaria poderiam acolher navios de 300 m e 10.000 TEUS, em vez de metermos os TIR nas nossas ruas.
Esta equipe de decisores é surrealista.
Artur Carvalho, leitor
in «Público», 25.05.2010
O TGV de Madrid ao Caia será para passageiros e mercadorias em bitola europeia. Do Caia à plataforma logística do Poceirão será só para passageiros, relegando as mercadorias para uma linha paralela em bitola ibérica. A ligação ao novo aeroporto obrigará a ramal duplo, em vez dum schutle de aeroporto (como entre Orly e a linha de Paris) que faria os 10km em 5 minutos. A entrada em Lisboa, que poderia fazer-se pelas atuais plataformas (como na Gare du Nord em Paris), obrigaria à estapafúrdia ponte do Mar da Palha. É difícil planificar pior.
O TGV pode abrir o comércio e os serviços de Lisboa ao centro de Espanha e pôr à disposição dos portugueses uma verdadeira cidade europeia de 5 milhões de habitantes. Os contentores na Trafaria poderiam acolher navios de 300 m e 10.000 TEUS, em vez de metermos os TIR nas nossas ruas.
Esta equipe de decisores é surrealista.
Artur Carvalho, leitor
in «Público», 25.05.2010
Mr. Mendonça |
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Economia
Lula vai ser xingado
O socialismo-trabalhista-petista no seu melhor:
- Vai trabalhar malandro, deixa de ser otário;
- Você não vai ser eleito, malandro...
- Vai trabalhar malandro, deixa de ser otário;
- Você não vai ser eleito, malandro...
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Socialismo
10/08/2010
09/08/2010
Uma portuguesa: Teresa Salgueiro
A TVI apresentou uma excelente entrevista a Teresa Salgueiro, feita por Manuel Luís Goucha (8 de agosto de 1010).
Uma conversa calma e agradável num local de beleza comparável à da entrevistada: em Sintra, no Palácio de Seteais.
Sem dúvida, uma mulher da minha vida.
Uma conversa calma e agradável num local de beleza comparável à da entrevistada: em Sintra, no Palácio de Seteais.
Sem dúvida, uma mulher da minha vida.
Quando éramos peixes
Obra muito interessante para ler na praia, com ou sem peixes.
O que diz a opinião publicada?
O virar de página na Teoria da Evolução. A importância da descoberta do "Elo Perdido". Porque temos este aspecto? O que tem a mão humana em comum com a asa de uma mosca? Estarão os seios, as glândulas sudoríparas e as escamas ligadas de alguma forma? Para uma melhor compreensão do funcionamento do nosso corpo e para identificar a origem de muitas das mais comuns doenças actuais, teremos de procurar fontes inesperadas: vermes, moscas e até mesmo peixes. Neil Shubin, um destacado paleontólogo e professor de anatomia, que descobriu o Tiktaalik - o «elo perdido» que foi notícia um pouco por todo o mundo em Abril de 2006 -, conta a história da evolução remontando os órgãos do corpo humano a milhões de anos no passado, muito antes de as primeiras criaturas terem caminhado sobre a Terra. Shubin leva-nos a ver-nos a nós mesmos e ao nosso mundo a uma luz completamente nova. "Quando Éramos Peixes" é pura divulgação científica: esclarecedora, acessível e contada com um entusiasmo irresistível.
«O estudo dos fósseis, lado a lado com experiências com embriões de animais (e as muitas semelhanças que todos os animais têm, durante o desenvolvimento embrionário) e, nas décadas mais recentes, sobretudo a partir dos anos 1980, com os avanços na genética, permitem-nos traçar um retrato cada vez mais preciso - e, muitas vezes, surpreendente - da evolução. É essa a história contada por Shubin: a nossa própria história, desde os tempos em que não tínhamos sequer cabeça.» - in «Público» (Ípsilon).
Livro a não perder, com comentários detalhados aqui, aqui, aqui e aqui.
O que diz a opinião publicada?
O virar de página na Teoria da Evolução. A importância da descoberta do "Elo Perdido". Porque temos este aspecto? O que tem a mão humana em comum com a asa de uma mosca? Estarão os seios, as glândulas sudoríparas e as escamas ligadas de alguma forma? Para uma melhor compreensão do funcionamento do nosso corpo e para identificar a origem de muitas das mais comuns doenças actuais, teremos de procurar fontes inesperadas: vermes, moscas e até mesmo peixes. Neil Shubin, um destacado paleontólogo e professor de anatomia, que descobriu o Tiktaalik - o «elo perdido» que foi notícia um pouco por todo o mundo em Abril de 2006 -, conta a história da evolução remontando os órgãos do corpo humano a milhões de anos no passado, muito antes de as primeiras criaturas terem caminhado sobre a Terra. Shubin leva-nos a ver-nos a nós mesmos e ao nosso mundo a uma luz completamente nova. "Quando Éramos Peixes" é pura divulgação científica: esclarecedora, acessível e contada com um entusiasmo irresistível.
«O estudo dos fósseis, lado a lado com experiências com embriões de animais (e as muitas semelhanças que todos os animais têm, durante o desenvolvimento embrionário) e, nas décadas mais recentes, sobretudo a partir dos anos 1980, com os avanços na genética, permitem-nos traçar um retrato cada vez mais preciso - e, muitas vezes, surpreendente - da evolução. É essa a história contada por Shubin: a nossa própria história, desde os tempos em que não tínhamos sequer cabeça.» - in «Público» (Ípsilon).
Livro a não perder, com comentários detalhados aqui, aqui, aqui e aqui.
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História
08/08/2010
07/08/2010
Filhos do regime
Ivan Morais, filho do ex-ministro das finanças de Angola, Pedro de Morais e Joca Carneiro, um filho do general Higino Carneiro, ambos, presentemente de férias em Lisboa, gastaram 6000 € numa só noite, no passado dia 18 de Julho (domingo) na discoteca Belém Bar Café (BBC) em Lisboa.
Filha do Vice-PR opta por não seguir exemplo
Ambos solicitaram uma "sala súper VIP" da discoteca BBC, restritamente para os dois e suas respetivas amizades ao qual foi-lhes solicitado a quantia em referência. Tinha direito ao número ilimitado de bebidas e garrafas de Champanhe da marca Moët & Chandon (a mais cara do mercado).
Na discoteca Belém Bar Café (BBC) onde esteve Ivan Morais e Joca Morais, estiveram também outros filhos de dirigentes angolanos com realce a Fernanda dos Santos "Nádia", filha do Vice-Presidente angolano mas que no entanto os seus gastos não foram da mesma proporção que os outros dois rapazes. Nadia que está de férias em Portugal (vive em Londres) não solicitou, por exemplo, acesso a uma das áreas VIP normais onde naquela noite estavam músicos como Maya Cool, Eddy Tussa, Puto Prata e Nagrelha. A jovem optou por misturar-se com o "povo".
Em privado, Ivan de Morais justificou aos que lhe são próximos que pretendia um "espaço privado" porque estava "a viver problemas" em Angola devendo regressar ao país nas próximas duas semanas. (Diz-se que o seu estado de depressão poderá estar ligado ao estado da mãe do seu pai, tratada por Avó Isabel que nos últimos dias tem manifestado sinais de saúde debilitada devido a idade avançada).
Nos dias anteriores, Ivan Morais foi visto em outras discotecas em Lisboa tida como uma das mais caras na capital lusa. (Uma cerveja custa 15 € enquanto que a garrafa de Champagne Moët & Chandon, chega a custar 300 €).
De recordar que Joca Carneiro e Ivan Morais fazem parte da administração da Global Seguros em Angola, empresa de seguros pertencentes aos seus progenitores. (Ivan é acionista do Banco BNI e é o filho do ex-ministro a quem o pai passa alguns bens em seu nome). Em meios ligados aos filhos de elementos do regime do MPLA, Ivan é "respeitado" por ter a fama de jovem que "gasta muito".
Club-K
Filha do Vice-PR opta por não seguir exemplo
Ambos solicitaram uma "sala súper VIP" da discoteca BBC, restritamente para os dois e suas respetivas amizades ao qual foi-lhes solicitado a quantia em referência. Tinha direito ao número ilimitado de bebidas e garrafas de Champanhe da marca Moët & Chandon (a mais cara do mercado).
Na discoteca Belém Bar Café (BBC) onde esteve Ivan Morais e Joca Morais, estiveram também outros filhos de dirigentes angolanos com realce a Fernanda dos Santos "Nádia", filha do Vice-Presidente angolano mas que no entanto os seus gastos não foram da mesma proporção que os outros dois rapazes. Nadia que está de férias em Portugal (vive em Londres) não solicitou, por exemplo, acesso a uma das áreas VIP normais onde naquela noite estavam músicos como Maya Cool, Eddy Tussa, Puto Prata e Nagrelha. A jovem optou por misturar-se com o "povo".
Em privado, Ivan de Morais justificou aos que lhe são próximos que pretendia um "espaço privado" porque estava "a viver problemas" em Angola devendo regressar ao país nas próximas duas semanas. (Diz-se que o seu estado de depressão poderá estar ligado ao estado da mãe do seu pai, tratada por Avó Isabel que nos últimos dias tem manifestado sinais de saúde debilitada devido a idade avançada).
Nos dias anteriores, Ivan Morais foi visto em outras discotecas em Lisboa tida como uma das mais caras na capital lusa. (Uma cerveja custa 15 € enquanto que a garrafa de Champagne Moët & Chandon, chega a custar 300 €).
De recordar que Joca Carneiro e Ivan Morais fazem parte da administração da Global Seguros em Angola, empresa de seguros pertencentes aos seus progenitores. (Ivan é acionista do Banco BNI e é o filho do ex-ministro a quem o pai passa alguns bens em seu nome). Em meios ligados aos filhos de elementos do regime do MPLA, Ivan é "respeitado" por ter a fama de jovem que "gasta muito".
Club-K
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Negociatas
06/08/2010
05/08/2010
Economicando
O economista moçambicano Prof. João Mosca tem publicado desassombrados artigos no jornal «Savana» em que analisa, com detalhe, as duas faces da moeda: desenvolvimento e corrupção.
Como se percebe, uma escolha muito acertada.
São esses textos que foram reunidos no interessante livro "Economicando", Alcance Editores, que começa com uma muito oportuna citação de Barack Obama: "Nenhum país vai criar riqueza se os seus líderes usarem a economia para se enriquecerem ou se a polícia puder ser comprada por traficantes de drogas”.
Como se percebe, uma escolha muito acertada.
Economicando de João Mosca |
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Economia
04/08/2010
Agosto, tempo quente
A muito aguardada edição para o Verão europeu e para comemorar 35 anos.
Edição de Agosto da Playboy Brasileira |
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My God
03/08/2010
Aniversário do diabo
É difícil dizer isto mas, para casos de incorrigíveis criminosos, só fazem falta as balas que se perdem.
Foi o caso de Jonas Malheiro Savimbi, nascido a 3 de Agosto de 1934, que na sua terrível ambição de alcançar o poder - uma tradição bem africana - não hesitou em lançar Angola numa desumana guerra cívil, em 1992.
Capaz de fazer pactos com o próprio diabo, Savimbi já anteriormnete se tinha aliado com o colonialismo português para combater o MPLA, com a China para combater os soviéticos e com o apartheid para combater os cubanos.
Na data do aniversário do nascimento deste diabo, vale a pena mostrar com que companhia andava em 1991, numa curiosa aliança entre o socialismo português e o tribalismo africano:
Foi o caso de Jonas Malheiro Savimbi, nascido a 3 de Agosto de 1934, que na sua terrível ambição de alcançar o poder - uma tradição bem africana - não hesitou em lançar Angola numa desumana guerra cívil, em 1992.
Capaz de fazer pactos com o próprio diabo, Savimbi já anteriormnete se tinha aliado com o colonialismo português para combater o MPLA, com a China para combater os soviéticos e com o apartheid para combater os cubanos.
Na data do aniversário do nascimento deste diabo, vale a pena mostrar com que companhia andava em 1991, numa curiosa aliança entre o socialismo português e o tribalismo africano:
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Socialismo,
Terrorismo,
Tribalismo
Socialismo: "Me liga Oi"
Parece ter finalmente chegado ao fim o episódio do controlo da Vivo pela Telefónica.
De acordo com a maior parte dos analistas, a história terá tido um final feliz: a interferência do Governo traduziu-se num encaixe adicional de 315 milhões de euros por parte dos accionistas, e a PT mantém-se no Brasil, tal como o Governo pretendia. No campo político, a interferência terá certamente gerado dividendos: afinal, o Governo atuou como catalisador do orgulho nacional, numa contenda que evoca temas tão profundos como Aljubarrota, o futebol, Pedro Álvares Cabral e a Lusofonia. Além disso, a manutenção da PT em rédea curta é consistente com uma forte influência do Estado na esfera dos negócios, o que pode revelar-se útil em circunstâncias várias.
Depois de tudo o que li, no entanto, confesso que não me sinto minimamente esclarecido numa questão essencial: afinal, onde estava o interesse nacional que motivou a intervenção do Governo em primeiro instância?
É um facto que na altura em que a PT foi privatizada, os estatutos da empresa eram conhecidos. Em particular, sabia-se que existiam ações especiais, que apenas poderiam ser detidas pelo setor público e que conferiam aos seus detentores poder de veto em matérias diversas, designadamente no que respeita à nomeação de dirigentes e à política de participações da empresa. Por conseguinte, os eventuais prejuízos decorrentes de interferências administrativas nas decisões da empresa deveriam estar já devidamente descontados nos preços das ações, sob a forma de um prémio de risco acrescido.
Mas a materialização da prerrogativa num caso como este não era à partida evidente: é que, ao forçar a presença da PT no Brasil e, mais do que isso, ao inviabilizar uma transacção entre duas empresas pertencentes a dois Estados-membros da União Europeia, o Governo não só negou aos acionistas a possibilidade de influenciar as decisões da sociedade na proporção das suas ações, como além disso atropelou o princípio fundamental da livre circulação de capitais, pondo em causa o compromisso do País com o funcionamento do Mercado Único. Não sendo tal matéria de somenos, impunha-se que a este processo estivesse associada uma razão imperiosa de interesse nacional. Ora, não é nada óbvio que a presença da PT no Brasil preencha o requisito.
Diz o Governo que a presença da PT no Brasil é essencial, pois só assim a empresa terá escala suficiente para inovar e, por essa via, contribuir para o desenvolvimento do País. Mas a justificação é frágil. Por essa ordem de ideias, concluiríamos que o País estaria melhor servido se o Estado possuísse também acções de oiro no BPI, na Sonae ou na Jerónimo Martins, e se as usasse para impedir a venda dos respectivos ativos no estrangeiro, por muito atrativas que os acionistas considerassem as ofertas. Como é evidente, forçar uma empresa a investir num país estrangeiro contra a vontade dos seus acionistas não tem nada a ver com o interesse nacional. Ao País, o que interessa é que os investidores façam escolhas acertadas e obtenham boas rendibilidades nos seus negócios e nessa matéria cada investidor será o melhor juiz dos seus próprios interesses.
Como é evidente, nem sempre os interesses privados alinham com o interesse coletivo. E nomeadamente no caso da PT, há áreas onde se justifica a intervenção do Estado. Mas será a detenção de acções de oiro a modalidade mais eficaz para lidar com o problema? Claramente não.
Uma matéria onde os interesses do País podem colidir com os interesses dos acionistas da PT é a necessidade de garantir a universalidade do serviço de telecomunicações. Na medida em que a prossecução de tal objectivo implique a presença da empresa em segmentos de rentabilidade negativa, o mesmo não seria assegurado numa lógica meramente privada. No entanto, essa situação está já devidamente acautelada no contrato de concessão entre o Estado e a PT. De facto, ao abrigo desse contrato, a PT obriga-se a prestar alguns serviços considerados de utilidade pública, mesmo que não sejam rentáveis. E precisamente, para que os accionistas não sejam prejudicados, estabelece-se o direito da empresa a indemnizações compensatórias, que o Estado português é chamado a pagar todos os anos. Isto é: a PT presta um serviço público e o contribuinte paga. Este mecanismo é eficaz e suficiente para garantir a prestação do serviço público, não resultando em excesso de intervenção (*). Já a detenção de acções de oiro, além de redundante, viola o princípio da proporcionalidade: nomear gestores e restringir a política de participações da empresa para garantir a universalidade do serviço de telecomunicações é utilizar um canhão para matar uma mosca.
Uma segunda matéria onde, no caso da PT, se justifica a intervenção é a necessidade de assegurar a disponibilidade da rede de telecomunicações numa situação de guerra, catástrofe natural ou terrorismo. No entanto, também neste caso o recurso às ações de oiro é redundante. De facto, o contrato de concessão entre o Estado e a PT já prevê a possibilidade de o Estado assumir o comando da empresa, em caso de guerra ou crise grave. Essa cláusula chega e sobra para acautelar o interesse geral em tempo de guerra. A extensão desses poderes aos tempos de paz é claramente excessiva e viola mais uma vez o princípio da proporcionalidade.
(*) É importante notar que o direito comunitário não vê as indemnizações compensatórias como impedimentos à concorrência, precisamente por se tratarem de compensações por serviços de interesse geral que o livre funcionamento do mercado não permitiria assegurar. Mas ninguém duvida que a Comissão não aceitaria como indemnização compensatória qualquer contrapartida que o Estado Português entendesse atribuir à PT pelo facto de esta ter feito um investimento desastroso na Oi. O mais natural seria considerar tal apoio como um Auxilio de Estado incompatível com as regras da concorrência. Esta alusão mostra por absurdo quão questionável é a tese de que a presença da PT no Brasil constitua matéria de interesse geral.
Miguel Lebre de Freitas, docente Universitário
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Economia,
Socialismo
02/08/2010
Socretinice "Me liga Oi"
I. Tal como salientou João Vieira Pereira (Expresso de Sábado), alguma coisa não está bem na venda da Vivo. Eu acrescento: o que não está mesmo nada bem é a actuação do nosso distinto primeiro-ministro, Sua Alteza José Sócrates, o génio da economia. Ora, vamos lá recorrer a esse instrumento fora de moda chamado "cronologia".
II. Sócrates começou por dizer que a PT não devia vender a Vivo, porque a Vivo era do "interesse nacional". Pois, pois. Passadas três semanas, este raciocínio desapareceu. A Vivo foi vendida, e o mesmo Sócrates veio dizer que "sim, senhora". O que mudou nestas três semanas? Bom, mudou a proposta da Telefónica. Se não estou em erro, a empresa espanhola, depois do bloqueio provocado pela golden share, meteu mais 350 milhões de euros em cima da mesa. Perante isto, pergunta-se: o "interesse nacional" é vendável apenas por 350 milhões? Pior: como é óbvio, esta venda não beneficia o país no seu todo; beneficia apenas os acionistas privados. Ou seja, objetivamente (repito: objetivamente), o "interesse nacional" de Sócrates beneficiou apenas os acionistas privados da PT. Meus amigos, as empresas devem fazer pela vidinha. Não há cá anjinhos no mundo dos negócios. Mas é irritante perceber que o sagrado e imaculado "interesse nacional" defende apenas os interesses privados dos acionistas das empresas com golden share.
III. Mas vamos lá pensar noutro - hipotético - cenário, um cenário onde os acionistas privados também são prejudicados. Se era do "interesse nacional" manter a Vivo, Sócrates devia ter mantido a sua posição inicial. Se era para vender a Vivo, então arrecadava-se o dinheiro e, depois, com tempo, investir-se-ia o dinheiro noutro sítio. Mas não foi isso que aconteceu. Como salienta João Vieira Pereira, "a PT foi obrigada por Sócrates a ir, a correr, às compras no Brasil". Assim, devido a esta pressa socrática, a golden share acabou por custar dinheiro à PT. A posição na Oi valia - no mercado - 2,8 milhões de euros, mas a PT comprou-a por 3,7 milhões. Esta diferença (900 milhões) é superior aos dividendos gerados pelo primeiro "não" de Sócrates (350 milhões).
IV. Portanto, alguém é capaz de me explicar esta espessa irracionalidade económica? José Sócrates deu aquele primeiro "não" apenas para subir uns pontinhos nas sondagens, enquanto cavaleiro anti-Castela? É só isso? Ou há aqui mais qualquer coisa? Quem ganhou o quê com este negócio? É que o país não ganhou nada, e a PT - enquanto multinacional - também não.
Henrique Raposo
in «Expresso», 02.08.2010
II. Sócrates começou por dizer que a PT não devia vender a Vivo, porque a Vivo era do "interesse nacional". Pois, pois. Passadas três semanas, este raciocínio desapareceu. A Vivo foi vendida, e o mesmo Sócrates veio dizer que "sim, senhora". O que mudou nestas três semanas? Bom, mudou a proposta da Telefónica. Se não estou em erro, a empresa espanhola, depois do bloqueio provocado pela golden share, meteu mais 350 milhões de euros em cima da mesa. Perante isto, pergunta-se: o "interesse nacional" é vendável apenas por 350 milhões? Pior: como é óbvio, esta venda não beneficia o país no seu todo; beneficia apenas os acionistas privados. Ou seja, objetivamente (repito: objetivamente), o "interesse nacional" de Sócrates beneficiou apenas os acionistas privados da PT. Meus amigos, as empresas devem fazer pela vidinha. Não há cá anjinhos no mundo dos negócios. Mas é irritante perceber que o sagrado e imaculado "interesse nacional" defende apenas os interesses privados dos acionistas das empresas com golden share.
III. Mas vamos lá pensar noutro - hipotético - cenário, um cenário onde os acionistas privados também são prejudicados. Se era do "interesse nacional" manter a Vivo, Sócrates devia ter mantido a sua posição inicial. Se era para vender a Vivo, então arrecadava-se o dinheiro e, depois, com tempo, investir-se-ia o dinheiro noutro sítio. Mas não foi isso que aconteceu. Como salienta João Vieira Pereira, "a PT foi obrigada por Sócrates a ir, a correr, às compras no Brasil". Assim, devido a esta pressa socrática, a golden share acabou por custar dinheiro à PT. A posição na Oi valia - no mercado - 2,8 milhões de euros, mas a PT comprou-a por 3,7 milhões. Esta diferença (900 milhões) é superior aos dividendos gerados pelo primeiro "não" de Sócrates (350 milhões).
IV. Portanto, alguém é capaz de me explicar esta espessa irracionalidade económica? José Sócrates deu aquele primeiro "não" apenas para subir uns pontinhos nas sondagens, enquanto cavaleiro anti-Castela? É só isso? Ou há aqui mais qualquer coisa? Quem ganhou o quê com este negócio? É que o país não ganhou nada, e a PT - enquanto multinacional - também não.
Henrique Raposo
in «Expresso», 02.08.2010
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Socialismo
O grande Armando
A economia moçambicana entrou em rota descendente. Nova desordem está a caminho.
Ainda que há muitos anos viva da esmola internacional, o regime guebuzino é totalmente incompetente, "azarado" na opinião do camarada Rebelo...
Como sempre fez, o chefe da Operação Produção rodeou-se de labe-botas, totalmente incapazes de lhe apontar que vai por maus caminhos.
É verdade que o Grande Armando pode desculpar-se com a crise internacional, com a subida do preço das matérias-primas, com o preço do petróleo, como fazem outros da mesma laia.
Mas, o Grande Armando deveria explicar porque se assiste à escalada do câmbio do dólar contra o metical.
Deveria explicar os seus negócios com o idóneo e honesto Momed Bachir Suleman. Deveria explicar a incrível "Guebuza Square" no "Maputo Shopping Center". Deveria explicar os fundos sujos que aceitou em campanha eleitoral, para fechar os olhos aos tráfego de droga.
Deveria também explicar que essa escalada do câmbio decorre da fuga de capitais para a Índia, Paquistão e Arábia Saudita. Que os grandes comerciantes do país estão a colocar os seus fundos a salvo dos olhares da justiça norte-americana. Que há perda de confiança no governo moçambicano, visto como incapaz de se distanciar da sujidade. Que o Grande Armando está a entregar o país à China, cujo regime, não faz perguntas.
Deveria explicar que tudo o que se consome em Moçambique - quase tudo é importado - vai ficar muito mais caro. E que uma nova desordem está a caminho.
Ainda que há muitos anos viva da esmola internacional, o regime guebuzino é totalmente incompetente, "azarado" na opinião do camarada Rebelo...
Como sempre fez, o chefe da Operação Produção rodeou-se de labe-botas, totalmente incapazes de lhe apontar que vai por maus caminhos.
É verdade que o Grande Armando pode desculpar-se com a crise internacional, com a subida do preço das matérias-primas, com o preço do petróleo, como fazem outros da mesma laia.
Mas, o Grande Armando deveria explicar porque se assiste à escalada do câmbio do dólar contra o metical.
Deveria explicar os seus negócios com o idóneo e honesto Momed Bachir Suleman. Deveria explicar a incrível "Guebuza Square" no "Maputo Shopping Center". Deveria explicar os fundos sujos que aceitou em campanha eleitoral, para fechar os olhos aos tráfego de droga.
Deveria também explicar que essa escalada do câmbio decorre da fuga de capitais para a Índia, Paquistão e Arábia Saudita. Que os grandes comerciantes do país estão a colocar os seus fundos a salvo dos olhares da justiça norte-americana. Que há perda de confiança no governo moçambicano, visto como incapaz de se distanciar da sujidade. Que o Grande Armando está a entregar o país à China, cujo regime, não faz perguntas.
Deveria explicar que tudo o que se consome em Moçambique - quase tudo é importado - vai ficar muito mais caro. E que uma nova desordem está a caminho.
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