Orlando Zapata Tamayo, um dissidente cubano que estava preso e morreu a 23 de Fevereiro depois de uma greve de fome de 85 dias, tornou-se o motivo para novos protestos da oposição à ditadura castrista.
Pela terceira vez em pouco tempo, 30 mulheres vestidas de branco, de entre as quais Reyna Tamayo, mãe do falecido Orlando, participaram numa passeata pela ruas de Havana, clamando pela libertação dos seus filhos ou maridos que estão nas masmorras do regime desde 2003.
A marcha antigovernamental foi aumentando o que levou agentes de segurança a tentarem levá-las num autocarro. Finalmente, à força, arrastaram as "Damas de Branco" pelos cabelos, braços e pernas, no meio de gritos e violência.
Apoiantes dos Castro insultavam as oposicionistas gritando "esta rua pertence a Fidel".
Berta Soler, integrante do Damas de Branco, afirmou: "Quando um animal selvagem é confinado, faz isso e muito mais. Estamos prontas para tudo. Não temos medo".
Cuba vem sendo condenada internacionalmente pela morte de Zapata e o tratamento de outro grevista, Guillermo Farinas, que está num hospital recebendo fluidos intravenosos desde que desmaiou recentemente.
A União Europeia tem exercido pressão sobre a ditadura mas, em certa medida, tem havido uma inaceitável tolerância do primeiro-ministro espanhol Zapatero, presidente rotativo da UE.
foto de Reuters: