O dissidente cubano Guillermo Fariñas disse na sexta-feira que sua saúde está se debilitando, mas manterá a greve de fome iniciada há dez dias para pedir a libertação dos presos políticos da ilha, num protesto iniciado após a morte de um detento que passou 85 dias em jejum voluntário.
Fariñas, um psicólogo de 48 anos, parou de se alimentar em 24 de fevereiro, um dia depois da morte do dissidente Orlando Zapata, um encanador de 42 anos, o que causou muitas críticas internacionais sobre a situação dos direitos humanos em Cuba.
"Tenho muita debilidade em todos os membros (...), a gente já tem vontade de acabar", disse Fariñas à Reuters, levantando a blusa do pijama para mostrar sua magreza. "Estou disposto a ir nesta greve de fome até as últimas consequências, inclusive minha morte", acrescentou o dissidente em sua casa, no centro da cidade de Santa Clara, 270 quilômetros a leste de Havana.
Com cabeça raspada e olhos fundos, usando um bastão para se apoiar ao andar pela casa, ele afirmou que o governo faria um "gesto de boa vontade" se liberasse 26 presos políticos doentes. "Se soltarem esses presos políticos, abandono a greve".
"Esses presos em nenhum momento vão desestabilizar o governo, nem Raúl (Castro, presidente do país) vai ter que entregar o poder, nem o Partido Comunista vai ter que deixar de ser a entidade hegemônica."
Sem entrar em detalhes, Fariñas contou que já esteve preso três vezes por diversos motivos, e que esta é sua 23ª greve de fome. Em 2006, após meses de protesto por livre acesso à Internet, ele foi internado e alimentado por via intravenosa.
Desta vez, ele recebeu na terça-feira oito litros de glicose, lactose, água e minerais num hospital de Santa Clara, para onde foi levado por familiares e amigos após uma crise de hipoglicemia que o deixou inconsciente.
Ele disse que os médicos lhe recomendaram repetir a dose dentro de seis a oito dias, caso continue sem ingerir água ou alimentos.
O governo cubano qualifica oposicionistas como Fariñas como traidores ao serviço do seu inimigo Estados Unidos. Grupos de direitos humanos, por outro lado, afirmam que há na ilha cerca de 200 presos por motivos políticos.
Fariñas, um psicólogo de 48 anos, parou de se alimentar em 24 de fevereiro, um dia depois da morte do dissidente Orlando Zapata, um encanador de 42 anos, o que causou muitas críticas internacionais sobre a situação dos direitos humanos em Cuba.
"Tenho muita debilidade em todos os membros (...), a gente já tem vontade de acabar", disse Fariñas à Reuters, levantando a blusa do pijama para mostrar sua magreza. "Estou disposto a ir nesta greve de fome até as últimas consequências, inclusive minha morte", acrescentou o dissidente em sua casa, no centro da cidade de Santa Clara, 270 quilômetros a leste de Havana.
Com cabeça raspada e olhos fundos, usando um bastão para se apoiar ao andar pela casa, ele afirmou que o governo faria um "gesto de boa vontade" se liberasse 26 presos políticos doentes. "Se soltarem esses presos políticos, abandono a greve".
"Esses presos em nenhum momento vão desestabilizar o governo, nem Raúl (Castro, presidente do país) vai ter que entregar o poder, nem o Partido Comunista vai ter que deixar de ser a entidade hegemônica."
Sem entrar em detalhes, Fariñas contou que já esteve preso três vezes por diversos motivos, e que esta é sua 23ª greve de fome. Em 2006, após meses de protesto por livre acesso à Internet, ele foi internado e alimentado por via intravenosa.
Desta vez, ele recebeu na terça-feira oito litros de glicose, lactose, água e minerais num hospital de Santa Clara, para onde foi levado por familiares e amigos após uma crise de hipoglicemia que o deixou inconsciente.
Ele disse que os médicos lhe recomendaram repetir a dose dentro de seis a oito dias, caso continue sem ingerir água ou alimentos.
O governo cubano qualifica oposicionistas como Fariñas como traidores ao serviço do seu inimigo Estados Unidos. Grupos de direitos humanos, por outro lado, afirmam que há na ilha cerca de 200 presos por motivos políticos.
in «Globo», 07.03.2010