31/07/2010

Big Brother Rebelo, o «honesto»

Certo dia, na 1ª semana de Outubro de 1980. Meu pai fazia coordenação de segurança das casas do Governo Provincial de Sofala, e foi escalado para organizar a segurança dum dirigente nacional, na casa anexa ao Farol de Macúti-Beira (que ainda lá está).

Afinal era o camarada-chefe Jorge Rebelo, que o meu pai conhecia desde Dar-es-Salam.Eram 10 horas da manhã. Ele hospedou-se na casa, que era do Governo Provincial.

A praia estava quase vazia, era dia de semana, somente estava um casal portugueses com dois bebés -idades com menos de 2 anos - na praia a 20 metros do farol de Macúti.

A primeira coisa antes de dizer bom dia, o "camarada-chefe Rebelo" foi perguntar o que estava a fazer o casal na praia - disse para os expulsar imediatamente (o casal com os dois bebés, e dizer que são ordens diretas do camarada Jorge Rebelo Rebelo - podem ser agentes do inimigo).

O Camarada-chefe Rebelo pôs-se na varanda do 1º andar, e fez o gesto com o braço, para mandar embora o casal. O casal tinha o carro estacionado, num círculo, junto a casa do Farol, mas os seguranças tinham ordens para ninguém passar a dez metros da casa. O casal jovem deu uma grande volta, foram revistados e depois retiraram-se com os bebés.

Sou filho do Oficial da Reserva com patente C... Quando lhe contei a poesia do JR, ele mostrou-me o braço que tem várias marcas de pontos, motivado por acidente de carro, nesse Outubro de 1980, e contou-me os factos desse mês em que foi parar ao Hospital de Macuti.

O azar da maldade que fez contra os bebés ficou com ele. Meu pai diz que o casal cruzou com ele algumas vezes, e quis sempre pedir desculpa, mas eram outros tempos. E hoje peço desculpa em nome do meu pai, aos bebés do casal português, que devem ter a minha idade, através de Moçambique para Todos, porque ele foi obrigado a fazer o que fez -expulsar o casal e os bebés da praia - ordens do membro da Direcção do Partido.

JS Botão Salégua, em Nampula
in «Macua de Moçambique», 30.07.2010

O iPad apanhou a Microsoft com as calças na mão

I’ve just finished reading Ina Fried’s piece on Microsoft CEO Steve Ballmer talking to financial analysts about a rival to Apple’s iPad, and it’s clear from what Ballmer is saying that not only did Apple catch Microsoft with its pants down (again), but that Microsoft is floundering about trying to come up with a convincing response.

Let’s take a look at just some of the things that Ballmer said.

Talking about Microsoft rival to the iPad, Ballmer said “they’ll be shipping as soon as they are ready.”

Really? Wow! But like when? Weeks? Months? Years? Vaporware????? I know that financial analysts usually know nothing about tech, but you’d think that someone would have had the idea to pin that timescale down a little.

Also, and I know it’s a low blow, but let’s remember that Kin shipped too … shipping isn’t what matters, it’s making a product that people want.

Talking about Apple’s iPad, Ballmer said “they’ve sold certainly more than I’d like them to have sold.” Ummm, yeah, but Microsoft has for years now left a big stonking gap in the market for Apple to fill. Microsoft was too busy trying to shove “Tablet PCs” down people’s throats to realize that what people wanted were just “tablets” systems.

Microsoft, through it’s mismanagement of tablet development, both hardware and software, has handed Apple millions of customers, folks who when it comes time to buy a new computer, might be more likely to go with Apple.

“We have got to make things happen … we’re in the process of doing that as we speak. We’re working with our hardware partners. We’re tuning Windows 7.”

Two points here. First, and I know that perhaps I’m being pedantic here, but isn’t Windows 7 already supposed to be tuned for tablets? The marketing propaganda seems to say it is. Oh wait, that doesn’t count.

Secondly, does the OS have to be Windows? Really? Isn’t Microsoft really just trying to re-ignite the same old “notebook without a keyboard but with a stylus instead” market again? The exact same market that it has failed to do anything with for a decade?

“We’re coming. We’re coming full guns. The operating system is called Windows.“

Again, back to Windows. An OS designed to be used with a keyboard and a mouse. Take a look at the point of your cursor, and how you manipulate that through the Windows 7 user interface. Now take your finger, which is about a gazillion times bigger, and imagine trying to do the same thing. It’s gonna suck, right?

The problem is that Microsoft has a hard time thinking outside the “Windows” box, and an even harder time building a new OS that has all the functionality that people want (simple stuff like Cut/Copy/Paste, stuff that’s been around for years). This is why Microsoft wants to shove a monolithic desktop-based OS on every device possible. It’s just crazy, and it doesn’t make any real sense, but it’s the only business model Microsoft really knows how to leverage.

I shouldn’t be too harsh on Microsoft here though, because OEMs are to blame too. Because all the OEMs compete against one another in markets that really don’t allow them to stand out on anything other than price (the lowness of the price), it all really just becomes a race to the bottom to make the cheapest thing possible, and then shove Windows on it. Also, OEMs make the problem worse by cluttering up the OS with all sorts of crapware that they get paid to foist on end users. OEMs know how to squeeze revenue out of Windows, and are scared of anything different.

Who’s holding their breath for a Microsoft tablet


Adrian Kingsley-Hughes
in «ZD Net», 30.07.2010

Bandidos levam 444 mil meticais em dois assaltos

Segundo «O País», a malandragem segue o exemplo dos mais altos magistrados do país.

30/07/2010

Idiota aqui do lado

Peões e bombeiros que se lixem!

Imagem com dono

29/07/2010

Miragens

Perguntar não ofende

Fantástico: seis anos de "expediente" e ainda há perguntas que ficaram por fazer.
Serão as perguntas que nós sabemos que ele sabe?

As acusações produzidas são, seguramente, por mau estacionamento.
in «Público», 29.07.2010

A música de qualidade


O Dia Europeu da Ópera foi comemorado em Navarra, Espanha, com a atuação do Coro "Premier Ensemble" de Asociación Gayarre Amigos de la Ópera de Navarra (AGAO):

28/07/2010

Adeus Vivo, me liga Oi

Ao contrário do patrioteirismo socretino que abusou de uma golden share ilegal sobre o negócio PT-Telefónica envolvendo a brasileira Vivo, o mercado internacional acha que a operadora espanhola ganhou a batalha e obteve os seus objetivos.

Tanto espetáculo para chegar ao mesmo resultado.

Acordo ortográfico

Contra o acordo ortográfico que projetará língua portuguesa no Mundo? Contra a língua portuguesa nas Nações Unidas? Contra uma maior aproximação entre falantes de língua portuguesa?

Em 1822 escrevia-se assim:

27/07/2010

Sistema bancário europeu em grande perturbação

A dívida total bruta portuguesa ao exterior atinge 233% (a dívida líquida será sensivelmente de metade do valor indicado) sendo o Estado responsável por 60%, o Banco de Portugal por 14%, a banca comercial por 114% e as empresas privadas não bancárias por 34%.

Algumas das maiores empresas portuguesas, como a PT e a EDP, têm enormes dívidas ao estrangeiro e distribuem dividendos pelos seus acionistas (estrangeiros na maior parte) embora  solicitem empréstimos para financiamento.

Eis o desenvolvimento guterro-socretino. E os burros, são os alemães?
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Sistema bancário europeu em grande perturbação

O sistema bancário da UE está em grande perturbação. Muitos dos maiores bancos da UE estão assentados sobre centenas de milhares de milhões de euros de títulos soberanos duvidosos e sobre empréstimos imobiliários incumpridos. Mas registarem as suas perdas esgotaria o seu capital e forçá-los-ia a reestruturar a sua dívida. De modo que os bancos estão a esconder as suas perdas através de prestidigitações contabilísticas e pela tomada de dinheiro emprestado do Banco Central Europeu. Isto tem ajudado a esconder o apodrecimento no coração do sistema.

Atualmente 170 bancos estão a ter dificuldade de acesso aos mercados grossistas onde obtêm o seu financiamento. Instituições financeiras escusam-se a emprestar umas às outras porque não estão seguras de quem está solvente ou não. É uma questão de confiança.

O governador do BCE, Jean-Claude Trichet, tenta manter os problemas debaixo do pano, mas os mercados não são facilmente enganados. Indicadores de stress, como o euribor, elevaram-se durante os últimos dois meses. Os investidores sentem que algo cheira mal. Eles sabem que os bancos estão a brincar o jogo das escondidas com ativos degradados e sabem que Trichet está a ajudá-los.

Na semana passada as acções animaram-se com a notícia de que bancos da UE reembolsariam a maior parte do empréstimo de emergência de €442 mil milhões do BCE. A notícia foi sobretudo um truque publicitário concebido para esconder o que realmente acontecia. Sim, os bancos os bancos tomaram emprestado significativamente menos do que analistas haviam previsto (outros €132 mil milhões), mas apenas dois dias depois 78 bancos tomaram emprestado outros €111 mil milhões. Os empréstimos adicionais sugerem que Trichet inventou tudo para induzir investidores.

Os bancos da UE estavam empenhados nas mesmas actividades de alto riscos dos seus homólogos dos EUA. Comportavam-se imprudentemente em mercados especulativos que foram impulsionados com a máxima alavancagem. Banqueiros arrecadaram centenas de milhares de milhões em salários e bónus antes de a bolha estourar. Agora o valor dos títulos que compraram afundou, de modo que se voltam para o BCE à procura de salvamento. Soa familiar?

Trichet é um representante da indústria bancária, tal como Geithner e Bernanke. A sua tarefa é manter o poder político e económico dos bancos e transferir as perdas para o público. Actualmente, o BCE proporciona empréstimos "ilimitados" a bancos submersos de modo a que possam manter a aparência de solvência. Trichet reduziu taxas a 1 por cento, proporcionou um abrigo seguro para depósitos overnight e iniciou um programa agressivo de compra de títulos (Facilidade Quantitativa, Quantitative Easing, QE), o qual mantém artificialmente altos preços de títulos soberanos. As avaliações de activos de bancos são apoiadas por uma autoridade central e não reflectem o verdadeiro preço de mercado.

O mercado do financiamento por grosso (repo) não encerrou. Os bancos ainda podem permutar os seus títulos soberanos e títulos imobiliários por empréstimos a curto prazo. Ele exige meramente que façam um pequeno corte (haircut) no valor do seu colateral, o qual seria então registado como uma perda deixando-lhe capital enfraquecido (impaired). É assim que os mercados funcionam, mas aos bancos não é exigido que joguem de acordo com as regras.


Da Bloomberg News: "Prestamistas europeus têm US$2,29 milhões de milhões (trillions) na Grécia, Itália, Portugal e Espanha no fim de 2009, incluindo empréstimos a governos, segundo o Bank for International Settlements... Reduções do valor contabilístico de bancos alemães sobre empréstimos e títulos provavelmente alcançarão US4314 mil milhões no fim de 2010, com bancos prestamistas estatais e bancos de poupança a enfrentarem o grosso das perdas, disse o Fundo Monetário Internacional num relatório de Abril".

Vêem? O BCE não está a comprar títulos gregos por causa de uma "crise da dívidas soberana". Está a comprá-los a fim de que os bancos não percam dinheiro. A própria "crise de dívida soberana" é exagero de relações públicas. Se se tornar demasiado dispendioso financiar operações do governo, a Grécia pode deixar a UE e retornar à dracma a qual dar-lhe-ia maior flexibilidade para regularizar as suas dívidas. Isso aumentaria a procura por exportações gregas e melhoraria o turismo. Esta é a melhor solução para a Grécia. Então, onde está a crise?

ABANDONO DA UE = PREJUÍZO PARA BANCOS ALEMÃES E FRANCESES

Se a Grécia, Portugal e Espanha deixarem a UE e reestruturarem a sua dívida, bancos na Alemanha e França ficarão e incumprimento e possuidores de títulos perderão as suas camisas. Por outras palavras, os investidores, que assumiram um risco, perderão dinheiro – o que é o modo como o sistema supostamente funciona.

Bloomberg outra vez: "Os bancos da região reduziram o valor de uma percentagem proporcionalmente mais baixa dos seus activos do que os seus homólogos dos EUA. Os bancos dos EUA terão reduzido 7 por cento dos seus activos no fim de 2010 e bancos da euro-área 3 por cento segundo o FMI. Bancos europeus ainda não mostraram aos analistas terem completado as suas reduções". (Bloomberg)

Assim, os bancos estão submersos, mas nada tem sido feito para consertar o problema. Onde estão os reguladores?

Na quinta-feira, o euribor atingiu uma altura de 10 meses. A pressão está a aumentar apesar dos programas de emergência de Trichet. Os empréstimos bancários do BCE são de aproximadamente €800 mil milhões ao passo que os depósitos overnight são grosso modo de €240 mil milhões. Trichet está desejoso de arrastar a UE para 10 ou 15 anos de crescimento medíocre e alto desemprego (como o Japão) a fim de impedir que um punhado de banqueiros e portadores de títulos aceitem as suas perdas. Se as coisas ficarem bastante más, Trichet pode recorrer à "opção nuclear", isto é, permitir que um grande banco impluda "estilo Lehman" de modo a que ele possa extorquir centenas de milhares de milhões de euros dos estados membros da UE. Isto já foi feito antes; basta perguntar a Bernanke ou Paulson.

A FRAUDE DO "TESTE DE STRESS"

Os testes de stress dos bancos nos EUA foram organizados pelo Tesouro como medida de "construção de confiança". Eles permitiram que os bancos utilizassem os seus próprios modelos internos para determinar o valor de títulos complexos. A mesma regra será aplicada aos bancos da UE. O Daily Telegraph informa que alguns dos bancos realmente testar-se-ão a si próprios. Pelos menos isso afasta qualquer dúvida acerca dos resultados.

Da Bloomberg News – "Testes europeus de stress a 91 dos maiores bancos da região provocam a crítica de analistas que dizem estarem os reguladores a subestimar prováveis perdas em títulos governamentais gregos e espanhóis. Os testes são concebidos para avaliar como bancos serão capazes de absorver perdas em empréstimos e títulos do governo, disse ontem o Comité de Supervisores da Banca Europeia. Reguladores disseram aos prestamistas que os testes podem assumir uma perda em torno de 17 por cento da dívida do governo grego, 3 por cento em títulos espanhóis e nenhum na dívida alemã, disseram duas pessoas que resumiram as conversações, as quais não quiseram identificar-se porque os pormenores são de ordem privada.

Os mercados de crédito estão a considerar perdas da ordem dos 60 por cento nos títulos gregos se o governo entrar em incumprimento, mais de três vezes o nível que se diz ter sido assumido pelo CEBS. Derivativos conhecidos como recovery swaps são comerciados a taxas que implicam que os investidores obteriam cerca de 40 por cento num incumprimento ou reestruturação da Grécia". (Bloomberg)

Os testes são uma piada. Os bancos continuarão a utilizar mudanças de regras contabilísticas e outros truques para que as suas perdas não se vejam. Trichet utilizará os testes para intensificar o seu programa de compra de títulos (QE) o qual transferirá as perdas dos bancos para dentro dos estados membros. Muitos dos bancos estão insolventes e precisam reestruturação. Mas eles não estão em perigo real, porque ainda têm domínio sobre o processo.

Mike Whitney
in «http://www.informationclearinghouse.info/article25910.htm», 09.07.2010

[o único banco português, de confiança, Largo Fialho de Almeida, Cuba, Portugal]

26/07/2010

CPLP: lusofonia é isto

Na Alemanha, três coros, em Munique, Estugarda e Colónia, integrando alemães e emigrantes brasileiros, portugueses, franceses, suíços, italianos e holandeses, cantam em língua portuguesa, temas do Brasil e de Portugal. Aproveitam os seus tempos livres para se divertirem e cantarem poetas e povos da lusofonia.

É neste contexto que se percebe a importância de uma grafia comum para a língua de Camões.



25/07/2010

As Portuguesas

As portuguesas estão bonitas, muito bonitas, cuidam-se, produzem-se.

Longos cabelos negros ou castanhos, lisos ou ondelados e ocasionalmente puxados para o louro, lábios carnudos, vermelhos e apetitosos, pele creme, rosada ou acobreada, decotes generosos, curtas saias e ventres doces, eis as jovens portuguesas do séc. XXI, nas ruas e jardins de Évora, Coimbra, Lisboa e Braga, sob o Sol imprevisível de Julho.

É assim que todas se vêem ao espelho?

24/07/2010

CPLP é isto



Tordesillas: Devolucion de la Copa

Para Ustedes  Ilustres,


GRACIAS ESPAÑA POR HABER GANADO LA COPA MUNDIAL. DE ACUERDO CON EL TRATADO DE TORDESILLAS FIRMADO EN 1494, TODAS LAS CONQUISTAS EAST 46º DEGREES MERIDIAN, SON PROPRIEDAD DE PORTUGAL. POR FAVOR REENVIARLA A LA FEDERACIÓN PORTUGUESA DE FUTEBOL. MUCHAS GRACIAS

Un abrazo del vecino

Dom Gilberto Madail
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Thanks Spain for getting the World Cup for Portugal. It turns out that according to the Tordesilhas Treaty signed in 1494, everything conquered by Spain east of 46 degree meridian, is indeed property of Portugal.

So, can you please Fedex the Cup now to Portugal?

Cheers

Sir Gilbert Madail

23/07/2010

O Mundo-Cão

O Mundo Animal

Não sei qual a imagem mais inspiradora da semana. Um polvo que adivinharia os resultados dos jogos da Copa do Mundo ou a ideia de se fazer endoscopia em cães para descobrir os restos mortais da ex-namorada do goleiro do Flamengo. Acho que esses factos demonstram, com a precisão cirúrgica de uma marreta, que a credulidade e a estupidez humanas são realmente infinitas, como suspeitava Einstein.....

Certos actos, como o de coroar um absurdo com outro, mostram a verdadeira dimensão da comédia humana. São coisas cotidianas que nos lembram certas imagens como a do palhaço chorando ou o bêbado rindo num velório. Eu assisto a tudo como um palhaço, meio bêbado entre realidade e surrealidade, sem saber se fico chorando ou rindo. Será que falta assunto?

O curioso é que no ano passado foram publicados 550,000 livros, cerca de 20,000 livros por dia. Ou seja, se eu li 2.000 livros na minha vida, a cada dia eu fico 90% mais ignorante. Temos assuntos de sobra. Por outro lado, eu sei que existe um polvo em algum lugar da Alemanha que poderia adivinhar os resultados dos jogos de futebol de uma Copa do Mundo. Você conseguiria explicar isso para um Marciano? Não tem jeito. Também não consigo explicar o gesto de um casal de Uruguaios que querem botar na filha o nome de Maria Vuvuzela para comemorar a Copa.

Esses absurdos talvez expliquem a profunda falta de sentido que a grande maioria das vidas faz. Aquele safado do Napoleão olhou uma longa lista de mortos numa batalha e comentou: "Paris faz mais gente numa só noite". O John Lennon, que só não virou santo porque ousou dizer que os Beatles eram mais populares que Jesus Cristo, disse uma coisa parecida: "A maioria de nós são especiais de sábado à noite....", sugerindo que somos - literalmente - resultado de uma alternativa à televisão em alguma noite da semana.

Quanto vale a vida? Os defensores da pena de morte dizem que um condenado à prisão perpétua nos EUA custará cerca de um mihão de dólares ao longo de 50 anos. A renda per capita americana é de pouco mais de US$ 20,000 por ano. Ou seja, um americano teria que trabalhar cerca de 50 anos, sem gastar nada, para produzir o mesmo um milhão de dólares. Por outr lado, argumentam, a injeção letal custa só US$ 86, um pelotão de fuzilamento custa US$ 15, eletrocutar um preso custa US$ 300 (a conta de luz aumenta?) e enforcamento custa dez vezes menos, só US$ 30, mas não dizem se daria para re-utilizar a corda. A câmara de gás é hoje o tipo de execução mais cara, custa mais de mil dólares, mas não quero ficar fazendo piadinhas com essas coisas.

Por um lado, eu sei que um economista pode explicar qualquer coisa. Há uns duzentos anos atrás, qualquer economista decente diria que um mundo sem escravidão não seria economicamente viável. Por outro lado, não são as explicações que deveriam dar sentido às coisas. Por exemplo, um economista diria que a cigarra não é economicamente viável, porque passa dez anos debaixo da terra como ninfa para depois surgir e cantar por duas semanas. Acho que vocês concordariam comigo que o canto da cigarra não tem preço. Adaptando Fernando Pessoa, não basta não ser surdo para poder ouvir.

Eu continuo aqui, palhaço com ressaca de realidade, fazendo um apelo a todos os sentidos de todos para que não percam nem o senso crítico, nem o bom senso. Já perdemos a Copa, tudo bem, daqui a quatro anos tem outra.

Com ou sem televisão, a vida também continua nos intervalos.

Jonas Rabinovitch
in «Veja»
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Jonas Rabinovitch não é nada. Nasceu em Niterói, formou-se como arquiteto, mora em Nova York e trabalha numa conhecida instituição inter-Governamental.

22/07/2010

Bruxo falha a previsão mais importante


O bruxo que anunciou um terramoto para a costa de Portugal continental, a ocorrer a 8 de Agosto de 2010, falhou redondamente a mais importante previsão: ser preso por por suspeita de homicídio de três jovens...

Idiota sabe tudo

"Eu é que sei, quero, posso e mando e, além disso, estou a trabalhar e não quero ser interrompido. A rua foi feita para mim, eu já cá moro há muitos anos...

Por isso, afastem-se!
Ah, ... e não estamos no Burkina Fasso".

(imagem de Lisboa)

21/07/2010

Idiota de serviço

Há idiotas que resolvem correr riscos. Todos se têm de submeter às suas prioridades e luxos de rei na barriga.

(imagem de Lisboa)

20/07/2010

A origem da vida


Uma série do History Channel, em 9 segmentos, é uma interessante apresentação da origem da vida na Terra: em apenas 200 anos, a Ciência passou da não compreensão da sua origem para uma crescente aproximação aos fundamentos que permitiria a sua existência:



















19/07/2010

Liceu Salazar

Em dois momentos diferentes, 1969 e 1974, o Liceu Salazar de Lourenço Marques, Moçambique.
Todos os miúdos das imagens são hoje pais e mães e provavelmente avôs e avós. Uns e umas, com quase a mesma figura, são reconhecíveis. Outros e outras, completamente diferentes fisicamente, não batem a bota com a perigota. Infelizmente, alguns já ficaram pelo caminho.

O incrível é que a História os espalhou por Moçambique, Portugal, África do Sul, Brasil, Reino Unido, Macau, Austrália, Estados Unidos, Espanha, Bélgica, Itália, Alemanha, Índia.

Uma homenagem a tanta juventude bonita e generosa e a tantos professores que os fizeram gente de valor.

O dia em que vida quase desapareceu


Este documentário mostra a extinção do Permiano-Triássico ou extinção Permo-Triássica foi uma extinção em massa que ocorreu no final do Paleozóico há cerca de 251 milhões de anos. Foi o evento de extinção mais severo já ocorrido no planeta, resultando na morte de aproximadamente 95% da vida na Terra.

18/07/2010

A vida

Michael Benton, professor de paleontologia de vertebrados da Terra da Universidade de Bristol é autor do livro «Breve História da Vida», lançado em português, em Junho de 2010, pela Texto Editora.

Começando o relato há 4500 milhões de anos atrás, como grande entusiasmo, percorrem-se as páginas ao ritmo dos séculos, desde o aparecimento de formas rudimentares, às vigorosas transformações, à explosão câmbrica da vida e pelas sucessivas extinções em massa que quase a liquidaram...

Uma leitura altamente aconselhável mesmo para não-cientistas.

"Poucas histórias haverá mais notáveis do que aquela que nos conta a evolução da vida na Terra. Esta breve introdução apresenta-nos um guia suncinto para os episódios chave dessa história - das controvérsias em torno do próprio nascimento da vida até à extraordinária diversidade das espécies que hoje povoam o Mundo, fazendo paragens no caminho pelas origens do sexo e da multicelularidade, a mudança para terra, as extinsões em massa e, mais recentemente, a ascenção dos conscientes humanos.
Ao introduzir ideias de uma vasta gama de disciplinas cientéficas, da biologia evolucionária e da história da Terra à geoquímica, paleontologia e sistemática, Michael Benton explica-nos como podemos montar as peças deste enorme puzzle evolucionário, a fim de criarmos uma imagem atualizada da história da vida na Terra" (da contracapa)

17/07/2010

A criança do Lapedo

A "criança do Lapedo" é o tema do livro do jornalista luso-moçambicano João Aguiar e publicado em 2006.

Trata-se do relato em torno do achado arqueológico de um discutido híbrido de Homem moderno (Homo Sapiens) e de Homem Neanderthal (Homo Neanderthalensis). Tendo por base uma tese polémica que o autor acaba por subscrever politizadamente, o livro é um interessante repositório sobre o debate científico em torno dos contatos entre as duas espécies humanas que foram contemporâneas na Europa.

16/07/2010

Aconselhamento psicológico...

PERGUNTA
Caro Professor Kambola, Psicólogo e Psicoterapeuta

Espero que me possa ajudar.

Saí no meu carro para trabalhar, deixando o meu marido em casa a ver televisão, como sempre. Andei pouco mais de 1km quando o carro parou. Voltei para casa, para pedir ajuda ao meu marido. Quando cheguei, nem pude acreditar, ele estava no quarto, com a filha da vizinha!

Eu tenho 32 anos, meu marido 34, e a miúda 22. Estamos casados há 10 anos, ele confessou-me que tinham um caso há 6 meses.

Eu amo-o muito e estou desesperada. Pode-me ajudar, professor?

Antecipadamente grata.
Margarida


RESPOSTA
Cara Margarida,
Quando um carro pára, depois de ter percorrido uma pequena distância, isso pode ter ocorrido devido a uma série de factores.

Comece por verificar se tem gasolina no depósito. Depois veja se o filtro de gasolina não está entupido. Verifique também se tem algum problema com a injecção electrónica.

Se nada disso resolver o problema, pode ser que a própria bomba de gasolina esteja com defeito, não proporcionando quantidade ou pressão suficiente nos injectores.

A pessoa ideal para ajudá-la seria um mecânico. Você nunca deveria ter voltado a casa para chamar o seu marido. Ele não é mecânico...

Espero ter ajudado,
Professor Kambola

15/07/2010

As botas socretinas

Num infantário, a educadora está a ajudar um menino a calçar as botas.
Ela faz força, faz força, e parece impossível; as botas entram muito apertadas.
Ao fim de algum tempo, e a muito custo, uma bota já entrou e a outra já está quase.
Nisto, diz o miúdo:- As botas estão trocadas!

A educadora pára, respira fundo, vê que o rapaz tem razão e começa a tirar-lhe as botas novamente.

Mais uma dose de esforço e depois ela torna a tentar colocar-lhe as botas, desta vez nos pés certos.

Ao fim de muito tempo e muito esforço, ela lá é bem-sucedida e diz:

- Bolas. Estava a ver que não. Custou!

- Sabe é que estas botas não são minhas!

A educadora fecha os olhos, respira fundo e lá começa a descalçar o rapaz novamente.

Quando finalmente consegue, diz ao miúdo:

- OK! De quem é que são estas botas, então?

- São do meu irmão! A minha mãe obrigou-me a trazê-las!

A educadora fica em estado de choque, pulsação acelerada, vai respirando fundo, decide não dizer nada e começa novamente a calçar o rapaz.

Mais uma série de tempo e finalmente consegue.

No fim, diz-lhe:

- Pronto, as botas já estão! Onde é que tens as luvas?
- Pus nas botas!

Ubuntu

O continente mais amaldiçoado pela triste história da humanidade, da escravatura ao apartheid, recebeu finalmente um Mundial de futebol. E como foi? O que fica? Não há dúvidas na resposta.

A África, em geral, e a África do Sul, em particular, têm muitas razões para estarem felizes e orgulhosas. Foi um sucesso. Não houve atentados, não houve caos nos aeroportos (excepto na meiafinal Espanha-Alemanha), nem a tão falada criminalidade ofuscou a prova, comprovando-se que nos grandes eventos desportivos o nível de crime baixa. Ou seja, é mesmo possível realizar um (bom) Mundial em África.

É claro que a África do Sul não é um país perfeito. Mais de metade dos sul-africanos seguiram o Mundial à distância, porque não tinham dinheiro para ir aos estádios. Mas nem por isso viraram as costas ao país ou ao desporto de que tanto gostam. Fizeram a festa nas ruas, nos cafés, até nas townships.

A África do Sul é também um país ferido pelo passado e por diferenças que continuam a separar brancos e negros. O país de Mandela ainda não é um país pós-racial. Claro que há brancos e negros amigos, que dividem escritórios e se sentam juntos à mesa no café, mas tudo ainda parece muito dividido entre o branco que é patrão e o negro que é empregado. E as townships, essas tristes heranças do apartheid, continuam a existir.

Mesmo assim, quem passou pela África do Sul neste mês só pode ter ficado bem impressionado. Com a beleza do país e a simpatia da população. Frank, Dorothy, Ryan, Chris, Ivan, Audrey, Andrew. São nomes de brancos e negros, proprietários e empregados, uns fãs de râguebi, outros de futebol. Nomes de gente simpática, capaz de traduzir na prática o conceito de ubuntu. Esta palavra africana, de origem difícil de explicar, significa "humanidade".

É apenas mais uma forma de qualificar a hospitalidade ou, como disse Mandela, "esse profundo sentimento africano de que só somos humanos através da humanidade dos outros seres humanos". A hospitalidade dos sul-africanos, especialmente os negros, é a melhor prova desse ubuntu - humanidade. Que no caso até pode ser considerada a superioridade negra. Porque ser recebido de braços abertos por quem sofreu tanto é notável.

Hugo Daniel Sousa
in «Público», 13.07.2010


imagem da Cidade do Cabo ou Capetown, à noite, sinal de um país moderno
fruto do trabalho de gente de todas a cores e feitios, sob uma cultura de responsabilidade

14/07/2010

As Francesas

Percorrer as ruas de Paris, Bordeaux, Poitiers, Nancy, Strasbourg, Lyon, Toulouse, Pau é deparar com jovens ruivas, louras, morenas.

Os olhos, invariavelmente doces, são verdes, azuis, castanhos ou pretos.

13/07/2010

Mensagem

Na estrada, alguns metros antes de uma curva, dois frades seguravam um cartaz que dizia:
"O Fim está próximo! Arrepende-te e volta para trás!..."

Passou um automobilista e mostraram-lhe o cartaz.
O do automóvel deu uma gargalhada, mandou-os à fava e seguiu em frente.
No momento seguinte, ouviu-se um grande estrondo para lá da curva.

Vem um caminhão, os frades mostram a faixa...
O motorista faz-lhes um gesto obsceno, e continua...

Em seguida, outro estrondo.

Instantes depois outro automóvel.
Ao ver a faixa, o motorista buzina, ri e, continua...
Logo a seguir, outro estrondo.

E um dos frades disse para o outro:
- E se puséssemos antes um cartaz a dizer:
"Atenção! A Ponte caiu!!!

12/07/2010

Colonial golden share

Tudo isto faz lembrar a colonial folly de outro governo que, há cerca de meio século, decidiu que era do "interesse estratégico" do país manter, não companhias de telemóveis no Brasil, mas a administração portuguesa nas terras de África.

Porque é que o Governo quer a PT no Brasil? Ou bem que a PT está lá porque tem meios para isso e é do interesse dos seus acionistas, ou então não deve nem pode estar. Contra a evidência, o Governo chamou a depor o fantasma dos "interesses estratégicos de Portugal e da PT". Que "interesses" são esses, que não se identificam nem com os dos acionistas da PT nem com os dos consumidores portugueses, a quem a expansão ultramarina da PT nunca poupou a preços dos mais caros da Europa? O Governo zela por um Portugal que não tem a ver com os portugueses, e por uma PT que não tem a ver com os seus acionistas.

O «Financial Times» decifrou o episódio como um caso de colonial folly: com a golden share, o Governo perverteu um investimento empresarial, transformando-o numa deslocada e insustentável projeção de soberania. O objetivo é defender a qualquer custo a sombra da bandeira numa antiga colónia? Se não é, parece. E, ao parecer, faz-nos lembrar a colonial folly de outro governo que, há cerca de meio século, decidiu que era do "interesse estratégico" do país manter, não companhias de telemóveis no Brasil, mas a administração portuguesa nas terras de África. Não se tratava então de enfrentar apenas Bruxelas, mas o mundo quase todo. Para quem duvidava, havia sabatinas de "geoestratégia", em que militares modernaços ensinavam que isso da "descolonização" era uma treta, que o que estava em causa era a disputa dos mercados emergentes, e que Portugal, se não queria ficar de fora, tinha de recorrer ao poder político (a golden share era então uma G3).

A opção colonial do Estado Novo levou ao 25 de Abril. Mas, antes disso, autorizou os salazaristas a justificar a persistência da ditadura num país que se estava a integrar na Europa ocidental através do comércio, do turismo e da emigração. A adesão de Alegre e de Louçã à aventura neocolonial do socialismo português sugere que algo de semelhante se passa hoje: os telemóveis brasileiros estão a ser usados para validar um estatismo em colapso.

Trata-se de uma questão ideológica: perante a bancarrota do Estado social, é preciso ressalvar o princípio de que só o Estado vê em grande, que só o Estado vive no longo prazo, que só o Estado sabe o que nos convém, que só o Estado pode defender um "interesse estratégico" cuja sublime conceção nos há-de escapar sempre a nós, simples mortais, acionistas e consumidores que apenas queremos ganhar ou poupar dinheiro, inconscientes dos grandes jogos de poder mundial em que os nossos estadistas estão envolvidos. O Estado cobra-nos cada vez mais para nos dar cada vez menos, mas é lá que brilha sempre a chama que alumia o universo. "Se alguém não sabia disso, agora ficou a saber", proclamou o nosso líder supremo, com as botas de D. João II.

Na década de 1960, o colonialismo deu uma dúzia de anos de oxigénio a uma ditadura que perdia a razão de ser. É duvidoso que este precário devaneio neocolonial segure o poder vigente. Seja como for, os socialistas deviam lembrar-se de que o salazarismo durou, mas apenas para cair de mais alto - e de vez.

Rui Ramos
in «Expresso», 03.07.2010

11/07/2010

Sardinhas BP

Na sequência do acidente no Golfo do México, esperam-se sardinhas americanas em petróleo BP num supermercado próximo.

10/07/2010

Lisboa apreciada de longe

Uma reportagem sobre Lisboa:

Rui Ferreira
in «Hereijas y Caipiras»

09/07/2010

A simples análise do “círculo económico”

Estamos em Julho, numa pequena aldeia da Riviera, é estação alta do turismo, mas chove e os clientes escasseiam, a aldeia está quase deserta, sem turistas.

Mas um golpe de sorte, traz um milionário russo ao único Hotel da localidade. Ele pretende um quarto e coloca sobre o balcão uma nota de € 100,00, mas pretende ser ele a escolher o quarto. O hoteleiro entrega-lhe as chaves dos 10 quartos e deixa o cliente fazer a “pesquisa”.

Entretanto o hoteleiro pega na nota e vai rapidamente ao Talho em frente e paga as suas dívidas e volta para o Hotel. O talhante corre para a quinta do produtor de porcos e regula os últimos fornecimentos. Este por sua vez vai a casa da Prostituta, de quem regularmente “utiliza os serviços” e paga o que devia.

A Prostituta por sua vez corre para o Hotel e paga ao hoteleiro as dívidas, pela utilização do Hotel, no atendimento de clientes.

Passados alguns instantes termina o Russo, a visita ao Hotel e diz que nenhum dos quartos lhe agrada, por conseguinte é-lhe devolvida a nota de € 100,00 e abandona a localidade.

Conclusão: ninguém ganhou dinheiro, mas quase toda a localidade deixou de ter dívidas e agora encaram o futuro com muito optimismo…….. !!!!

Os burros, o mercado de ações e a crise

Certo dia, numa pequena e distante vila, apareceu um homem a anunciar que compraria burros a 5 euros cada. Como havia muitos burros na região, todos os habitantes da pequena vila começaram a caça ao burro. O homem acabou por comprar centenas e centenas de burros a 5 euros. Quando os habitantes diminuíram o esforço na caça, o homem passou a oferecer 10 euros por  cada burro.

Toda a gente foi novamente à caça, mas os burros começaram a escassear e a caça foi diminuindo. É então que o homem aumenta a oferta para 25 euros por burro, mas a quantidade de burros ficou tão reduzida que já não compensava o esforço de ir à caça.  O homem anunciou então que compraria os burros a 50 euros. Mas que teria que se ausentar por uns dias e deixaria o seu assistente responsável pela compra dos burros.

É então que, na ausência do homem, o assistente faz esta proposta aos habitantes da pequena vila:

- Sabeis os burros que o meu patrão vos comprou? E se eu vos vendesse esses burros a 35 euros cada? E assim que o meu patrão voltar vós podeis vende-los a ele pelos 50 euros que ele oferece, e ganhais uma pipa de massa!!! Que acham?

Toda a gente concordou. Reuniram todas as economias e compraram as centenas de burros ao assistente por 35 euros cada um.

Os dias passaram e eles nunca mais viram o homem nem o seu assistente - somente burros por todo o lado!

Entende-se agora como funciona o mercado de acções e porque apareceu a crise?

Formas de Capitalismo

CAPITALISMO IDEAL
Você tem duas vacas.
Vende uma e compra um boi.
Eles multiplicam-se, e a economia cresce.
Você vende a manada e aposenta-se. Fica rico!

CAPITALISMO AMERICANO
Você tem duas vacas.
Vende uma e força a outra a produzir o leite de quatro vacas.
Fica surpreendido quando ela morre.


CAPITALISMO JAPONÊS
Você tem duas vacas.
Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produzam 20 vezes mais leite.
Depois cria desenhinhos de vacas chamados Vaquimon e vende-os para o mundo inteiro.


CAPITALISMO BRITÂNICO
Você tem duas vacas.
As duas são loucas.


CAPITALISMO HOLANDÊS
Você tem duas vacas.
Elas vivem juntas, em união de facto, não gostam de bois e tudo bem.


CAPITALISMO ALEMÃO
Você tem duas vacas.
Elas produzem leite regularmente, segundo padrões de quantidade e horário previamente estabelecido, de forma precisa e lucrativa.
Mas o que você queria mesmo era criar porcos.


CAPITALISMO RUSSO
Você tem duas vacas.
Conta-as e vê que tem cinco.
Conta de novo e vê que tem 42.
Conta de novo e vê que tem 12 vacas.
Você pára de contar e abre outra garrafa de vodka.


CAPITALISMO SUÍÇO
Você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua.
Você cobra para guardar as vacas dos outros.


CAPITALISMO ESPANHOL
Você tem muito orgulho de ter duas vacas.


CAPITALISMO BRASILEIRO
Você tem duas vacas.
E reclama porque o rebanho não cresce...


CAPITALISMO HINDU
Você tem duas vacas.
Ai de quem tocar nelas.


CAPITALISMO PORTUGUÊS
Você tem duas vacas.
Uma delas é roubada.
A outra foi comprada através do Fundo Social Europeu.
O governo cria o IVVA - Imposto de Valor Vacuum Acrescentado.
Um fiscal vem e multa-o, porque embora você tenha pago corretamente o IVVA, o valor era pelo número de vacas presumidas e não pelo de vacas reais.
O Ministério das Finanças, por meio de dados também presumidos do seu consumo de leite, queijo, sapatos de couro, botões, presume que você tenha 200 vacas.
Para se livrar do sarilho, você dá a vaca que resta ao inspetor das finanças para que ele feche os olhos e dê um  jeitinho...

08/07/2010

Anúncios

Resultado do Anúncio:

Mais de 15 mil homens telefonaram para a Sociedade Protetora dos Animais - Departamento de Caninos.

07/07/2010

Agora quem vence?

A Alemanha tem uma equipa fabulosa. Ganhará?

O neo-salazarismo

I. O PS comporta-se como o senhor do "europeísmo" português. Foi o PS que colocou Portugal na CEE, e blá, blá. Foi o PS que "fez" o Tratado de Lisboa, e blá, blá. Durante mais de um ano, o PS não se calou com o Tratado de Lisboa. Mas, agora, no meio da crise, o PS está a comportar-se de forma pouco europeísta, recorrendo ao velho "soberanismo" salazarista. O europeísmo do PS é só de boca. Quando as regras europeias põem em causa o "amiguismo" do regime (i.e., o capitalismo chico esperto) , o PS passa a ser anti-europeu.

II. Mário Soares está sempre a criticar o BCE. O "soarismo" quer continuar a gastar sem disciplina, e, por isso, o BCE e a Alemanha são os inimigos. Agora é José Sócrates que ataca a Comissão Europeia. É óbvio que a golden share é ilegal, segundo os padrões e regras da UE.

III. Há dias, escrevi sobre um certo "neo-salazarismo" que está a afectar a nossa esquerda , e José Sócrates fez o favor de confirmar a minha tese através da sua atitude populista perante a Comissão Europeia. As instituições internacionais (sobretudo as instituições da UE) estão a colocar Portugal perante a realidade: o país está a gastar mais do que pode; o nosso Estado Social está acima das suas possibilidades. Como sempre, a nossa esquerda recusa enfrentar o mal, e virou os seus canhões para os mensageiros do mal (a Comissão Europeia, o BCE, a Alemanha, etc.). Uma miséria intelectual. Uma vergonha política.

Henrique Raposo
in «Expresso», 06.07.2010

A origem do Homem Moderno

A edição portuguesa da revista "National Geographic" de Julho de 2010 tem um excelente artigo sobre o mapa ADN do Homem Moderno.

Todavia, o DVD "A Árvore Genealógica da Humanidade", que pode ser adquirido com a mesma edição, é um pérola de História a não perder.

É apresentado da seguinte forma: "A área do curso médio do rio Awash, na Etiópia, é a região da Terra com uma ocupação humana mais persistente. Há quase seis milhões de anos que membros da nossa linhagem ali vivem. Entretanto, a erosão solta ossadas do solo. Caso a caso, elas documentam a maneira como um primata foi evoluindo até conquistar o planeta. Haverá melhor sítio para perceber como nos tornámos humanos?


A vida é frágil em África, mas alguns restos mortais têm uma história para contar. A bacia de Afar localiza-se mesmo em cima de uma falha, em alargamento, da crosta terrestre. Ao longo das eras, os vulcões, os terramotos e a lenta acumulação de sedimentos convergiram entre si para enterrar as ossadas e, muito mais tarde, as devolverem à superfície sob a forma de fósseis. De acordo com o paleoantropólogo Tim White, da Universidade da Califórnia, “há milhões de anos que morrem pessoas neste lugar. De vez em quando, temos a sorte de descobrir aquilo que delas resta”. No passado mês de Outubro, o projecto de investigação Middle Awash, co-dirigido por Tim White juntamente com os colegas Berhane Asfaw e Giday WoldeGabriel, anunciou um achado produzido 15 anos antes: a descoberta do esqueleto de um membro da família humana morto há 4,4 milhões de anos num local denominado Aramis, cerca de trinta quilómetros a norte do lago Yardi. Pertencente à espécie Ardipithecus ramidus, esta adulta (batizada “Ardi”) tem mais de um milhão de anos do que a famosa Lucy e fornece informação sobre um dos problemas-chave da evolução: a natureza do antepassado que partilhamos com os chimpanzés."


06/07/2010

Uma mulher em dois traços, um traço de mulher

O arrastão que não existe

O pânico gerou-se ontem ao início da tarde na praia de Carcavelos, quando centenas de indivíduos, em bandos, começaram de repente a assaltar e a agredir os banhistas. Uma situação já algumas vezes vista na Brasil, mas nunca em Portugal. "As forças de segurança ficaram supreendidas", disse ao DN fonte policial, que apelou para que os "políticos saibam ler estes sinais".

Os distúrbios terão tido início quando uma bando roubou um fio de ouro a um imigrante de Leste, espancando-o, contou ao DN Bruno Marques, um dos banhistas presentes no local. Esta situação foi testemunhada pela responsável de um café da zona, que logo fechou o estabelecimento e chamou a polícia. O tempo de chegada das forças de segurança, ainda que curto, foi suficiente para que, como que por simpatia, outros bandos que ali tomavam banhos de sol aproveitassem a oportunidade para tentar a sua sorte.

Gerou-se, então, o caos. Várias crianças perderam-se dos pais, com os bandos a assaltarem quem estivesse mais a jeito, agredindo os que ofereciam resistência.

Nada fazia prever que aquela onda de violência surgisse tão de repente. De acordo com fonte policial, os bandos eram banhistas que, aliás, são frequentadores habituais daquela praia. "Reagiram por simpatia ao verificarem a oportunidade", contou. Não houve, portanto, nenhum assalto organizado à praia, nem qualquer estratégia concertada entre gangs. "A pólvora estava lá e bastou que alguém acendesse o rastilho", explicou o interlocutor do DN.

As forças de segurança chegaram em poucos minutos para restabelecer a ordem na praia. Os bandos dirigiram-se então para a estação de comboios de Carcavelos, deixando, pelo caminho, sinais da sua passagem. Registaram-se outros assaltos num centro comercial, assim como a várias pessoas com quem se cruzaram.

Os distúrbios continuaram dentro do comboio, ainda que estivessem vigiados pelos homens do Serviço de Intervenção Rápida da PSP. Saíram na Estação de Algés, prosseguindo a onda de violência, que outros bandos também provocaram em Oeiras. "Nunca tal tínhamos visto", disse a polícia ao DN, lembrando um episódio ocorrido na praia do Tamariz (Estoril), fez ontem um ano, curiosamente, mas sem as repercussões registadas em Carcavelos, onde foi impossível contabilizar o número de assaltantes. Teriam sido 500? Mil? Dois mil? A fonte do DN, com vasta experiência profissional, não se coibiu de apontar para os dois mil. O Comando Metropolitano de Lisboa acabou por emitir um pequeno comunicado apresentando apenas os resultados da ocorrência três civis e dois polícias feridos; foram detidas quatro pessoas, que chegaram a oferecer resistência.

De acordo com o comissário Gonçalves Pereira, da Divisão de Cascais, deslocaram-se à praia de Carcavelos cerca de 60 agentes, incluindo o Corpo de Intervenção. A ação da polícia visou "limpar" a praia, de forma a restabelecer a ordem e a segurança.

Em conversa com o DN, vários banhistas mostraram receio de voltar a frequentar aquela praia. Joaquim Rosado não estava no local quando ocorreu a confusão, mas a caminho de Carcavelos viu várias perseguições de carros e motas da polícia. Outro banhista, Paulo Pereira, viu vários indivíduos a atirar objectos contra as forças de segurança. Na altura sentiu receio, apesar de não perceber bem o que estava a acontecer.

Segundo Carla Gabriel, os assaltos "por arrastão" são frequentes naquela praia devido à falta de policiamento. "A insegurança é cada vez maior. Inclusivamente, um dos nadadores-salvadores já se demitiu por ser alvo de constantes agressões", contou.

"NÃO SÃO DE CASCAIS". O presidente da Câmara Municipal de Cascais, António Capucho, apressou-se a afirmar que as "centenas de marginais" que invadiram a praia de Carcavelos e assaltaram banhistas são de outros concelhos. "Esta situação só é possível face ao reduzido número de efetivos da PSP de Cascais, incapazes de atuar preventivamente perante situações similares", realçou o autarca, acrescentando que "isto ocorre precisamente quando, no município, o contingente da PSP, em lugar de ser reforçado, foi reduzido na sequência dos lamentáveis assassínios de agentes da corporação na Amadora".

Marta Amado
in «DN», 11.06.2005

Em 04.07.2010, mais um acontecimento que não aconteceu é reportado no mesmo jornal com o título de «Insegurança no Tamariz leva banhistas a mudar de praia». Mais uma invenção das forças reacionárias... diria o taliban Daniel Sousa.

O Ministro da Administração Interna, o impagável maçon Rui Pereira comentará, certamente, que há vários dias estava a seguir os acontecimentos e, nesse âmbito, procedeu à alteração da Época Balnear, tendo em vista tornar ilegal o uso de armas brancas fora da época Outono-Inverno.