27/08/2011

As delícias

Num banquete estava um padre católico sentado ao lado de um rabi judeu.

O padre, querendo gozar com o rabi, enche o prato com pedaços de um suculento leitão e depois oferece ao 'colega'.

O rabi recusa, dizendo:
- Muito obrigado, mas... não sabe que a minha religião não permite a carne de porco?

- Liiiiivra!!! Que religião esquisita! Comer leitão é uma delííícia! - comenta o padre com ironia.

À hora da despedida, o rabi chega e diz ao padre:
- As minhas recomendações à sua esposa!

E disse o padre, horrorizado:
- Minha esposa? Não sabe que a minha religião não permite casamento de sacerdotes?
- Liiiiivra!!! Que religião esquisita! Comer mulher é uma delííícia!!! mas se você prefere leitão...

23/08/2011

Hackney Riots, woman gives real talk speech.

Londres foi alvo de ataques selvagens por parte de selvagens.

Os mais prejudicados serão os mais pobres.

O interessante é que há quem não se cale e denuncie a vergonha: uma mulher tomou a iniciativa de "discursar" para tais selvagens e chamar os bois pelos nomes:

22/08/2011

Dois maridos

O Diário de Notícias de 9 de agosto titulava em manchete: ‘Violência doméstica leva polícia a investigar ex-deputado e marido’. Convenhamos que era um título muito pouco compreensível. Apetecia dizer: «Importa-se de repetir?». Mas por isso mesmo fui ler a notícia.

Os títulos incompreensíveis têm muitas vezes essa vantagem: levam os leitores a ler as notícias, na expectativa de perceberem do que se trata. Pelas mesmíssimas razões, os títulos demasiado explicativos têm o efeito contrário: afastam a leitura, pois as pessoas acham que já tudo está dito e que o texto pouco ou nada adiantará.

Pois bem, a notícia do DN relativa ao título em causa dizia o seguinte: «A chamada para a esquadra de Benfica foi feita a 12 de Julho por Carlos Maceno, que apresentava escoriações no pescoço, e acusou o marido, Jorge Nuno de Sá, de agressão». Pensei que tinha lido mal e voltei atrás. É certo que a prosa não era propriamente modelar. Não é muito ortodoxo uma notícia começar por «A chamada para a esquadra de Benfica foi feita a 12 de Julho…». Mas o que me desnorteou não foi isto – foi o nome da mulher. Havia supostamente uma mulher que tinha acusado o marido de agressão. Ora a mulher chamava-se Carlos Maceno. Foi isto que me fez voltar atrás.

Verifiquei, porém, que tinha lido bem o nome.

E neste preciso momento começou a fazer-se luz no meu espírito. A palavra «ex-deputado» constante do título da notícia, associada a uma suposta relação gay, recordou-me um facto ocorrido há poucos meses e de que eu ouvira falar: o casamento de um deputado do PSD com um homem. Esta notícia do DN reportava-se pois, certamente, a esse ‘casal’. O ex-deputado agredira a mulher (ou o marido?) e esta fizera queixa à Polícia.

Continuei a ler: «O ex-deputado do PSD, actualmente coordenador para a Educação da Freguesia de Alcântara, recusa falar da sua vida privada mas garante que nunca agrediu ninguém. O casal, que se casou a 31 de Janeiro, está já separado».

Neste ponto da leitura voltei a parar. Separado? Mas os gays, que travaram uma luta tão grande, tão longa e tão dura para poderem casar-se, separam-se afinal com a mesma facilidade dos outros casais? Não seria normal que, pelo menos nos primeiros tempos de vigência da nova lei, procurassem ser exemplares, até para provarem aos opositores que as suas convicções eram fortes e sua luta era justa?

Acresce que um dos membros do ‘casal’, Jorge Nuno de Sá, na altura deputado, pessoa com alguma notoriedade social, ao assumir o risco de tornar pública a sua homossexualidade e o seu amor por um homem, parecia querer dizer a todos que a decisão de se casar fora devidamente amadurecida. Ora, depois disso, qual o sentido de se separar ao fim de meia dúzia de meses?

Mas a leitura de mais pormenores sobre o ‘casal’ ajuda a lançar alguma luz sobre a história. O ainda marido (ou mulher?) de Nuno de Sá é um massagista de nacionalidade venezuelana, de nome Carlos Eduardo Yanez Marcano (e não Maceno como dizia o DN), com menos 10 anos do que ele. Perante este bilhete de identidade, compreendem-se melhor as zangas, as agressões – e finalmente a lavagem de roupa suja na praça pública.

O jovem venezuelano acusa o marido de o ter agredido na cabeça com um computador e um telemóvel – o que faz irresistivelmente lembrar a trágica cena ocorrida num hotel de Nova Iorque, em que Renato Seabra atacou Carlos Castro com um plasma.

O ex-deputado do PSD garante, porém, que não agrediu ninguém.

Seja qual for a verdade, uma coisa é certa: um dos membros do ‘casal’ está a mentir. Ou Carlos Marcano se queixou à Polícia sem razão e não foi agredido pelo marido (embora tivesse escoriações patentes no pescoço) ou Nuno de Sá mentiu e agrediu mesmo Marcano.

Nesta altura do texto o leitor já percebeu uma dificuldade semântica com que me tenho defrontado neste texto: não havendo neste ‘casal’ um marido e uma mulher, poderá falar-se em dois maridos? Ou seja: Carlos Marcano é marido de Jorge Nuno de Sá e este é marido de Carlos Marcano?

Não é fácil descrever estas situações. Por essas e por outras, numa recente entrevista a Manuel Luís Goucha reafirmei a minha oposição aos casamentos homossexuais. «O casamento é entre um homem e uma mulher», respondi. As palavras que usamos têm um significado que o tempo e o uso foram consolidando – e ‘casamento’ na nossa civilização quer dizer a união entre um homem e uma mulher, ou seja, o acto fundador de uma família.

Querer que a palavra tenha outros significados é uma aberração que põe em causa as próprias referências do meio em que vivemos.

Claro que dois homens podem viver juntos – sejam irmãos, amigos, companheiros ou sócios em qualquer coisa. Como duas mulheres podem viver juntas, por variadíssimas razões. E é justo que as pessoas que vivem juntas tenham certos direitos em comum. Mas, para isso, não é necessário pôr em causa as nossas referências nem baralhar os nossos pobres espíritos.

Nem – já agora– complicar a vida aos pobres jornalistas, pondo-os a pensar se estará certo dizer ‘o ex-marido de Jorge Nuno de Sá’.

Confesso que, até ao dia de escrever este texto, não me tinha debruçado sobre o modo como deverão tratar-se os dois membros de um ‘casal’ homossexual. Será correto falar de ‘dois maridos’ ou de ‘duas esposas’?

Num romance célebre, Jorge Amado falava, de facto, da existência de dois maridos. Mas aí havia uma mulher no meio: Dona Flor. E, se bem me lembro, os dois maridos não estavam propriamente no mesmo plano, pois um já tinha morrido e só reaparecia à noite para consolar a mulher.

Agora um casamento onde há dois maridos e nenhuma mulher é coisa muito estranha. Ainda mais estranha se acabar com uma queixa na esquadra. Embora uma queixa na esquadra por agressão conjugal – quer se trate de dois maridos, de duas mulheres ou de um marido e uma mulher – seja sempre uma forma muito triste de acabar um casamento.


José António Saraiva
in «SOL», 22.08.2011


18/08/2011

O sobrinho, a moça e o lamaçal

Um debate de baixo nível envolvendo Alfredo Barroso, famoso sobrinho de Mário Soares, Teresa Caeiro, deputada, sob a maestria de Mário Crespo, na SIC-N.

15/08/2011

Hoje é feriado

11/08/2011

Andar em manada

10/08/2011

O amor no Afeganistão

A repórter Glória Maria, da TV Globo, quando esteve no Afeganistão, há 10 anos, notou que as mulheres caminhavam sempre meio metro atrás dos seus maridos.
Ao voltar lá agora, observou que elas tinham passado a caminhar pelo menos 5 metros à frente deles.

Interessadíssima por essa mudança de comportamento, a jornalista imaginou que tal mudança de costumes deveria significar uma grande vitória feminina.
Aproximou-se de uma das mulheres e disse, deslumbrada:
-"Amiiiga! Que maravilhaaaaaaa! O que aconteceu aqui que fez com que se extinguisse aquele costume absurdo de a mulher caminhar atrás dos maridos e que, agora, caminham gloriosamente à frente deles?"
E a mulher afegã respondeu:
- Minas terrestres!... Somos rebenta-minas.


09/08/2011

Férias e gravidez

Dois gajos do norte discutem sobre férias, e diz o primeiro:
- Este ano num bou seguir os teus cunseilhos!
- Atão e porquê?
- Atão, em nobenta e oito sujeriste-me o Habay. Eu fui e a Maria engrabidoue!

Em nobenta e nóbe sujeriste-me a Republica Dóminicâna. Eu fui e a Maria engrabidoue!
Em dois mil mandaste-me pró Brazil. Eu fui e a Maria engrabidoue!
Arre porra, não confio mais em ti, carago!

- Deixa-te de coisas! Este ano bai mas é às Ilhas Seixales, mas tens que tomar um cuidado!
- Cuidado! Que cuidado?

- Desta bez leba a Maria cuntigo, carago!!


 

08/08/2011

No jardim zoológico

A D. Estrela foi ao jardim Zoológico e, ao chegar perto da jaula do Leão, viu uma placa:
CUIDADO COM O LEÃO!
Mais à frente, outra jaula, outra placa:
CUIDADO COM O TIGRE!
Mais à frente:
CUIDADO COM O URSO!
Depois chega a uma jaula que está vazia e lê:
CUIDADO: TINTA FRESCA!
Desesperado, corre aos gritos:
- O TINTA FRESCA FUGIU! O TINTA FRESCA FUGIU!!!!

07/08/2011

Família reunida

06/08/2011

Percorrer Lisboa

05/08/2011

Anousha Shankar

Anoushka Shankar(indiana) é irmã de Norah Jones (norte-americana). O pai de ambas é o indiano Ravi Shankar, artista que esteve presente no Woodstock (1969).

04/08/2011

Norak Jones

Esta moça é um mimo: alia as qualidades musicais a uma figura lindíssima.

Que mais é preciso para sonhar?

03/08/2011

Cobras

02/08/2011

O massacre de Moatize

Depois de duas explosões nas minas de carvão de Moatize (Moçambique), em 1977, os mineiros viraram-se contra a direção e chefia da empresa, matando 7 portugueses e 2 belgas.

No dia 2 de agosto de 1977, uma violenta explosão na mina de carvão conhecida por Chipanga 3, em Moatize (Moçambique), vitimou 64 trabalhadores que se encontravam nas galerias. No ano anterior, uma explosão idêntica fizera 98 mortos numa mina ao lado, a Chipanga 6.

Tomados de um sentimento incontrolado de dor e fúria, vingança e ódio, mineiros, familiares e populares mataram todos os engenheiros da Carbonífera de Moçambique e mais algumas chefias da empresa.

A tragédia foi sumariamente noticiada pelos órgãos de comunicação de Portugal e Moçambique, mas cedo desapareceu da agenda mediática.

Apostados em ultrapassar uma fase especialmente difícil nas suas relações, os dois países preferiram desvalorizar e abafar o assunto. Volvidos 34 anos, o Expresso investigou este episódio soterrado pelos interesses momentâneos dos dois países e que faz parte da história recente de Moçambique.

in «Expresso», 30.07.2011 [documento aqui, temporariamente]

NR: Joaquim Chissano, um antigo inquilino do Palácio da Ponta Vermelha, declarou que, caso tivessem escapado com vida, os nove massacrados teriam sido julgado e, certamente fuzilados, por terem sido negligentes nas causas dos acidentes. Marcelino dos Santos, um velho nhoca que agora se dedica às "pitas", teve à época, um comportamento selvagem. É, pois, preciso muita falta de vergonha e de escrúpulos da parte de quem integrava o governo frelimista que fuzilava sem julgamento, deu cabo da economia do país, tornou ingeríveis as empresas e lançou Moçambique numa guerra sangrenta com milhares de mortos e estropiados. Na verdade, um exemplo do partido corrupto que a Frelimo sempre foi.

Saude-se a excelente reportagens dos jornalistas do «Expresso», a melhor homenagem a todos trabalhadores mortos na tragédia de Moatize.




01/08/2011

Eles andam por aí...