28/02/2011
27/02/2011
Novas oportunidades de emprego
ENTREVISTA PARA EMPREGO NUMA EMPRESA PÚBLICA
1º) Candidato formado na Lusíada:
Diretor: - Qual e a coisa mais rápida do mundo?
Candidato: - Ora, é um pensamento.
Diretor: - Porquê?
Candidato: - Porque um pensamento ocorre quase instantaneamente.
Diretor: - Muito bem, excelente resposta.
2º) Candidato formado na Católica:
Diretor: - Qual e a coisa mais rápida do mundo?
Candidato: - Um piscar de olhos.
Diretor: - Porquê?
Candidato: - Porque e tão rápido que às vezes nem vemos.
Diretor: - Ótimo.
3º) Candidato formado na Faculdade de Engenharia:
Diretor: - Qual e a coisa mais rápida do mundo?
Candidato: - A eletricidade.
Director: - Porquê?
Candidato: - Veja, ao ligarmos um interruptor, acendemos uma lâmpada a 5km de distância instantaneamente.
Diretor: - Excelente.
4º) Candidato fazendo curso em Novas Oportunidades:
Diretor: - Qual e a coisa mais rápida do mundo?
Candidato: - Uma diarreia...
Diretor: - Como assim? Está brincando? Explique isso...
Candidato: - Isso mesmo. Ontem a noite eu tive uma diarreia tão forte, que antes que eu pudesse pensar, piscar os olhos ou acender a luz, já me tinha cagado todo...
Diretor: - O emprego é seu!
Fundamento técnico e cálculo não é tudo já que entender de cagadas é o que é preciso numa empresa pública.
1º) Candidato formado na Lusíada:
Diretor: - Qual e a coisa mais rápida do mundo?
Candidato: - Ora, é um pensamento.
Diretor: - Porquê?
Candidato: - Porque um pensamento ocorre quase instantaneamente.
Diretor: - Muito bem, excelente resposta.
2º) Candidato formado na Católica:
Diretor: - Qual e a coisa mais rápida do mundo?
Candidato: - Um piscar de olhos.
Diretor: - Porquê?
Candidato: - Porque e tão rápido que às vezes nem vemos.
Diretor: - Ótimo.
3º) Candidato formado na Faculdade de Engenharia:
Diretor: - Qual e a coisa mais rápida do mundo?
Candidato: - A eletricidade.
Director: - Porquê?
Candidato: - Veja, ao ligarmos um interruptor, acendemos uma lâmpada a 5km de distância instantaneamente.
Diretor: - Excelente.
4º) Candidato fazendo curso em Novas Oportunidades:
Diretor: - Qual e a coisa mais rápida do mundo?
Candidato: - Uma diarreia...
Diretor: - Como assim? Está brincando? Explique isso...
Candidato: - Isso mesmo. Ontem a noite eu tive uma diarreia tão forte, que antes que eu pudesse pensar, piscar os olhos ou acender a luz, já me tinha cagado todo...
Diretor: - O emprego é seu!
Fundamento técnico e cálculo não é tudo já que entender de cagadas é o que é preciso numa empresa pública.
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Socialismo
26/02/2011
Matemática de mendigo profissional
Preste atenção nesta interessante pesquisa de um estagiário de Matemática:
Um sinal de trânsito muda de estado em média a cada 30 segundos (trinta segundos no vermelho e trinta no verde). Então, a cada minuto um mendigo tem 30 segundos para faturar pelo menos € 0,10, o que numa hora dará: 60 x 0,10 = € 6,00.
Se ele trabalhar 8 horas por dia, 25 dias por mês, num mês terá faturado: 25 x 8 x 6 = € 1.200,00. Será que isso é uma conta maluca?
Bom, 6 euros por hora é uma conta bastante razoável para quem está no sinal, uma vez que, quem doa nunca dá somente 10 centimos e sim 20, 50 e às vezes até 1,00.
Mas, tudo bem, se ele faturar a metade: € 3,00 por hora terá € 600,00 no final do mês, que é o salário de um estagiário com carga de 35 horas semanais ou 7 horas por dia.
Ainda assim, quando ele consegue uma moeda de € 1,00 (o que não é raro), ele pode descansar tranquilo debaixo de uma árvore por mais 9 mudanças do sinal de trânsito, sem nenhum chefe para 'encher o saco' por causa disto.
Mas considerando que é apenas teoria, vamos ao mundo real. De posse destes dados fomos entrevistar uma mulher que pede esmolas e que sempre vejo trocar seus rendimentos na padaria. Então perguntámos-lhe quanto ela faturava por dia.
Imaginam o que respondeu.
É isso mesmo, de 35 a 40 euros em média o que dá (25 dias por mês) x 35 = 875 ou 25 x 40 = 1000, então na média € 937,50 e ela disse que não mendiga 8 horas por dia.
Moral da História:
Um sinal de trânsito muda de estado em média a cada 30 segundos (trinta segundos no vermelho e trinta no verde). Então, a cada minuto um mendigo tem 30 segundos para faturar pelo menos € 0,10, o que numa hora dará: 60 x 0,10 = € 6,00.
Se ele trabalhar 8 horas por dia, 25 dias por mês, num mês terá faturado: 25 x 8 x 6 = € 1.200,00. Será que isso é uma conta maluca?
Bom, 6 euros por hora é uma conta bastante razoável para quem está no sinal, uma vez que, quem doa nunca dá somente 10 centimos e sim 20, 50 e às vezes até 1,00.
Mas, tudo bem, se ele faturar a metade: € 3,00 por hora terá € 600,00 no final do mês, que é o salário de um estagiário com carga de 35 horas semanais ou 7 horas por dia.
Ainda assim, quando ele consegue uma moeda de € 1,00 (o que não é raro), ele pode descansar tranquilo debaixo de uma árvore por mais 9 mudanças do sinal de trânsito, sem nenhum chefe para 'encher o saco' por causa disto.
Mas considerando que é apenas teoria, vamos ao mundo real. De posse destes dados fomos entrevistar uma mulher que pede esmolas e que sempre vejo trocar seus rendimentos na padaria. Então perguntámos-lhe quanto ela faturava por dia.
Imaginam o que respondeu.
É isso mesmo, de 35 a 40 euros em média o que dá (25 dias por mês) x 35 = 875 ou 25 x 40 = 1000, então na média € 937,50 e ela disse que não mendiga 8 horas por dia.
Moral da História:
É melhor ser mendigo do que estagiário (e muito menos professor) e, pelo vistos, ser estagiário e professor, é pior que ser mendigo...
Esforce-se como mendigo e ganhe mais do que um estagiário ou um professor. Estude a vida toda e peça esmolas pois é mais fácil e melhor do que arranjar emprego.
E ainda falta o Rendimento Social de Inserção pago por todos e que a mendiga diz receber mensalmente, no valor de 425 €.
Esforce-se como mendigo e ganhe mais do que um estagiário ou um professor. Estude a vida toda e peça esmolas pois é mais fácil e melhor do que arranjar emprego.
E ainda falta o Rendimento Social de Inserção pago por todos e que a mendiga diz receber mensalmente, no valor de 425 €.
Bora lá mendigar!
Mendigo não paga 1/3 do que ganha pra sustentar um bando de ladrões.
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Economia,
Socialismo
24/02/2011
A janela
Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros
Morei numa casa velha,
À qual quis como se fora
Feita para eu Morar nela...
Cheia dos maus e bons cheiros
Das casas que têm história,
Cheia da ténue, mas viva, obsidiante memória
De antigas gentes e traças,
Cheia de sol nas vidraças
E de escuro nos recantos,
Cheia de medo e sossego,
De silêncios e de espantos,
- Quis-lhe bem como se fora
Tão feita ao gosto de outrora
Como as do meu aconchego.
Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De montes e de oliveirasAo vento suão queimada
(Lá vem o vento suão!,
Que enche o sono de pavores,
Faz febre, esfarela os ossos,
E atira aos desesperados
A corda com que se enforcam
Na trave de algum desvão...)
Em Portalegre, dizia,
Cidade onde então sofria
Coisas que terei pudor
De contar seja a quem fôr,
Na tal casa tosca e bela
À qual quis como se fora
Feita para eu morar nela,
Tinha, então,
Por única diversão,
Uma pequena varanda
Diante de uma janela
Toda aberta ao sol que abrasa,
Ao frio que tosse e gela
E ao vento que anda, desanda,
E sarabanda, e ciranda
Derredor da minha casa,
Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos e sobreiros
Era uma bela varanda,
Naquela bela janela!
Serras deitadas nas nuvens,
Vagas e azuis da distância,
Azuis, cinzentas, lilases,
Já roxas quando mais perto,
Campos verdes e Amarelos,
Salpicados de Oliveiras,
E que o frio, ao vir, despia,
Rasava, unia
Num mesmo ar de deserto
Ou de longínquas geleiras,
Céus que lá em cima, estrelados,
Boiando em lua, ou fechados
Nos seus turbilhões de trevas,
Pareciam engolir-me
Quando, fitando-os suspenso
Daquele silêncio imenso,
Sentia o chão a fugir-me,
- Se abriam diante dela
Daquela
Bela
Varanda
Daquela
Minha
Janela,
Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros
Na casa em que morei, velha,
Cheia dos maus e bons cheiros
Das casas que têm história,
Cheia da ténue, mas viva, obsidiante memória
De antigas gentes e traças,
Cheia de sol nas vidraças
E de escuro nos recantos,
Cheia de medo e sossego,
De silêncios e de espantos,
À qual quis como se fora
Tão feita ao gosto de outrora
Como as do meu aconchego...
Ora agora,
?Que havia o vento suão
Que enche o sono de pavores,
Faz febre, esfarela os ossos,
Dói nos peitos sufocados,
E atira aos desesperados
A corda com que se enforcam
Na trave de algum desvão,
Que havia o vento suão
De se lembrar de fazer?
Em Portalegre, dizia,
Cidade onde então sofria
Coisas que terei pudor
De contar seja a quem for,
?Que havia o vento suão
De fazer,
Senão trazer
Àquela
Minha
Varanda
Daquela
Minha
Janela,
O documento maior
De que Deus
É protetor
Dos seus
Que mais faz sofrer?
Lá num craveiro, que eu tinha,
Onde uma cepa cansada
Mal dava cravos sem vida,
Poisou qualquer sementinha
Que o vento que anda, desanda,
E sarabanda, e ciranda,
Achara no ar perdida,
Errando entre terra e céus...,
E, louvado seja Deus!,
Eis que uma folha miudinha
Rompeu, cresceu, recortada,
Furando a cepa cansada
Que dava cravos sem vida
Naquela
Bela
Varanda
Daquela
Minha
Janela
Da tal casa tosca e bela
À qual quis como se fora
Feita para eu morar nela...
?Como é que o vento suão
Que enche o sono de pavores,
Faz febre, esfarela os ossos,
Dói nos peitos sufocados,
E atira aos desesperados
A corda com que se enforcam
Na trave de algum desvão,
Me trouxe a mim que, dizia,
Em Portalegre sofria
Coisas que terei pudor
De contar seja a quem for,
Me trouxe a mim essa esmola,
Esse pedido de paz
Dum Deus que fere ... e consola
Com o próprio mal que faz?
Coisas que terei pudor
De contar seja a quem for
Me davam então tal vida
Em Portalegre; cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros,
Me davam então tal vida
- Não vivida!, sim morrida
No tédio e no desespero,
No espanto e na solidão,
Que a corda dos derradeiros
Desejos dos desgraçados
Por noites do tal suão
Já varias vezes tentara
Meus dedos verdes suados...
Senão quando o amor de Deus
Ao vento que anda, desanda,
E sarabanda, e ciranda,
Confia uma sementinha
Perdida entre terra e céus,
E o vento a trás à varanda
Daquela
Minha
Janela
Da tal casa tôsca e bela
À qual quis como se fôra
Feita para eu morar nela!
Lá no craveiro que eu tinha,
Onde uma cepa cansada
Mal dava cravos sem vida,
Nasceu essa acaciazinha
Que depois foi transplantada
E cresceu; dom do meu Deus!,
Aos pés lá da estranha casa
Do largo do cemitério,
Frente aos ciprestes que em frente
Mostram os céus,
Como dedos apontados
De gigantes enterrados...
Quem desespera dos homens,
Se a alma lhe não secou,
A tudo transfere a esperança
Que a humanidade frustrou:
E é capaz de amar as plantas,
De esperar nos animais,
De humanizar coisas brutas,
E ter criancices tais,
Tais e tantas!,
Que será bom ter pudor
De as contar seja a quem for!
O amor, a amizade, e quantos
Mais sonhos de oiro eu sonhara,
Bens deste mundo!, que o mundo
Me levara,
De tal maneira me tinham,
Ao fugir-me,
Deixando só, nulo, vácuos,
A mim que tanto esperava
Ser fiel,
E forte,
E firme,
Que não era mais que morte
A vida que então vivia,
Auto-cadáver...
E era então que sucedia
Que em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros
Aos pés lá da casa velha
Cheia dos maus e bons cheiros
Das casa que têm história,
Cheia da ténue, mas viva, obsidiante memória
De antigas gentes e traças,
Cheia de sol nas vidraças
E de escuro nos recantos,
Cheia de medo e sossego,
De silêncios e de espantos,
- A minha acácia crescia.
Vento suão!, obrigado...
Pela doce companhia
Que em teu hálito empestado
Sem eu sonhar, me chegara!
E a cada raminho novo
Que a tenra acácia deitava,
Será loucura!..., mas era
Uma alegria
Na longa e negra apatia
Daquela miséria extrema
Em que vivia,
E vivera,
Como se fizera um poema,
Ou se um filho me nascera.
José Régio
in «Toada de Portalegre»
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros
Morei numa casa velha,
À qual quis como se fora
Feita para eu Morar nela...
Cheia dos maus e bons cheiros
Das casas que têm história,
Cheia da ténue, mas viva, obsidiante memória
De antigas gentes e traças,
Cheia de sol nas vidraças
E de escuro nos recantos,
Cheia de medo e sossego,
De silêncios e de espantos,
- Quis-lhe bem como se fora
Tão feita ao gosto de outrora
Como as do meu aconchego.
Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De montes e de oliveirasAo vento suão queimada
(Lá vem o vento suão!,
Que enche o sono de pavores,
Faz febre, esfarela os ossos,
E atira aos desesperados
A corda com que se enforcam
Na trave de algum desvão...)
Em Portalegre, dizia,
Cidade onde então sofria
Coisas que terei pudor
De contar seja a quem fôr,
Na tal casa tosca e bela
À qual quis como se fora
Feita para eu morar nela,
Tinha, então,
Por única diversão,
Uma pequena varanda
Diante de uma janela
Toda aberta ao sol que abrasa,
Ao frio que tosse e gela
E ao vento que anda, desanda,
E sarabanda, e ciranda
Derredor da minha casa,
Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos e sobreiros
Era uma bela varanda,
Naquela bela janela!
Serras deitadas nas nuvens,
Vagas e azuis da distância,
Azuis, cinzentas, lilases,
Já roxas quando mais perto,
Campos verdes e Amarelos,
Salpicados de Oliveiras,
E que o frio, ao vir, despia,
Rasava, unia
Num mesmo ar de deserto
Ou de longínquas geleiras,
Céus que lá em cima, estrelados,
Boiando em lua, ou fechados
Nos seus turbilhões de trevas,
Pareciam engolir-me
Quando, fitando-os suspenso
Daquele silêncio imenso,
Sentia o chão a fugir-me,
- Se abriam diante dela
Daquela
Bela
Varanda
Daquela
Minha
Janela,
Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros
Na casa em que morei, velha,
Cheia dos maus e bons cheiros
Das casas que têm história,
Cheia da ténue, mas viva, obsidiante memória
De antigas gentes e traças,
Cheia de sol nas vidraças
E de escuro nos recantos,
Cheia de medo e sossego,
De silêncios e de espantos,
À qual quis como se fora
Tão feita ao gosto de outrora
Como as do meu aconchego...
Ora agora,
?Que havia o vento suão
Que enche o sono de pavores,
Faz febre, esfarela os ossos,
Dói nos peitos sufocados,
E atira aos desesperados
A corda com que se enforcam
Na trave de algum desvão,
Que havia o vento suão
De se lembrar de fazer?
Em Portalegre, dizia,
Cidade onde então sofria
Coisas que terei pudor
De contar seja a quem for,
?Que havia o vento suão
De fazer,
Senão trazer
Àquela
Minha
Varanda
Daquela
Minha
Janela,
O documento maior
De que Deus
É protetor
Dos seus
Que mais faz sofrer?
Lá num craveiro, que eu tinha,
Onde uma cepa cansada
Mal dava cravos sem vida,
Poisou qualquer sementinha
Que o vento que anda, desanda,
E sarabanda, e ciranda,
Achara no ar perdida,
Errando entre terra e céus...,
E, louvado seja Deus!,
Eis que uma folha miudinha
Rompeu, cresceu, recortada,
Furando a cepa cansada
Que dava cravos sem vida
Naquela
Bela
Varanda
Daquela
Minha
Janela
Da tal casa tosca e bela
À qual quis como se fora
Feita para eu morar nela...
?Como é que o vento suão
Que enche o sono de pavores,
Faz febre, esfarela os ossos,
Dói nos peitos sufocados,
E atira aos desesperados
A corda com que se enforcam
Na trave de algum desvão,
Me trouxe a mim que, dizia,
Em Portalegre sofria
Coisas que terei pudor
De contar seja a quem for,
Me trouxe a mim essa esmola,
Esse pedido de paz
Dum Deus que fere ... e consola
Com o próprio mal que faz?
Coisas que terei pudor
De contar seja a quem for
Me davam então tal vida
Em Portalegre; cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros,
Me davam então tal vida
- Não vivida!, sim morrida
No tédio e no desespero,
No espanto e na solidão,
Que a corda dos derradeiros
Desejos dos desgraçados
Por noites do tal suão
Já varias vezes tentara
Meus dedos verdes suados...
Senão quando o amor de Deus
Ao vento que anda, desanda,
E sarabanda, e ciranda,
Confia uma sementinha
Perdida entre terra e céus,
E o vento a trás à varanda
Daquela
Minha
Janela
Da tal casa tôsca e bela
À qual quis como se fôra
Feita para eu morar nela!
Lá no craveiro que eu tinha,
Onde uma cepa cansada
Mal dava cravos sem vida,
Nasceu essa acaciazinha
Que depois foi transplantada
E cresceu; dom do meu Deus!,
Aos pés lá da estranha casa
Do largo do cemitério,
Frente aos ciprestes que em frente
Mostram os céus,
Como dedos apontados
De gigantes enterrados...
Quem desespera dos homens,
Se a alma lhe não secou,
A tudo transfere a esperança
Que a humanidade frustrou:
E é capaz de amar as plantas,
De esperar nos animais,
De humanizar coisas brutas,
E ter criancices tais,
Tais e tantas!,
Que será bom ter pudor
De as contar seja a quem for!
O amor, a amizade, e quantos
Mais sonhos de oiro eu sonhara,
Bens deste mundo!, que o mundo
Me levara,
De tal maneira me tinham,
Ao fugir-me,
Deixando só, nulo, vácuos,
A mim que tanto esperava
Ser fiel,
E forte,
E firme,
Que não era mais que morte
A vida que então vivia,
Auto-cadáver...
E era então que sucedia
Que em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros
Aos pés lá da casa velha
Cheia dos maus e bons cheiros
Das casa que têm história,
Cheia da ténue, mas viva, obsidiante memória
De antigas gentes e traças,
Cheia de sol nas vidraças
E de escuro nos recantos,
Cheia de medo e sossego,
De silêncios e de espantos,
- A minha acácia crescia.
Vento suão!, obrigado...
Pela doce companhia
Que em teu hálito empestado
Sem eu sonhar, me chegara!
E a cada raminho novo
Que a tenra acácia deitava,
Será loucura!..., mas era
Uma alegria
Na longa e negra apatia
Daquela miséria extrema
Em que vivia,
E vivera,
Como se fizera um poema,
Ou se um filho me nascera.
José Régio
in «Toada de Portalegre»
Poema |
23/02/2011
O mundo islâmico pegou fogo
Depois do Irão e da Tunisia, depois do Egito, do Bahrein e do Iémen, a Líbia do louco criminoso Muammar al-Gaddafi entra em ciclo infernal de destruição.
Em África, de norte a sul, de leste a oeste, as cópias de ditadores estão junto dos televisores enquanto receiam que as massas populares resolvem seguir o exemplo da rua "árabe" e, finalmente, deixem de ser camelos.
Em África, de norte a sul, de leste a oeste, as cópias de ditadores estão junto dos televisores enquanto receiam que as massas populares resolvem seguir o exemplo da rua "árabe" e, finalmente, deixem de ser camelos.
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História
22/02/2011
21/02/2011
Idiota XL
Em várias cidades portuguesas, há bairros onde não é permitido circular com veículos pesados. É natural, já que são zonas habitacionais, com jardins, passeios e zonas de lazer.
Mas o abuso, descaramento e estupidez de certos motoristas de pesados, é infinito. A despeito da apropriada sinalização de proibição de circulação, há sempre um idiota que entende que isso não o impede de levar o monstro para casa e, já agora, em cima do passeio.
Diga-se de passagem, o peso de um monstro destes, destroi a calçada e rebenta com tubagens de água, de eletricidade e de comunicações que existam no subsolo. Fantástico, não é?
Mas o abuso, descaramento e estupidez de certos motoristas de pesados, é infinito. A despeito da apropriada sinalização de proibição de circulação, há sempre um idiota que entende que isso não o impede de levar o monstro para casa e, já agora, em cima do passeio.
Diga-se de passagem, o peso de um monstro destes, destroi a calçada e rebenta com tubagens de água, de eletricidade e de comunicações que existam no subsolo. Fantástico, não é?
Idiota 49-52-XL com atrelado L-190523 |
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Idiota
20/02/2011
Jardim zoológico
A nossa reportagem registou hoje, no Jardim Zoológico de Lisboa, o momento em que era trasmitida a intervenção de um certo primeiro-ministro.
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Fotografia
19/02/2011
Enganar a malta
Os portugueses estão cada vez mais fartos das mentiras socretinas.
Anteontem foi um TGV, ontem foram as SCUT pagas, hoje é a crise internacional, amanhã é a oposição. De truque em truque, de mentira em mentira, de freeport a face oculta, os portugueses vão vendo que já começou uma nova campanha eleitoral.
As medidas indispensáveis à recuperação da economia portuguesas vão sendo empurradas com a barriga para o dia de São Nunca à Tarde, na exata medida em que os socretinos esperam pelo milagre das rosas que venha do regaço da Senhora Merkel...
Esta semana, mais opiniões abalizadas - Alexandre Soares dos Santos (Jerónimo Martins) e José António Saraiva (SOL) - dizem abertamente que é tempo de acabar com mentiras e os truques.
Em suma: a crise está bem aí e é preciso correr com os bandalhos.
Anteontem foi um TGV, ontem foram as SCUT pagas, hoje é a crise internacional, amanhã é a oposição. De truque em truque, de mentira em mentira, de freeport a face oculta, os portugueses vão vendo que já começou uma nova campanha eleitoral.
As medidas indispensáveis à recuperação da economia portuguesas vão sendo empurradas com a barriga para o dia de São Nunca à Tarde, na exata medida em que os socretinos esperam pelo milagre das rosas que venha do regaço da Senhora Merkel...
Esta semana, mais opiniões abalizadas - Alexandre Soares dos Santos (Jerónimo Martins) e José António Saraiva (SOL) - dizem abertamente que é tempo de acabar com mentiras e os truques.
Em suma: a crise está bem aí e é preciso correr com os bandalhos.
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Economia,
Socialismo
Maracujá
Levada para todo o mundo pelos navegadores portugueses, o maracujá é um fruto que é um prodígio da natureza.
É originário dos territórios do Brasil, Paraguai e Argentina. Muito rico e vitaminas, é igualmente de uma beleza intrigante.
É originário dos territórios do Brasil, Paraguai e Argentina. Muito rico e vitaminas, é igualmente de uma beleza intrigante.
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Fotografia
18/02/2011
Discurso socretino
Portugueses:
Já não era sem tempo!
Mais uma notícia que permite aos portugueses sentirem orgulho...
Um estudo conduzido pela Universidade Técnica de Lisboa mostrou que cada português caminha em média 440 km por ano.
Um outro estudo feito pela Associação Médica de Coimbra revelou que, em média, o português bebe 26 litros de vinho por ano.
Portanto, a conclusão é:
Cada português, em média, gasta 5,9 litros aos 100km, ou seja, é económico!
Como veem, nem tudo está mal, neste País!
Já não era sem tempo!
Mais uma notícia que permite aos portugueses sentirem orgulho...
Um estudo conduzido pela Universidade Técnica de Lisboa mostrou que cada português caminha em média 440 km por ano.
Um outro estudo feito pela Associação Médica de Coimbra revelou que, em média, o português bebe 26 litros de vinho por ano.
Portanto, a conclusão é:
Cada português, em média, gasta 5,9 litros aos 100km, ou seja, é económico!
Como veem, nem tudo está mal, neste País!
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Idiota,
Socialismo
17/02/2011
16/02/2011
Tempos janotas
Situação - o fim das férias
ANO 1978:
Depois de passar 15 dias com a família atrelada numa caravana puxada por um Fiat 600 pela costa de Portugal, terminam as férias. No dia seguinte vai-se trabalhar.
ANO 2010:
Depois de voltar de Cancún de uma viagem com tudo pago, terminam as férias. As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão, seborreia e caganeira.
Situação - chega o dia de mudança do horário de verão para inverno
ANO 1978:
Não se passa nada.
ANO 2010:
As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão e caganeira.
Situação - o Pedro está a pensar em ir até ao monte depois das aulas; assim que entra no colégio, mostra uma navalha ao João, com a qual espera fazer uma figa
ANO 1978:
O diretor da escola vê, pergunta-lhe onde se vendem, mostra-lhe a sua, que é mais antiga, mas que também é boa.
ANO 2010:
A escola é encerrada, chamam a Polícia Judiciária e levam o Pedro para um reformatório. A SIC e a TVI apresentam os telejornais desde a porta da escola.
Situação - o Carlos e o Quim trocam uns socos no fim das aulas
ANO 1978:
Os companheiros animam a luta, o Carlos ganha. Dão as mãos e acabam por ir juntos jogar matrecos.
ANO 2010:
A escola é encerrada. A SIC proclama o mês anti-violência escolar, o Jornal de Notícias faz uma capa inteira dedicada ao tema, e a TVI insiste em colocar a Moura Guedes à porta da escola a apresentar o telejornal, mesmo debaixo de chuva.
Situação - o Jaime não pára quieto nas aulas e interrompe e incomoda os colega.
ANO 1978:
Mandam o Jaime ir falar com o Diretor, e este dá-lhe uma bronca de todo o tamanho. O Jaime volta à aula, senta-se em silêncio e não interrompe mais.
ANO 2010:
Administram ao Jaime umas valentes doses de Ritalin. O Jaime parece um Zombie. A escola recebe um apoio financeiro por terem um aluno incapacitado.
Situação - o Luís parte o vidro de um carro do bairro; o pai saca de um cinto e prega-lhe umas boas chicotadas
ANO 1978:
O Luís tem mais cuidado da próxima vez. Cresce normalmente, vai à universidade e converte-se num homem de negócios bem sucedido.
ANO 2010:
Prendem o pai do Luís por maus-tratos a menores. Sem a figura paterna, o Luís junta-se a um gang de rua. Os psicólogos convencem a sua irmã que o pai abusava dela e metem-no na cadeia para sempre. A mãe do Luís começa a namorar com o psicólogo. O programa da Fátima Lopes mantém durante meses o caso em estudo, bem como o Você na TV do Manuel Luís Goucha.
Situação - o Zezinho cai enquanto praticava atletismo, arranha um joelho; a professora Maria encontra-o sentado na berma da pista a chorar e abraça-o para o consolar.
ANO 1978:
Passado pouco tempo, o Zézinho sente-se melhor e continua a correr.
ANO 2010:
A Maria é acusada de perversão de menores e vai para o desemprego. Confronta-se com 3 anos de prisão. O Zézinho passa 5 anos de terapia em terapia. Os seus pais processam a escola por negligência e a Maria por trauma emocional, ganhando ambos os processos. Maria, no desemprego e cheia de dívidas suicida-se atirando-se de um prédio. Ao aterrar, cai em cima de um carro, mas antes ainda parte com o corpo uma varanda. O dono do carro e do apartamento processam os familiares da Maria por destruição de propriedade. Ganham. A SIC e a TVI produzem um filme baseado neste caso.
Situação - um menino branco e outro negro andam à batatada por um ter chamado "chocolate" ao outro.
ANO 1978:
Depois de uns socos esquivos, levantam-se e cada um para sua casa. Amanhã são colegas.
ANO 2010:
A TVI envia os seus melhores correspondentes. A SIC prepara uma grande reportagem dessas com investigadores que passaram dias no colégio a averiguar factos. Emitem-se programas documentários sobre jovens problemáticos e ódio racial. A juventude Skinhead finge revolucionar-se a respeito disto. O governo oferece um apartamento à família do miúdo negro.
Situação - fazias uma asneira na sala de aula.
ANO 1978:
O professor espetava duas valentes lostras bem merecidas. Ao chegar a casa o teu pai dava-te mais duas porque 'alguma deves ter feito'
ANO 2010:
Fazes uma asneira. O professor pede-te desculpa. O teu pai pede-te desculpa e compra-te uma Playstation 3.
ANO 1978:
Depois de passar 15 dias com a família atrelada numa caravana puxada por um Fiat 600 pela costa de Portugal, terminam as férias. No dia seguinte vai-se trabalhar.
ANO 2010:
Depois de voltar de Cancún de uma viagem com tudo pago, terminam as férias. As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão, seborreia e caganeira.
Situação - chega o dia de mudança do horário de verão para inverno
ANO 1978:
Não se passa nada.
ANO 2010:
As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão e caganeira.
Situação - o Pedro está a pensar em ir até ao monte depois das aulas; assim que entra no colégio, mostra uma navalha ao João, com a qual espera fazer uma figa
ANO 1978:
O diretor da escola vê, pergunta-lhe onde se vendem, mostra-lhe a sua, que é mais antiga, mas que também é boa.
ANO 2010:
A escola é encerrada, chamam a Polícia Judiciária e levam o Pedro para um reformatório. A SIC e a TVI apresentam os telejornais desde a porta da escola.
Situação - o Carlos e o Quim trocam uns socos no fim das aulas
ANO 1978:
Os companheiros animam a luta, o Carlos ganha. Dão as mãos e acabam por ir juntos jogar matrecos.
ANO 2010:
A escola é encerrada. A SIC proclama o mês anti-violência escolar, o Jornal de Notícias faz uma capa inteira dedicada ao tema, e a TVI insiste em colocar a Moura Guedes à porta da escola a apresentar o telejornal, mesmo debaixo de chuva.
Situação - o Jaime não pára quieto nas aulas e interrompe e incomoda os colega.
ANO 1978:
Mandam o Jaime ir falar com o Diretor, e este dá-lhe uma bronca de todo o tamanho. O Jaime volta à aula, senta-se em silêncio e não interrompe mais.
ANO 2010:
Administram ao Jaime umas valentes doses de Ritalin. O Jaime parece um Zombie. A escola recebe um apoio financeiro por terem um aluno incapacitado.
Situação - o Luís parte o vidro de um carro do bairro; o pai saca de um cinto e prega-lhe umas boas chicotadas
ANO 1978:
O Luís tem mais cuidado da próxima vez. Cresce normalmente, vai à universidade e converte-se num homem de negócios bem sucedido.
ANO 2010:
Prendem o pai do Luís por maus-tratos a menores. Sem a figura paterna, o Luís junta-se a um gang de rua. Os psicólogos convencem a sua irmã que o pai abusava dela e metem-no na cadeia para sempre. A mãe do Luís começa a namorar com o psicólogo. O programa da Fátima Lopes mantém durante meses o caso em estudo, bem como o Você na TV do Manuel Luís Goucha.
Situação - o Zezinho cai enquanto praticava atletismo, arranha um joelho; a professora Maria encontra-o sentado na berma da pista a chorar e abraça-o para o consolar.
ANO 1978:
Passado pouco tempo, o Zézinho sente-se melhor e continua a correr.
ANO 2010:
A Maria é acusada de perversão de menores e vai para o desemprego. Confronta-se com 3 anos de prisão. O Zézinho passa 5 anos de terapia em terapia. Os seus pais processam a escola por negligência e a Maria por trauma emocional, ganhando ambos os processos. Maria, no desemprego e cheia de dívidas suicida-se atirando-se de um prédio. Ao aterrar, cai em cima de um carro, mas antes ainda parte com o corpo uma varanda. O dono do carro e do apartamento processam os familiares da Maria por destruição de propriedade. Ganham. A SIC e a TVI produzem um filme baseado neste caso.
Situação - um menino branco e outro negro andam à batatada por um ter chamado "chocolate" ao outro.
ANO 1978:
Depois de uns socos esquivos, levantam-se e cada um para sua casa. Amanhã são colegas.
ANO 2010:
A TVI envia os seus melhores correspondentes. A SIC prepara uma grande reportagem dessas com investigadores que passaram dias no colégio a averiguar factos. Emitem-se programas documentários sobre jovens problemáticos e ódio racial. A juventude Skinhead finge revolucionar-se a respeito disto. O governo oferece um apartamento à família do miúdo negro.
Situação - fazias uma asneira na sala de aula.
ANO 1978:
O professor espetava duas valentes lostras bem merecidas. Ao chegar a casa o teu pai dava-te mais duas porque 'alguma deves ter feito'
ANO 2010:
Fazes uma asneira. O professor pede-te desculpa. O teu pai pede-te desculpa e compra-te uma Playstation 3.
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15/02/2011
14/02/2011
13/02/2011
As amantes
Marido e mulher estão a jantar num belo restaurante quando entra uma rapariga absolutamente fantástica, que se dirige à mesa deles, dá um beijo apaixonado ao marido, diz:
- Vemo-nos mais tarde... - e vai-se embora.
A mulher fita o marido furiosa e pergunta:
- Quem diabo era aquela?
- Oh - responde o marido, - é a minha amante.
- Ah é? Pois esta foi a última gota de água! - diz a mulher - Para mim chega! Quero o divórcio!
- Compreendo - responde o marido, - mas lembra-te que, se nos divorciarmos acabam-se as compras em Paris, os Invernos na República Domincana, os Verões em Itália, os Porsches e Ferraris na garagem e o Iate. Mas a decisão é tua.
Nesse momento entra um amigo comum no restaurante com uma loura estonteante pelo braço.
- Quem é aquela mulher que entrou com o Bernardo? - pergunta ela.
- É a amante dele! - responde o marido.
- A nossa é mais bonita! - responde a mulher ...
- Vemo-nos mais tarde... - e vai-se embora.
A mulher fita o marido furiosa e pergunta:
- Quem diabo era aquela?
- Oh - responde o marido, - é a minha amante.
- Ah é? Pois esta foi a última gota de água! - diz a mulher - Para mim chega! Quero o divórcio!
- Compreendo - responde o marido, - mas lembra-te que, se nos divorciarmos acabam-se as compras em Paris, os Invernos na República Domincana, os Verões em Itália, os Porsches e Ferraris na garagem e o Iate. Mas a decisão é tua.
Nesse momento entra um amigo comum no restaurante com uma loura estonteante pelo braço.
- Quem é aquela mulher que entrou com o Bernardo? - pergunta ela.
- É a amante dele! - responde o marido.
- A nossa é mais bonita! - responde a mulher ...
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My God
Se eu fosse o Primeiro-Ministro de Portugal
Se eu fosse o Primeiro Ministro de Portugal, colocaria no Ministério da Agricultura um adiantado mental que declararia no seu discurso de tomada de posse "De agricultura, eu não percebo nada" antes de passar a destruir o sector, entregando a produção à França e recebendo subsídios para não produzir, sem substituir a perda com algo que criasse empregos e desenvolvesse o sector numa base sustentável. O resultado do meu excelente empenho seria visível para quem visitasse a fronteira com a Espanha. De um lado, glória, Do outro, miséria.
Se eu fosse o Primeiro Ministro de Portugal, deixaria a União Europeia ficar com o sector das pescas e apesar de ter a décima maior Zona Económica Exclusiva no mundo, eu permitiria que barcos espanhóis pescassem nas águas portuguesas, enquanto os meus pescadores ficassem banidos do mar, secando em terra na miséria.
Se eu fosse o Primeiro Ministro de Portugal, eu destruiria o tecido industrial do meu país, fechando a Siderurgia Nacional, teimando em não construir um smelter para metais no Alentejo, apesar de ter as minas de Neves Corvo, maior mina de cobre na Europa, liquidando toda a indústria pesada, substituindo-a com uma ou duas indústrias ligeiras mas não criando as condições para a sua sustentabilidade, de maneira que a primeira onda económica difícil veria os parques industriais vazios.
Se eu fosse o Primeiro Ministro de Portugal, eu deixaria rios, ou seja Oceanos, de dinheiro correr pelas minhas mãos nos dez anos após a adesão à Comunidade Europeia, construindo pontes e auto-estradas para as pessoas fugirem do interior mais depressa, criando engarrafamentos humanos nas cidades, permitindo que firmas para gerir processos de aplicação de fundos comunitários aparecessem como cogumelos, sem qualquer fiscalização, esgotos nos quais esses fundos cairiam, sem deixar nada que se visse em termos de preparação do país para o futuro.
Se eu fosse o Primeiro Ministro de Portugal, antes de deixar o cargo, permitiria que meu partido colocasse centenas de amigos e familiares em lugares cimeiros com chorudas cláusulas de rescisão; encomendaria e pagaria fortunas por relatórios e estudos feitos por firmas dirigidas pelos meus familiares e amigos, para a seguir relegá-los para a gaveta, dizendo a um Senhor Professor Doutor Michael Porter "Não é bem assim"; empregaria um exército de assessores com direito a veículos topo-da-gama, motoristas, salários monstruosos, cartões de crédito para despesas particulares e um cartão da "Presidência" para apresentar quando por exemplo estavam bêbados demais para conduzir, e acenar na cara do agente da polícia depois do consequente acidente.
Se eu fosse o Primeiro Ministro de Portugal, seguiria uma linha de orientação na política externa que satisfizesse os caprichos de Washington, reconhecendo a independência de Kosovo de forma vil, baixo e covarde, apesar de quase todos os representantes das órgãos do Estado terem-se expressado contra essa ilegalidade.
Se eu fosse o Primeiro Ministro de Portugal, deixaria o Senhor Ministro das Finanças aumentar impostos e cortar os salários da classe média, castigando aqueles que nunca fizeram nada senão trabalhar, estudar e fazer seu melhor, retirando dinheiro da economia e enviando ondas de choque pelo país fora criando todas as condições para uma recessão a curto prazo e mais perda de empregos. E eu não sou professor catedrático de economia.
Se eu fosse o Primeiro Ministro de Portugal, mentiria entre os dentes ao país, alegando que tinha cursos e cadeiras universitárias quando nem sequer alguma vez meti os pés na sala de aula, fecharia escolas, destruiria o sistema pública de educação superior, instalaria um sistema em que quem tem dinheiro, pode… e quem não tem, que se lixe.
Se eu fosse o Primeiro Ministro de Portugal, alteraria a base de dados dos desempregados cosmeticamente de maneira que contassem só 10 por cento quando na realidade são uns 25 ou 30, os que querem trabalho e não têm.
Se eu fosse o Primeiro Ministro de Portugal, meu discurso de tomada de posse seria o seguinte:
"Senhoras e Senhores, vou pedir sacrifícios aos portugueses, ainda mais do que os outros governos desde há 36 anos. Prometo destruir todos os planos do governo anterior, não dando continuidade a nada em qualquer ministério, de forma a ver o país estagnar ainda mais. Os meus Senhores Ministros serão as pessoas mais adequadas para as Pastas, nomeadamente académicos que nunca viveram fora de redomas de cristal e que não têm nenhuma experiência da vida real. Nunca pegaram num sacho, e só sabem o que é uma enxada depois de a pisar e o cabo bater-lhes na cara. Praticarão políticas de laboratório que funcionam no papel em escritórios, em Lisboa.
"Senhoras e Senhores, vou crucificar ainda mais a classe média, levada ao ponto de ruptura por executivos anteriores, e o meu não será excepção. Sabendo que é esse sector que trabalha, paga os impostos e se sacrifica para ter uma casa, vou fazer tudo possível para que colectivamente, tenha de tirar os filhos das escolas particulares, pois as escolas públicas são tão boas; vou fazer tudo para dificultar a vossa vida de maneira que ou vocês fujam de Portugal, ou então os seus filhos e filhas tirem o primeiro bilhete de ida só, para fora, seja para onde for, nem que seja para Burkina Faso.
"Senhoras e Senhores, meu governo irá seguir os passos de todos os executivos anteriores desde o 25 de Abril de 1974, deixando o país mais pobre, destruindo ainda mais o pouco que resta, a troca de nada, deixando-os sem qualquer fio de esperança no futuro, pois havemos de chegar ao fundo do poço e ainda cavar mais além.
"Senhoras e Senhores, meu governo vai aumentar a taxa de IVA para leite com chocolate para 23 por cento, mantendo o vinho a 13%, de maneira que os filhos que ficarem aqui, e que não tenham o estofo suficiente para fugirem, possam levar uma garrafa de Periquita para a escola, para ficarem ainda mais atordoados, estúpidos e atrasados, fornecendo uma excelente geração para governar no futuro".
E sabem o mais engraçado desta história? É que com um discurso destes, os portugueses votariam em mim.
Timothy Bancroft-Hinchey
in Pravda.Ru
Se eu fosse o Primeiro Ministro de Portugal, deixaria a União Europeia ficar com o sector das pescas e apesar de ter a décima maior Zona Económica Exclusiva no mundo, eu permitiria que barcos espanhóis pescassem nas águas portuguesas, enquanto os meus pescadores ficassem banidos do mar, secando em terra na miséria.
Se eu fosse o Primeiro Ministro de Portugal, eu destruiria o tecido industrial do meu país, fechando a Siderurgia Nacional, teimando em não construir um smelter para metais no Alentejo, apesar de ter as minas de Neves Corvo, maior mina de cobre na Europa, liquidando toda a indústria pesada, substituindo-a com uma ou duas indústrias ligeiras mas não criando as condições para a sua sustentabilidade, de maneira que a primeira onda económica difícil veria os parques industriais vazios.
Se eu fosse o Primeiro Ministro de Portugal, eu deixaria rios, ou seja Oceanos, de dinheiro correr pelas minhas mãos nos dez anos após a adesão à Comunidade Europeia, construindo pontes e auto-estradas para as pessoas fugirem do interior mais depressa, criando engarrafamentos humanos nas cidades, permitindo que firmas para gerir processos de aplicação de fundos comunitários aparecessem como cogumelos, sem qualquer fiscalização, esgotos nos quais esses fundos cairiam, sem deixar nada que se visse em termos de preparação do país para o futuro.
Se eu fosse o Primeiro Ministro de Portugal, antes de deixar o cargo, permitiria que meu partido colocasse centenas de amigos e familiares em lugares cimeiros com chorudas cláusulas de rescisão; encomendaria e pagaria fortunas por relatórios e estudos feitos por firmas dirigidas pelos meus familiares e amigos, para a seguir relegá-los para a gaveta, dizendo a um Senhor Professor Doutor Michael Porter "Não é bem assim"; empregaria um exército de assessores com direito a veículos topo-da-gama, motoristas, salários monstruosos, cartões de crédito para despesas particulares e um cartão da "Presidência" para apresentar quando por exemplo estavam bêbados demais para conduzir, e acenar na cara do agente da polícia depois do consequente acidente.
Se eu fosse o Primeiro Ministro de Portugal, seguiria uma linha de orientação na política externa que satisfizesse os caprichos de Washington, reconhecendo a independência de Kosovo de forma vil, baixo e covarde, apesar de quase todos os representantes das órgãos do Estado terem-se expressado contra essa ilegalidade.
Se eu fosse o Primeiro Ministro de Portugal, deixaria o Senhor Ministro das Finanças aumentar impostos e cortar os salários da classe média, castigando aqueles que nunca fizeram nada senão trabalhar, estudar e fazer seu melhor, retirando dinheiro da economia e enviando ondas de choque pelo país fora criando todas as condições para uma recessão a curto prazo e mais perda de empregos. E eu não sou professor catedrático de economia.
Se eu fosse o Primeiro Ministro de Portugal, mentiria entre os dentes ao país, alegando que tinha cursos e cadeiras universitárias quando nem sequer alguma vez meti os pés na sala de aula, fecharia escolas, destruiria o sistema pública de educação superior, instalaria um sistema em que quem tem dinheiro, pode… e quem não tem, que se lixe.
Se eu fosse o Primeiro Ministro de Portugal, alteraria a base de dados dos desempregados cosmeticamente de maneira que contassem só 10 por cento quando na realidade são uns 25 ou 30, os que querem trabalho e não têm.
Se eu fosse o Primeiro Ministro de Portugal, meu discurso de tomada de posse seria o seguinte:
"Senhoras e Senhores, vou pedir sacrifícios aos portugueses, ainda mais do que os outros governos desde há 36 anos. Prometo destruir todos os planos do governo anterior, não dando continuidade a nada em qualquer ministério, de forma a ver o país estagnar ainda mais. Os meus Senhores Ministros serão as pessoas mais adequadas para as Pastas, nomeadamente académicos que nunca viveram fora de redomas de cristal e que não têm nenhuma experiência da vida real. Nunca pegaram num sacho, e só sabem o que é uma enxada depois de a pisar e o cabo bater-lhes na cara. Praticarão políticas de laboratório que funcionam no papel em escritórios, em Lisboa.
"Senhoras e Senhores, vou crucificar ainda mais a classe média, levada ao ponto de ruptura por executivos anteriores, e o meu não será excepção. Sabendo que é esse sector que trabalha, paga os impostos e se sacrifica para ter uma casa, vou fazer tudo possível para que colectivamente, tenha de tirar os filhos das escolas particulares, pois as escolas públicas são tão boas; vou fazer tudo para dificultar a vossa vida de maneira que ou vocês fujam de Portugal, ou então os seus filhos e filhas tirem o primeiro bilhete de ida só, para fora, seja para onde for, nem que seja para Burkina Faso.
"Senhoras e Senhores, meu governo irá seguir os passos de todos os executivos anteriores desde o 25 de Abril de 1974, deixando o país mais pobre, destruindo ainda mais o pouco que resta, a troca de nada, deixando-os sem qualquer fio de esperança no futuro, pois havemos de chegar ao fundo do poço e ainda cavar mais além.
"Senhoras e Senhores, meu governo vai aumentar a taxa de IVA para leite com chocolate para 23 por cento, mantendo o vinho a 13%, de maneira que os filhos que ficarem aqui, e que não tenham o estofo suficiente para fugirem, possam levar uma garrafa de Periquita para a escola, para ficarem ainda mais atordoados, estúpidos e atrasados, fornecendo uma excelente geração para governar no futuro".
E sabem o mais engraçado desta história? É que com um discurso destes, os portugueses votariam em mim.
Timothy Bancroft-Hinchey
in Pravda.Ru
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Opinião
12/02/2011
Revoluções modernas
As Revoluções modernas são convocadas pela internet e nos telefones móveis. Facebook, Twitter e SMS, produzem correntes imparáveis que políticos estúpidos não conseguem entender nem reprimir com os seus bufos e tortura.
Exemplos recentes: Irão, Moçambique, Tunisia, Egito....
A próxima, no Terreiro do Paço lisboeta, contra a corja socretina? Ou na Praça da Independência de Maputo, para correr os guebuzinos?
Exemplos recentes: Irão, Moçambique, Tunisia, Egito....
A próxima, no Terreiro do Paço lisboeta, contra a corja socretina? Ou na Praça da Independência de Maputo, para correr os guebuzinos?
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Liberdade
Idiota na relva
O espaço público cuja manutenção representa despesas e trabalho de muita gente, é totalmente desrespeitado e agredido.
Na reportagem que segue, um idiota estaciona a sua "carroça 20-17-VE" no espaço relvado de um jardim público ao norte de Lisboa.
Uma vergonha vergonhosa:
Na reportagem que segue, um idiota estaciona a sua "carroça 20-17-VE" no espaço relvado de um jardim público ao norte de Lisboa.
Uma vergonha vergonhosa:
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Idiota
11/02/2011
O faraó fugiu do Egito
Ao dia 11 de fevereiro, o faraó fugiu do Egito.
Parece imparável o vento de democracia que varre o mundo islâmico: Irão (revolta reprimida), Tunisia e Egito. Amanhã, quem sabe, Argélia, Líbia, Palestina, Síria, Marrocos.
Para aqueles que acham que a "democracia não se exporta" restará reconhecer que, afinal, a "democracia se importa".
É certo que é muito grande o risco de aproveitamento por parte de forças fanáticas que, tendo sido clandestinas e reprimidas, estão organizadas.
Mas, afinal, foi isso que aconteceu com o PCP em Portugal, e, quando pôde, o país decidiu que não queria passar de uma ditadura de direita para uma de esquerda.
Parece imparável o vento de democracia que varre o mundo islâmico: Irão (revolta reprimida), Tunisia e Egito. Amanhã, quem sabe, Argélia, Líbia, Palestina, Síria, Marrocos.
Para aqueles que acham que a "democracia não se exporta" restará reconhecer que, afinal, a "democracia se importa".
É certo que é muito grande o risco de aproveitamento por parte de forças fanáticas que, tendo sido clandestinas e reprimidas, estão organizadas.
Mas, afinal, foi isso que aconteceu com o PCP em Portugal, e, quando pôde, o país decidiu que não queria passar de uma ditadura de direita para uma de esquerda.
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10/02/2011
Pelos caminhos de Portugal
Em Portugal, há locais que se mantêm longe do betão.
São terras de paisagem surpreendente, de ambiente quase intocado, de vida pacata, de gente afável.
Quem percorre a zona de Arganil e Coja encontra locais e vistas muito interessantes.
É o caso de Coja, uma terra simpática onde vale a pena parar e conhecer arredores.
São terras de paisagem surpreendente, de ambiente quase intocado, de vida pacata, de gente afável.
Quem percorre a zona de Arganil e Coja encontra locais e vistas muito interessantes.
É o caso de Coja, uma terra simpática onde vale a pena parar e conhecer arredores.
Rio Alva em Coja, concelho de Arganil |
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Turismo
09/02/2011
Provérbios populares
01. Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a cantar, se vires o Sócrates, põe-te a chorar
02. Quem vai ao mar avia-se em terra; quem vota Sócrates, mais cedo se enterra.
03. Sócrates a rir em Janeiro, é sinal de pouco dinheiro.
04. Quem anda à chuva molha-se; quem vota em Sócrates lixa-se.
05. Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão; parvo que vota em Sócrates, tem cem anos de aflição.
06. Gaivotas em terra temporal no mar; Sócrates em São Bento, o povinho a penar
07. Há mar e mar, há ir e voltar; só vota em Sócrates quem se quer afogar.
08. Março, marçagão, manhã de Inverno tarde de Verão; Sócrates, Soarão, manhã de Inverno tarde de inferno.
09. Burro carregando livros é um doutor; burro carregando o Sócrates é burro mesmo.
10. Peixe não puxa carroça; votar em Sócrates, asneira grossa.
11. Amigo disfarçado, inimigo dobrado; Sócrates empossado, povinho lixado.
12. A ocasião faz o ladrão, e de Sócrates um aldrabão.
13. Antes só que mal acompanhado, ou com Sócrates ao lado.
14. A fome é o melhor cozinheiro, Sócrates o melhor coveiro.
15. Olhos que não vêem, coração que não sente, mas aturar o Sócrates, não se faz à gente.
16. Boda molhada, boda abençoada; Sócrates eleito, pesadelo perfeito.
17. Casa roubada, trancas na porta; Sócrates eleito, ervas na horta.
18. Com Sócrates e bolos se enganam os tolos.
19. Não há regra sem excepção, nem Sócrates sem confusão.
Passe a 12 amigos, pelo menos!
Um vizinho nosso, não passou a ninguém: em duas semanas perdeu o emprego e aumentaram-lhe os impostos...
Mas outro vizinho nosso passou a 24 amigos e, na semana seguinte, foi nomeado "administrador" de uma empresa pública...
02. Quem vai ao mar avia-se em terra; quem vota Sócrates, mais cedo se enterra.
03. Sócrates a rir em Janeiro, é sinal de pouco dinheiro.
04. Quem anda à chuva molha-se; quem vota em Sócrates lixa-se.
05. Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão; parvo que vota em Sócrates, tem cem anos de aflição.
06. Gaivotas em terra temporal no mar; Sócrates em São Bento, o povinho a penar
07. Há mar e mar, há ir e voltar; só vota em Sócrates quem se quer afogar.
08. Março, marçagão, manhã de Inverno tarde de Verão; Sócrates, Soarão, manhã de Inverno tarde de inferno.
09. Burro carregando livros é um doutor; burro carregando o Sócrates é burro mesmo.
10. Peixe não puxa carroça; votar em Sócrates, asneira grossa.
11. Amigo disfarçado, inimigo dobrado; Sócrates empossado, povinho lixado.
12. A ocasião faz o ladrão, e de Sócrates um aldrabão.
13. Antes só que mal acompanhado, ou com Sócrates ao lado.
14. A fome é o melhor cozinheiro, Sócrates o melhor coveiro.
15. Olhos que não vêem, coração que não sente, mas aturar o Sócrates, não se faz à gente.
16. Boda molhada, boda abençoada; Sócrates eleito, pesadelo perfeito.
17. Casa roubada, trancas na porta; Sócrates eleito, ervas na horta.
18. Com Sócrates e bolos se enganam os tolos.
19. Não há regra sem excepção, nem Sócrates sem confusão.
Passe a 12 amigos, pelo menos!
Um vizinho nosso, não passou a ninguém: em duas semanas perdeu o emprego e aumentaram-lhe os impostos...
Mas outro vizinho nosso passou a 24 amigos e, na semana seguinte, foi nomeado "administrador" de uma empresa pública...
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08/02/2011
Um cê a mais
Quando eu escrevo a palavra ação, por magia ou pirraça, o computador retira automaticamente o c na pretensão de me ensinar a nova grafia. De forma que, aos poucos, sem precisar de ajuda, eu próprio vou tirando as consoantes que, ao que parece, estavam a mais na língua portuguesa. Custa-me despedir-me daquelas letras que tanto fizeram por mim. São muitos anos de convívio. Lembro-me da forma discreta e silenciosa como todos estes cês e pês me acompanharam em tantos textos e livros desde a infância. Na primária, por vezes gritavam ofendidos na caneta vermelha da professora: não te esqueças de mim!
Com o tempo, fui-me habituando à sua existência muda, como quem diz, sei que não falas, mas ainda bem que estás aí. E agora as palavras já nem parecem as mesmas. O que é ser proativo? Custa-me admitir que, de um dia para o outro, passei a trabalhar numa redação, que há espetadores nos espetáculos e alguns também nos frangos, que os atores atuam e que, ao segundo ato, eu ato os meus sapatos.
Depois há os intrusos, sobretudo o erre, que tornou algumas palavras arrevesadas e arranhadas, como neorrealismo ou autorretrato. Caíram hifenes e entraram erres que andavam errantes. É uma união de facto, para não errar tenho a obrigação de os acolher como se fossem família. Em 'há de' há um divórcio, não vale a pena criar uma linha entre eles, porque já não se entendem. Em veem e leem, por uma questão de fraternidade, os és passaram a ser gémeos, nenhum usa chapéu. E os meses perderam importância e dignidade, não havia motivo para terem privilégios, janeiro, fevereiro, março são tão importantes como peixe, flor, avião. Não sei se estou a ser suscetível, mas sem p algumas palavras são uma autêntica deceção, mas por outro lado é ótimo que já não tenham.
As palavras transformam-nos. Como um menino que muda de escola, sei que vou ter saudades, mas é tempo de crescer e encontrar novos amigos. Sei que tudo vai correr bem, espero que a ausência do cê não me faça perder a direção, nem me fracione, nem quero tropeçar em algum objeto abjeto. Porque, verdade seja dita, hoje em dia, não se pode ser atual nem atuante com um cê a atrapalhar.
Manuel Halpern
Com o tempo, fui-me habituando à sua existência muda, como quem diz, sei que não falas, mas ainda bem que estás aí. E agora as palavras já nem parecem as mesmas. O que é ser proativo? Custa-me admitir que, de um dia para o outro, passei a trabalhar numa redação, que há espetadores nos espetáculos e alguns também nos frangos, que os atores atuam e que, ao segundo ato, eu ato os meus sapatos.
Depois há os intrusos, sobretudo o erre, que tornou algumas palavras arrevesadas e arranhadas, como neorrealismo ou autorretrato. Caíram hifenes e entraram erres que andavam errantes. É uma união de facto, para não errar tenho a obrigação de os acolher como se fossem família. Em 'há de' há um divórcio, não vale a pena criar uma linha entre eles, porque já não se entendem. Em veem e leem, por uma questão de fraternidade, os és passaram a ser gémeos, nenhum usa chapéu. E os meses perderam importância e dignidade, não havia motivo para terem privilégios, janeiro, fevereiro, março são tão importantes como peixe, flor, avião. Não sei se estou a ser suscetível, mas sem p algumas palavras são uma autêntica deceção, mas por outro lado é ótimo que já não tenham.
As palavras transformam-nos. Como um menino que muda de escola, sei que vou ter saudades, mas é tempo de crescer e encontrar novos amigos. Sei que tudo vai correr bem, espero que a ausência do cê não me faça perder a direção, nem me fracione, nem quero tropeçar em algum objeto abjeto. Porque, verdade seja dita, hoje em dia, não se pode ser atual nem atuante com um cê a atrapalhar.
Manuel Halpern
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Opinião
07/02/2011
Os matrecos
Um grupo de anões resolve jogar futebol no domingo e alugam um campo.
Formadas as equipas, cada uma pega no seu equipamento, quando reparam que o campo de futebol não tem balneário.
Resolvem então perguntar ao dono de uma tasca ao lado se podem utilizar a casa de banho para trocar de roupa.
O dono diz que não há problema nenhum, e lá vão eles. Entram todos na tasca, vão até à casa de banho, vestem-se e começam a sair da casa de banho.
Um bêbado, que estava sentado ao balcão, vê passar por ele a equipa de azul.
Estranha, mas continua a beber.
Quando, ao fim de pouco tempo, vê passar a equipa de vermelho, vira-se para o dono da tasca:
- "Eu não me quero meter, nem tenho nada com isso!... Mas os teus matraquilhos estão a dar à sola" ...
Formadas as equipas, cada uma pega no seu equipamento, quando reparam que o campo de futebol não tem balneário.
Resolvem então perguntar ao dono de uma tasca ao lado se podem utilizar a casa de banho para trocar de roupa.
O dono diz que não há problema nenhum, e lá vão eles. Entram todos na tasca, vão até à casa de banho, vestem-se e começam a sair da casa de banho.
Um bêbado, que estava sentado ao balcão, vê passar por ele a equipa de azul.
Estranha, mas continua a beber.
Quando, ao fim de pouco tempo, vê passar a equipa de vermelho, vira-se para o dono da tasca:
- "Eu não me quero meter, nem tenho nada com isso!... Mas os teus matraquilhos estão a dar à sola" ...
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Futebolês
06/02/2011
05/02/2011
04/02/2011
Ele há coincidências
Desde que Ricardo Araújo Pereira entrevistou o ex-ministro Jorge Coelho, agora CEO da Mota-Engil, os Gato Fedorento desapareceram das televisões.
Em Setembro-Outubro de 2009, Jorge Coelho, o presidente-executivo da empresa de construção Mota-Engil, foi entrevistado por Ricardo Araújo Pereira no programa do Gato Fedorento «Esmiúça os Sufrágios».
Neste programa, com uma média de um milhão e trezentos mil espectadores, foram também entrevistados Paulo Portas, Manuela Ferreira Leite, Francisco Louçã, Paulo Rangel, Joana Amaral Dias, Marques Mendes e José Sócrates (Aníbal Cavaco Silva, Presidente, escusou-se corajosamente, alegando que era candidato nessas eleições).
Depois do programa ter terminado, em 23.10.2009, os Gato Fedorento foram banidos dos ecrãs portugueses. A entrevista a Jorge Coelho, um ex-Ministro das Obras Públicas que foi exercer funções de presidente-executivo numa empresa de um setor que tutelou no governo, constituiu uma das maiores denúncias da promiscuidade entre os negócios e a política em Portugal.
Às questões colocadas por Ricardo Araújo Pereira no programa Gato Fedorento «Esmiúça os Sufrágios», o ex-ministro e agora CEO da Mota-Engil, Jorge Coelho, assobiava para o lado, sempre com um sorriso estampado no rosto que alternava entre o rosa e o laranja e vice-versa.
Seguem-se algumas das perguntas de Ricardo Araújo Pereira ao CEO socialista da Mota-Engil, Jorge Coelho:
- Bem vindos de novo ao Gato Fedorento «Esmiúça os Sufrágios», o nosso convidado de hoje já teve muito poder quando foi ministro, e agora tem ainda mais, ele é o CEO, que significa chefe, ou presidente, ou quem manda nas sacas de cimento da Mota Engil, é o Dr. Jorge Coelho.
- Sotôr, é muito comum antigos ministros saírem para depois irem trabalhar em grandes empresas. O sotôr acha que no fim desta legislatura o primeiro-ministro, José Sócrates, pode ir parar à Mota-Engil, ou vocês lá só aceitam quem seja mesmo engenheiro?
- Sotôr, eu queria colocar-lhe uma questão, talvez me possa ajudar. Eu precisava de fechar a marquise. A Mota-Engil conseguiu ficar com o projecto dos contentores de Alcântara sem concurso público. Por isso eu perguntava-lhe: como é que eu fecho a marquise evitando essa burocracia toda. Como é que se faz isso?
- Sôtor, acha que, agora que o PS fica no Governo durante mais quatro anos, estão reunidas as condições para podermos alcatroar o país todo?
- Mas o Sotôr acha admissível que em pleno século XXI só hajam três auto-estradas entre Lisboa e Porto? Não faz falta construir uma quarta auto-estrada, por exemplo, ao pé da primeira mas dois metros acima?
- O Sotôr teve medo nesta eleições que se o PSD ganhasse, que três ou quatro ministros do PS ficassem sem emprego e fossem ocupar o seu lugar na Mota-Engil?
Em Setembro-Outubro de 2009, Jorge Coelho, o presidente-executivo da empresa de construção Mota-Engil, foi entrevistado por Ricardo Araújo Pereira no programa do Gato Fedorento «Esmiúça os Sufrágios».
Neste programa, com uma média de um milhão e trezentos mil espectadores, foram também entrevistados Paulo Portas, Manuela Ferreira Leite, Francisco Louçã, Paulo Rangel, Joana Amaral Dias, Marques Mendes e José Sócrates (Aníbal Cavaco Silva, Presidente, escusou-se corajosamente, alegando que era candidato nessas eleições).
Depois do programa ter terminado, em 23.10.2009, os Gato Fedorento foram banidos dos ecrãs portugueses. A entrevista a Jorge Coelho, um ex-Ministro das Obras Públicas que foi exercer funções de presidente-executivo numa empresa de um setor que tutelou no governo, constituiu uma das maiores denúncias da promiscuidade entre os negócios e a política em Portugal.
Às questões colocadas por Ricardo Araújo Pereira no programa Gato Fedorento «Esmiúça os Sufrágios», o ex-ministro e agora CEO da Mota-Engil, Jorge Coelho, assobiava para o lado, sempre com um sorriso estampado no rosto que alternava entre o rosa e o laranja e vice-versa.
Seguem-se algumas das perguntas de Ricardo Araújo Pereira ao CEO socialista da Mota-Engil, Jorge Coelho:
- Bem vindos de novo ao Gato Fedorento «Esmiúça os Sufrágios», o nosso convidado de hoje já teve muito poder quando foi ministro, e agora tem ainda mais, ele é o CEO, que significa chefe, ou presidente, ou quem manda nas sacas de cimento da Mota Engil, é o Dr. Jorge Coelho.
- Sotôr, é muito comum antigos ministros saírem para depois irem trabalhar em grandes empresas. O sotôr acha que no fim desta legislatura o primeiro-ministro, José Sócrates, pode ir parar à Mota-Engil, ou vocês lá só aceitam quem seja mesmo engenheiro?
- Sotôr, eu queria colocar-lhe uma questão, talvez me possa ajudar. Eu precisava de fechar a marquise. A Mota-Engil conseguiu ficar com o projecto dos contentores de Alcântara sem concurso público. Por isso eu perguntava-lhe: como é que eu fecho a marquise evitando essa burocracia toda. Como é que se faz isso?
- Sôtor, acha que, agora que o PS fica no Governo durante mais quatro anos, estão reunidas as condições para podermos alcatroar o país todo?
- Mas o Sotôr acha admissível que em pleno século XXI só hajam três auto-estradas entre Lisboa e Porto? Não faz falta construir uma quarta auto-estrada, por exemplo, ao pé da primeira mas dois metros acima?
- O Sotôr teve medo nesta eleições que se o PSD ganhasse, que três ou quatro ministros do PS ficassem sem emprego e fossem ocupar o seu lugar na Mota-Engil?
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