04/04/2010

Guiné-Bissau, droga-se?

O PAIGC, as Forças Armadas e os dirigentes da Guiné-Bissau há muito que deixaram de honrar a melhor memória de Amílcar Cabral. Pelo contrário, desonram.


Por motivos fúteis, por corrupção, por tribalismo, por vinganças olho-por-olho, por disputas de rotas de droga, homens fardados e armados, desencadeiam desordens, fazem golpes de Estado - se se pode chamar Estado a tal coisa. O país é considerado um Estado falhado e não parece poder sair do buraco em que está metido.


São antigos combatentes, ditos generais, e jovens seguidores alinhados por tribo e por caminhos da cocaína sul-americana que, há muito domina a Guiné-Bissau. Os dirigentes são genericamente corruptos. Os que resistem, para lá caminham ou vão para o cemitério...


Enquanto Malam Bacai Sanhá, que pensa que é o presidente, e Carlos Gomes Júnior, que pensa é o primeiro-ministro, procuram minimizar a importância das recentes movimentações militares, a CPLP considera os aconetecimentos muito graves e que muito está ainda por explicar.

É legítimo perguntar, até quando pensam andar de mão estendida a pedir?
E se foi para isto que substituiram o regime colonial?