António de Almeida Santos, advogado eloquente de Lourenço Marques, Moçambique, e actual presidente do PS português, é o estratega jurídico da defesa de José Sócrates.
Na verdade, à medida que se vão cavando novas minhocas (Casas da Covilhã, Universidade Independente, Cova da Beira, PT-TVI, etc.) e se aperta o cerco ao chefe do governo de Portugal, a linha de defesa tem sido a sistemática negação dos indícios, a total ausência de esclarecimentos sobre as matérias, as respostas vagas, a reafirmação de desconhecimento de acontecimentos envolvendo gente próxima (familiares, amigos, jovens JS, etc.) - não esclarecer, negar, confundiar, distrair, ignorar.
E, todavia, a chave para explicar a defesa orientada pelo seu camarada é muito simples, um autêntico ovo-de-colombo: em Direito, é à acusação que cabe provar a culpa.
E, a despeito das escutas, sem cadáver não se prova o crime.