02/10/2012

Fantástica autobiografia de um fantasista

Guilherme Pereira, nacionalidade portuguesa, nascido em Lourenço Marques (Moçambique), oficial Deficiente das Forças Armadas por ferimentos adquiridos em combate durante a guerra colonial em Moçambique, medalha de Cruz de Guerra de Primeira Classe, é Licenciado e Doutorado em Filologia Românica e Doutorado em “Jornalismo e Ciências da Comunicação” (classificação de vinte).

Foi dirigente associativo na Associação Académica de Coimbra e também  dirigente da Associação Académica de Moçambique.

Na Universidade de Coimbra, integrou o núcleo duro dos 39 estudantes que lideraram a insurreição contra o regime político fascista – ao lado de Alberto Martins, Celso Cruzeiro, Strech Ribeiro, entre muitos outros – acabando por ser expulso de todas as universidades portuguesas e mais tarde reintegrado justamente por força da greve geral a exames (98,7% de adesão) levada a efeito em 1969 pelos estudantes da Universidade de Coimbra (in COIMBRA 69, de Celso Cruzeiro, Edições Afrontamento).

Por via do seu envolvimento na luta contra o fascismo, em Moçambique e Portugal, foi várias vezes preso. Estava preso em 25 de Abril de 1974, tendo sido libertado por via da amnistia decretada pela “Junta de Salvação Nacional”.  Estes factos constam, documentalmente e testemunhalmente,  do livro de sua autoria editado pela EDITORIAL PRESENÇA (“Prisão Maior”) e em várias publicações nacionais e internacionais.

Jornalista profissional há 37 anos -  rádio,TV e imprensa escrita - titular da carteira profissional 6964 emitida pela Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas, sócio 6600 do Sindicato de Jornalistas, exerceu e ainda exerce a sua profissão, no total em vinte e três (23) órgãos de informação, cinco dos quais não nacionais.

É também colaborador em cinco órgão de informação chamados regionais, dois dos quais on-line.

Professor Universitário, é membro (número 070540) do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, ensino superior.

Cofundador e ator, sob a direcção de Mário Barradas, do TEUM (Teatro dos Estudantes Universitários de Moçambique), tendo representado, entre outras, a peça de William Shakespeare “Measure for Measure” no papel principal de “Escalus”; foi fundador e Dirigente do Núcleo Provincial de Minibasquete, em Moçambique, e igualmente fundador e Director Geral em  2002,  2003, 2004, 2005 e 2006 das “Ficções Reais”, (nome de registo FICÇÕES ACTUAIS  Lda, no Registo Nacional de Pessoas Coletivas) empresa profissional de guionismo e escrita criativa para TV e cinema, que subscreveu contratos com os canais de TV SIC e TVI, ainda com o grupo SONAE, empresa para a qual são produzidos os documentários subordinados à temática do “Desenvolvimento Sustentável”. Esta empresa iniciou a sua atividade com seis profissionais, tendo actualmente 49, desde guionistas a operadores de câmara, produtores, maquetistas, gráficos, aderecistas, iluminadores, assistentes de realização e realizadores.

Guilherme Pereira, 4 filhos, dois dos quais jornalistas, é autor de  158 publicações académicas relacionadas com literatura portuguesa, literatura africana de expressão portuguesa, linguística e ainda sobre o fenómeno da deficiência em geral, 7 dos quais sobre deficiência de antigos combatentes de Portugal, Vietname, França, Somália, Ruanda, Bósnia, Moçambique, Angola, Reino Unido e EUA.

Do ponto de vista da sua intervenção cívica e académica, é membro, entre outras, da Academia Brasileira de Letras, WWF (World Wilde Foundation), Amnistia Internacional, Prisioners Abroad, Forum Prisões, Sport Lisboa e Benfica, Associação 25 de Abril, Asssociação Deontológica dos Profissionais Militares, Stratego, EUROMIL - Organização Europeia das Associações Militares, Eurodefense-France, Quercus, Associação dos Deficientes das Forças Armadas e Deco.

É igualmente Cofundador e Secretário Geral da ONG “Forum Prisões”.

Guilherme Pereira está coletado, do ponto de vista fiscal, como professor, jornalista, escritor e guionista.

Sempre incansável lutador pelos ideais da liberdade e sem filiação partidária, amigo do seu amigo, indescolável dos seus ideais, sempre até às últimas consequências, Guilherme Pereira, justamente porque não é (não quer ser) indiferente face aos problemas do país, das funções que desempenha e do mundo em geral, que aliás conhece muito pessoalmente, em boa parte devido à sua atividade de jornalista e académico, é uma figura controversa que gera paixões e ódios, sendo geralmente pouco sensível a uns e a outras.

Costuma dizer, entre familiares, amigos e camaradas de profissão, que “está de passagem pela vida e não gostaria de permanecer a observar o mundo comodamente na estação das camionetas do comodismo ou da indiferença”, preferindo escolher “um caminho, mesmo que não seja confortável ou pacífico, até porque há guerras que é preciso fazer e outras que é preciso comprar”.

Publicação: terça-feira, 16 de janeiro de 2007 21:02 por Guilhas
http://comunidade.sol.pt/blogs/guilhas/archive/2007/01/16/GUILHERME-PEREIRA.aspx


NR: A biografia publicada por este herói antifascista e anticolonialista é tão resumida que só por humildade do seu autor se pode entender o esquecimento de muitos outros pontos interessantes:
- porque será que o lutador antifascista ocupava o maior parte do seu tempo como secionista da equipa feminina de basquetebol da Associação Académica de Moçambique, como disfarce da sua atividade clandestina de luta contra a ditadura?
- porque ficou deficiente das forças armadas, em que dia, em que local e contra quem combatia este herói antifascista?

- porque será que o famoso jornalista da "Tribuna" de Lourenço Marques, apareceu agredido pelas forças da reação, em maio de 1974 mas, por alguns, associada a uma refeição bem regada?
- porque será que as agitadas intervenções  nas assembleias de estudantes da Universidade de Lourenço Marques, terminavam num galhofa generalizada?

- porque será que o Festival de Música Popular que o Guilhas organizou, nos anos 70 do séc. XX, nunca se chegou a realizar e os músicos contratados não viram um tusto e sentiram-se (no mínimo) enganados?
- porque será que o jornal «Expresso» recebeu contas de hospedagem de um jornalista homónimo, em diversos hóteis do Algarve que, na verdade, nunca integrou os quadros do jornal?
- porque será que o Guilhas foi parar à prisão nos anos 80 do séc. XX?
- porque o Guilhas está com o
ex-advogado Romeu Francês, no Forum Prisões, uma organização sem fins lucrativos fundada por ex-reclusos?

- porque será que o Guilhas deu uma entrevista televisiva a Margarida Marante, no canal «SIC» em que reconheceu a sua personalidade dupla de fantasista e de herói das suas próprias
histórias?