Um conhecido político português, felizmente posto à margem há poucos dias, chegou uma pequena cidade beirã, em plena campanha eleitoral, subiu para cima de um caixote e, com a voz já rouca, começou o seu discurso:
- Compatriotas, companheiros, amigos! Encontramo-nos aqui, convocados, reunidos ou ajuntados, para debater, tratar ou discutir um tópico, tema ou assunto, o qual é transcendente, importante ou de vida ou de morte. O tópico, tema ou assunto que hoje nos convoca, reúne ou ajunta, é a minha postulação, aspiração ou candidatura a Primeiro-Ministro.
De repente, uma pessoa do público pergunta:
- Ouça lá, porque é que o senhor utiliza sempre três palavras, para dizer a mesma coisa?
O candidato respondeu:
- Pois veja, meu caro: a primeira palavra é para pessoas com nível cultural muito alto, como poetas, escritores, filósofos, etc.; A segunda é para pessoas com um nível cultural médio, como o senhor e a maioria dos que estão aqui; E a terceira palavra é para pessoas que têm um nível cultural muito baixo, pelo chão, digamos, como aquele bêbado, ali jogado na esquina.
De imediato, o bêbado levantou-se, cambaleando, e respondeu:
- Senhor postulante, aspirante ou candidato! O facto, circunstância ou razão pelo qual me encontro num estado etílico, bêbado ou mamado, não implica, significa, ou quer dizer que o meu nível cultural seja ínfimo, baixo ou, mesmo, ralé. E com todo o respeito, estima ou carinho que o senhor me merece pode ir agrupando, reunindo ou ajuntando os seus pertences, coisas ou bagulhos e encaminhar-se, dirigir-se ou ir diretinho à leviana da sua genitora, à mundana da sua mãe biológica ou à puta que o pariu!